Olá meu amigo Saulo!
Sim já estava escrito! Não se necessitou da presença de Malba Taham para ratificar o que nós dizíamos há mais ou menos um ano atrás, durante a campanha eleitoral passada. Estava escrito nas estrelas, um cidadão que fora prefeito de sua Terra e não conseguiu fazer nada, como então poderia fazer boa administração em terras alheias, quando no cargo municipal, ainda mais sabendo que seria uma espécie de primeiro ministro de um regime cuja Soberana seria a sogra, sujeito até, a ter um mandato de dois anos em função, quiçá, de algum acordo, de alguma conveniência política tramada nos bastidores da Campanha!
Eu pretendi fazer uma criação de tilápia, aproveitando um terreno que tenho, construindo tanques de cimento para colocar as gaiolas tanques, necessárias ao desenvolvimento do peixe. Para isso pedi algumas instruções ao SEBRAE e fui muito bem instruído, de forma que não sou um leigo por completo em tal mister. Embora, por razões outras, o empreendimento não tenha saído do papel, pelo menos fiquei com o conhecimento, por sinal bastante interessante, da matéria.
Quando o Vereador Herculano diz com muita propriedade que há irregularidades no tal Projeto, “a começar pelo local escolhido para sua implantação”, é tão somente pela natureza do emprego da empreitada, a escolha de um açude particular, não porque o açude, como reservatório d’água, fosse inadequado, como alguns querem fazer pensar assim, pois quase cem por cento desses reservatórios são viáveis para a criação da tilápia.
O Doutor Prefeito se contrapõe aos informes do vereador com inúmeras evasivas. Ele não dá conta dos documentos que legalizam o projeto, como denuncia o Parlamentar Municipal. Outrossim, não explica o engodo praticado, quando deu a entender à Câmara de Vereadores que o Projeto beneficiaria Itaporanga, recebendo desta sua aprovação. Mas isto não é novidade, é assim que age o PSDB em todo o Brasil, em toda Administração.
O nosso prefeito, na tentativa de uma explicação, afirma que apenas o açude do amigo em Igaracy reunia condições para receber o projeto. Entretanto a parca explicação sobre a inviabilidade do projeto em outros açudes da região é frustrante! Achar que em até 3 metros de profundidade ou um pouco menos não possa desenvolver a criação de Tilápia é loucura! As loas continuam! Ora se o Projeto inicial era destinado a Corrente, aonde é que entra o açude de Cachoeira? Siga a palavra, meu Caro Saulo, do Governante: “o único açude na época que reunia melhores condições era o Cachoeira, e este não poderia receber o projeto porque suas águas são destinadas ao abastecimento humano, então levamos o benefício para o Corrente, e mesmo lá houve problema para o funcionamento”. Ora bolas, o Projeto deveria ter sido levado ao Corrente, como estava estabelecido, não vejo razão do pensamento para o Cachoeira. Ademais, obedecendo a ordem determinada ou preestabelecida, no caso da inviabilidade do Corrente, a implantação deveria ocorrer no Pitombeira, em Piancó, porque Igaracy? Açudinho “danado”, este Salitre, todos inadequados ao Projeto, apenas ele com condições!
Para quem nunca ouviu falar nas gaiolas ou tanques-rede, prezado Saulo, imagine uma pequena piscina de plástico medindo 2m x 2m e 1m de profundidade perfazendo um volume de 4m3 (quatro metros cúbicos, o mais ideal), só que em vez do plástico há uma malha, tipo tarrafa com 19 milímetros de espessura. As Gaiolas ficam imersas na água até a altura de sua profundidade, no nosso exemplo, 1 metro, não afundando devido a bóias em suas laterais, na superfície do açude ou lago, etc. Aí serão colocados os peixes para engorda. Este é um negócio rentável, de baixo custo e que pode ser a redenção do Nordeste. Para se ter uma idéia, o maior produtor do mundo é a China com quase 50% do mercado mundial, o segundo lugar fica com o Nordeste do Brasil, onde Ceará é o maior produtor.
O peso da Tilápia, pelo menos quando eu recebi instruções, varia entre 350g a 500g, dependendo do tempo de cultivo, 3 a 4 meses para 350g e 5 a 6 meses para se obter 500g, meio quilo. Uma gaiola de 4 metros cúbicos poderá conter até 1200 peixes ou uma média de 500 quilos por tanque.
O interessante, é que são utilizados tipos de ração, como a extrusada que alem de flutuar n’água, facilitando a alimentação dos peixes, ele tem a propriedade de transformar as fêmeas em machos, uma vez que estes têm melhor desenvolvimento que as fêmeas, portanto mais rentável. Talvez tenha sido esta técnica que não foi aplicada no projeto, como fala o Vereador Herculano.
Caro Saulo, eu acho que tu te lembras de Dona Duzinha Moura, insigne Mestre do Grupo Escolar Simeão Leal, da qual fui seu aluno. Pois bem, ela me ensinou a fazer umas continhas de aritmética que as porei em prática agora, se a tanto me ajudar o engenho e arte. Quando o nosso parlamentar Herculano nos diz que houve morte de 30 toneladas de peixe, eu fazendo minhas continhas, começo a dar razão a ele e discordar do Igaraciense, prefeito de nossa comuna.
Vejamos! Para o projeto foram destinados 180 tanques redes. O Prefeito em sua peroração diz que morreram 5% da produção. Se 5% equivale a 30 toneladas (mortos), logo 100% (produção total) equivale a 600 toneladas. Se cada tanque-rede comporta 500 quilos (meia tonelada), para produção das 600 toneladas, acima, seriam necessários 1.200 tanques, mas o projeto só previu 180 tanques, logo o prefeito se equivocou e feio. Por outro lado tomando os mesmos 500 quilos (meia tonelada) por Tanque, em 180 tanques teremos 90 toneladas. Como o vereador nos diz que houve morte de 30 toneladas, ou seja, um terço da produção tendemos a acreditar em sua versão.
Há um ditado popular que nos diz: “ouviu o galo cantar e não sabe aonde foi”. O prefeito de Itaporanga, em matéria de tilápia, ouviu o galo cantar sabe aonde foi, mas não sabe como. Caro Prefeito, a mortandade no projeto tilápia atinge de 15 a 20% desde a fase de alevinos até a fase adulta, ou seja, de 1000 filhotes de peixinhos, 800 a 850 chegam a fase propriamente dita da engorda, daí por diante a mortandade é quase nula, a não ser por fatores outros, tipo descuido, falta de técnica na alimentação etc.
Mas Saulo, estou deveras preocupado com esta situação, pois ela poderá causar um conflito armado entre Monteiro e Igaracy. Nenhuma das duas vai querer abrir de mão desta mina de ouro, inclusive se Igaracy for a vencedora, Piancó irá querer também sua parte, pois irá alegar que quando Boqueirão dos Cochos, Igaracy fazia parte de seu município. A esta altura, o secretário da “tecnologia” já deve ter preparado dois estandartes, Um com São Pedro, como pescador que era, pescando uma tilápia, este destinado a Monteiro o outro, com uma enorme tilápia, em alusão a Jonas e a baleia, engolindo o filho pródigo de Igaracy, para depois lançá-lo no açude Salitre.
Sim já estava escrito! Não se necessitou da presença de Malba Taham para ratificar o que nós dizíamos há mais ou menos um ano atrás, durante a campanha eleitoral passada. Estava escrito nas estrelas, um cidadão que fora prefeito de sua Terra e não conseguiu fazer nada, como então poderia fazer boa administração em terras alheias, quando no cargo municipal, ainda mais sabendo que seria uma espécie de primeiro ministro de um regime cuja Soberana seria a sogra, sujeito até, a ter um mandato de dois anos em função, quiçá, de algum acordo, de alguma conveniência política tramada nos bastidores da Campanha!
Eu pretendi fazer uma criação de tilápia, aproveitando um terreno que tenho, construindo tanques de cimento para colocar as gaiolas tanques, necessárias ao desenvolvimento do peixe. Para isso pedi algumas instruções ao SEBRAE e fui muito bem instruído, de forma que não sou um leigo por completo em tal mister. Embora, por razões outras, o empreendimento não tenha saído do papel, pelo menos fiquei com o conhecimento, por sinal bastante interessante, da matéria.
Quando o Vereador Herculano diz com muita propriedade que há irregularidades no tal Projeto, “a começar pelo local escolhido para sua implantação”, é tão somente pela natureza do emprego da empreitada, a escolha de um açude particular, não porque o açude, como reservatório d’água, fosse inadequado, como alguns querem fazer pensar assim, pois quase cem por cento desses reservatórios são viáveis para a criação da tilápia.
O Doutor Prefeito se contrapõe aos informes do vereador com inúmeras evasivas. Ele não dá conta dos documentos que legalizam o projeto, como denuncia o Parlamentar Municipal. Outrossim, não explica o engodo praticado, quando deu a entender à Câmara de Vereadores que o Projeto beneficiaria Itaporanga, recebendo desta sua aprovação. Mas isto não é novidade, é assim que age o PSDB em todo o Brasil, em toda Administração.
O nosso prefeito, na tentativa de uma explicação, afirma que apenas o açude do amigo em Igaracy reunia condições para receber o projeto. Entretanto a parca explicação sobre a inviabilidade do projeto em outros açudes da região é frustrante! Achar que em até 3 metros de profundidade ou um pouco menos não possa desenvolver a criação de Tilápia é loucura! As loas continuam! Ora se o Projeto inicial era destinado a Corrente, aonde é que entra o açude de Cachoeira? Siga a palavra, meu Caro Saulo, do Governante: “o único açude na época que reunia melhores condições era o Cachoeira, e este não poderia receber o projeto porque suas águas são destinadas ao abastecimento humano, então levamos o benefício para o Corrente, e mesmo lá houve problema para o funcionamento”. Ora bolas, o Projeto deveria ter sido levado ao Corrente, como estava estabelecido, não vejo razão do pensamento para o Cachoeira. Ademais, obedecendo a ordem determinada ou preestabelecida, no caso da inviabilidade do Corrente, a implantação deveria ocorrer no Pitombeira, em Piancó, porque Igaracy? Açudinho “danado”, este Salitre, todos inadequados ao Projeto, apenas ele com condições!
Para quem nunca ouviu falar nas gaiolas ou tanques-rede, prezado Saulo, imagine uma pequena piscina de plástico medindo 2m x 2m e 1m de profundidade perfazendo um volume de 4m3 (quatro metros cúbicos, o mais ideal), só que em vez do plástico há uma malha, tipo tarrafa com 19 milímetros de espessura. As Gaiolas ficam imersas na água até a altura de sua profundidade, no nosso exemplo, 1 metro, não afundando devido a bóias em suas laterais, na superfície do açude ou lago, etc. Aí serão colocados os peixes para engorda. Este é um negócio rentável, de baixo custo e que pode ser a redenção do Nordeste. Para se ter uma idéia, o maior produtor do mundo é a China com quase 50% do mercado mundial, o segundo lugar fica com o Nordeste do Brasil, onde Ceará é o maior produtor.
O peso da Tilápia, pelo menos quando eu recebi instruções, varia entre 350g a 500g, dependendo do tempo de cultivo, 3 a 4 meses para 350g e 5 a 6 meses para se obter 500g, meio quilo. Uma gaiola de 4 metros cúbicos poderá conter até 1200 peixes ou uma média de 500 quilos por tanque.
O interessante, é que são utilizados tipos de ração, como a extrusada que alem de flutuar n’água, facilitando a alimentação dos peixes, ele tem a propriedade de transformar as fêmeas em machos, uma vez que estes têm melhor desenvolvimento que as fêmeas, portanto mais rentável. Talvez tenha sido esta técnica que não foi aplicada no projeto, como fala o Vereador Herculano.
Caro Saulo, eu acho que tu te lembras de Dona Duzinha Moura, insigne Mestre do Grupo Escolar Simeão Leal, da qual fui seu aluno. Pois bem, ela me ensinou a fazer umas continhas de aritmética que as porei em prática agora, se a tanto me ajudar o engenho e arte. Quando o nosso parlamentar Herculano nos diz que houve morte de 30 toneladas de peixe, eu fazendo minhas continhas, começo a dar razão a ele e discordar do Igaraciense, prefeito de nossa comuna.
Vejamos! Para o projeto foram destinados 180 tanques redes. O Prefeito em sua peroração diz que morreram 5% da produção. Se 5% equivale a 30 toneladas (mortos), logo 100% (produção total) equivale a 600 toneladas. Se cada tanque-rede comporta 500 quilos (meia tonelada), para produção das 600 toneladas, acima, seriam necessários 1.200 tanques, mas o projeto só previu 180 tanques, logo o prefeito se equivocou e feio. Por outro lado tomando os mesmos 500 quilos (meia tonelada) por Tanque, em 180 tanques teremos 90 toneladas. Como o vereador nos diz que houve morte de 30 toneladas, ou seja, um terço da produção tendemos a acreditar em sua versão.
Há um ditado popular que nos diz: “ouviu o galo cantar e não sabe aonde foi”. O prefeito de Itaporanga, em matéria de tilápia, ouviu o galo cantar sabe aonde foi, mas não sabe como. Caro Prefeito, a mortandade no projeto tilápia atinge de 15 a 20% desde a fase de alevinos até a fase adulta, ou seja, de 1000 filhotes de peixinhos, 800 a 850 chegam a fase propriamente dita da engorda, daí por diante a mortandade é quase nula, a não ser por fatores outros, tipo descuido, falta de técnica na alimentação etc.
Mas Saulo, estou deveras preocupado com esta situação, pois ela poderá causar um conflito armado entre Monteiro e Igaracy. Nenhuma das duas vai querer abrir de mão desta mina de ouro, inclusive se Igaracy for a vencedora, Piancó irá querer também sua parte, pois irá alegar que quando Boqueirão dos Cochos, Igaracy fazia parte de seu município. A esta altura, o secretário da “tecnologia” já deve ter preparado dois estandartes, Um com São Pedro, como pescador que era, pescando uma tilápia, este destinado a Monteiro o outro, com uma enorme tilápia, em alusão a Jonas e a baleia, engolindo o filho pródigo de Igaracy, para depois lançá-lo no açude Salitre.
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