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Nesta foto do começo da década de 70, Chico Pinto aparece ao lado da mulher, Vanderli, e dos oito filhos
Começo da década de 40. Quem cruza o sítio Poço da Pedra e passa pela terra do pacato e benquisto Belmiro Pinto Brandão vai, inevitavelmente, avistar uma plantação de não mais do que dois hectares de fumo e, dentro dela, um jovem de aparência frágil, mas vigorosamente determinado. É um dos dez filhos do velho Belmiro. Seu nome é Francisco Pinto Brandão, mas dali a duas décadas terá o apelido de Chico Pinto e será o homem mais rico de Itaporanga.
Foi assim que começou um dos maiores comerciantes da região em todos os tempos: plantando, colhendo e vendendo fumo. A produção de Chico era juntada a que o pai comprava em Itaporanga e seguia em lombo de burros para o comércio de cidades do Rio Grande do Norte e da Paraíba, a exemplo de Sousa.
O gosto e a vocação pelos negócios herdou do pai: Belmiro comprava e revendia não apenas fumo, mas também algodão e couro curtido. Chico Pinto seguiu e alargou os passos paternos no ramo do comércio. Ainda era solteiro quando deixou o sítio para se dedicar ao mercado: o seu armazém foi montado inicialmente na Rua da Várzea, esquina com a Horácio Gomes, mas, anos depois, foi transferido para a Getúlio Vargas, esquina com a Osvaldo Cruz, onde funciona até hoje.
Poucos anos depois de montado, o armazém de Chico Pinto já era uma das maiores referências no comércio de estivas, cereais e bebidas da região, abastecendo dezenas de pequenos e médios estabelecimentos comerciais de Itaporanga e Vale.
Apesar da baixa instrução escolar (não concluiu o primário), era indiscutível sua habilidade para os negócios. Da prole de Belmiro Pinto foi o único que se fixou no comércio. “Meu pai não teve condições de formar todos os filhos, mas dois se tornaram médicos (Zé e Ulisses Pinto) e Chico entrou no comércio e foi bem-sucedido”, comenta o exprefeito de Itaporanga, Sinval Pinto, o único dos filhos de Belmiro a experimentar a política partidária.
Os outros filhos de Belmiro e Antônia Pinto de Sousa são Socorro, Lenice (falecida), Valdenir, Luzia, Terezinha (falecida) e Antônio Pinto.
“Chico sempre foi um homem reservado, e nunca gostou muito de festa: eu me lembro que no carnaval de 1941, enquanto toda a juventude estava na folia, ele foi para o sítio”, recorda ainda Sinval. Talvez por isso tenha se casado somente aos 27 anos, um pouco tarde para o costume da época, mas o importante é que encontrou e conquistou a mulher (Maria Vanderli Leite Pinto) que o acompanha há 58 anos e lhe deu oito filhos.
Em 1967, Chico Pinto passou a residir em Campina Grande para que os filhos pudessem seqüenciar seus estudos, mas continuou no comércio e cresceu ainda mais nas décadas de 70 e 80, quando instalou a Antarctica em Itaporanga, uma das maiores representações da marca do sertão paraibano.
“Ele ficou entre Campina e Itaporanga, passava dez ou quinze dias aqui e igual período lá, até 1995, quando se afastou definitivamente do comércio por conta da idade e o entregou aos filhos”, informa Luiz Alvarenga, que há três décadas gerencia o armazém construído por Chico há mais de 60 anos e que hoje chama-se São Paulo e é de propriedade de Paulo Pinto, um dos seus dois filhos que também enveredaram pelo comércio. O outro é Francisco, que, apesar de De dois hectares de fumo ao maior patrimônio comercial de Itaporanga formado em medicina, a exemplo de três outros irmãos (Orlando, Murilo e Luciene), optou pelo ramo dos negócios. Os demais filhos de Chico são Lúcia, Luíza e Ernesto Pinto.
Chico Pinto, que completará 85 anos no dia 20 de agosto, continua residindo com a esposa em Campina Grande. Apesar da idade avançada e de alguns problemas de saúde, está lúcido. A última vez que visitou Itaporanga, a terra onde nasceu e progrediu, foi em 2007.
Mas a terra que lhe deu prestígio e fortuna também teve suas recompensas: os empregos e impostos gerados por Chico Pinto e todo o capital que seu negócio atraiu para a cidade foram contribuições importantes para Itaporanga, embora os maiores investimentos de Chico tenham sido em Campina Grande.
Foi assim que começou um dos maiores comerciantes da região em todos os tempos: plantando, colhendo e vendendo fumo. A produção de Chico era juntada a que o pai comprava em Itaporanga e seguia em lombo de burros para o comércio de cidades do Rio Grande do Norte e da Paraíba, a exemplo de Sousa.
O gosto e a vocação pelos negócios herdou do pai: Belmiro comprava e revendia não apenas fumo, mas também algodão e couro curtido. Chico Pinto seguiu e alargou os passos paternos no ramo do comércio. Ainda era solteiro quando deixou o sítio para se dedicar ao mercado: o seu armazém foi montado inicialmente na Rua da Várzea, esquina com a Horácio Gomes, mas, anos depois, foi transferido para a Getúlio Vargas, esquina com a Osvaldo Cruz, onde funciona até hoje.
Poucos anos depois de montado, o armazém de Chico Pinto já era uma das maiores referências no comércio de estivas, cereais e bebidas da região, abastecendo dezenas de pequenos e médios estabelecimentos comerciais de Itaporanga e Vale.
Apesar da baixa instrução escolar (não concluiu o primário), era indiscutível sua habilidade para os negócios. Da prole de Belmiro Pinto foi o único que se fixou no comércio. “Meu pai não teve condições de formar todos os filhos, mas dois se tornaram médicos (Zé e Ulisses Pinto) e Chico entrou no comércio e foi bem-sucedido”, comenta o exprefeito de Itaporanga, Sinval Pinto, o único dos filhos de Belmiro a experimentar a política partidária.
Os outros filhos de Belmiro e Antônia Pinto de Sousa são Socorro, Lenice (falecida), Valdenir, Luzia, Terezinha (falecida) e Antônio Pinto.
“Chico sempre foi um homem reservado, e nunca gostou muito de festa: eu me lembro que no carnaval de 1941, enquanto toda a juventude estava na folia, ele foi para o sítio”, recorda ainda Sinval. Talvez por isso tenha se casado somente aos 27 anos, um pouco tarde para o costume da época, mas o importante é que encontrou e conquistou a mulher (Maria Vanderli Leite Pinto) que o acompanha há 58 anos e lhe deu oito filhos.
Em 1967, Chico Pinto passou a residir em Campina Grande para que os filhos pudessem seqüenciar seus estudos, mas continuou no comércio e cresceu ainda mais nas décadas de 70 e 80, quando instalou a Antarctica em Itaporanga, uma das maiores representações da marca do sertão paraibano.
“Ele ficou entre Campina e Itaporanga, passava dez ou quinze dias aqui e igual período lá, até 1995, quando se afastou definitivamente do comércio por conta da idade e o entregou aos filhos”, informa Luiz Alvarenga, que há três décadas gerencia o armazém construído por Chico há mais de 60 anos e que hoje chama-se São Paulo e é de propriedade de Paulo Pinto, um dos seus dois filhos que também enveredaram pelo comércio. O outro é Francisco, que, apesar de De dois hectares de fumo ao maior patrimônio comercial de Itaporanga formado em medicina, a exemplo de três outros irmãos (Orlando, Murilo e Luciene), optou pelo ramo dos negócios. Os demais filhos de Chico são Lúcia, Luíza e Ernesto Pinto.
Chico Pinto, que completará 85 anos no dia 20 de agosto, continua residindo com a esposa em Campina Grande. Apesar da idade avançada e de alguns problemas de saúde, está lúcido. A última vez que visitou Itaporanga, a terra onde nasceu e progrediu, foi em 2007.
Mas a terra que lhe deu prestígio e fortuna também teve suas recompensas: os empregos e impostos gerados por Chico Pinto e todo o capital que seu negócio atraiu para a cidade foram contribuições importantes para Itaporanga, embora os maiores investimentos de Chico tenham sido em Campina Grande.
publicado na ediçã 145, do jornal Folha do Vale
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