Hoje Fui ao Cemitério
(Reynollds Augusto)
Eu gosto de visitar o cemitério em “dia de finados”, pois encontramos por lá muita gente boa que participou de nossas vidas em tempos da adolescência e em tempos de escola. Quem eu tive a grata satisfação de encontrar visitando os chamados “mortos” foi o meu eterno professor de Português, Adailton Lacerda e sua amada esposa, Maria José. Em tempos de colegial, com ele, ou se estudava para passar em português ou se chorava por não ter estudado. Nada de filar. Eu até tentava, mas quando via a turma se dando mal, recuava.
Eu acho a nossa língua a mais bonita e rica do planeta. É sonora, poética e culta. Confesso a vocês que tenho dificuldades em editar com segurança o que escrevo, devido a riqueza de detalhes morfossintáticos. Sem mencionar os escorregões na concordância. O professor me disse que tinha lido o meu artigo “O meu amigo Boi” e que gostou muito, acrescentando que eu estou escrevendo bem e fiquei feliz. Vindo de quem veio foi o melhor prêmio e um grande estímulo para continuar. Falei para ele do meu temor em escrever e ele me disse que tão importante quanto as regras, são as idéias e se aquele que escreve, quer escrever bem, deverá se aperfeiçoar, escrevendo.
No momento do bate papo, quem se aproximou foi Heleno Paulo, pai de Robson Paulo, casado com “Mima” que e é filha de Adailton. Daí para diante a conversa girou em torno dos netos. Mima, minha querida amiga e colega, estava com uma dificuldade danada para engravidar e depois de um logo tratamento e uma gravidez de risco, deu a luz a uma garota linda. Fui visitá-la e ela estava boba. As mães ficam bobas quando aconchegam os seus filhos e os pais ficam “abestaiados”. Robson não foi diferente. Depois soube que Mima que tinha dificuldade para engravidar, pouco tempo depois estava grávida de novo. Agora de Gêmeos e com uma garotinha de colo. Eita! Mas os avôs estão felizes, pois estão todos muito bem. Foi um prêmio de Deus. Ele só confia os seus filhos especiais, em situações especiais, a pessoas especiais e sei que Mima dará conta do recado. Desculpem o trocadilho.
Mas vocês não acham que o cemitério é uma espécie de museu a céu aberto? Eu acho. São estórias e mais estórias. E a história de Itaporanga está "viva" ali no lugar onde os corpos estão depositados. É claro que só os corpos, pois o espírito não tem muito que fazer ali. Eles até vão quando são evocados com verdadeiro sentimento, e podem; mas definitivamente não têm o que fazer ali. São famílias e mais famílias que constituiria um todo historiográfico.
Sentimentos, lutas, ganhos, perdas, experiências vividas e que fazem parte da vida de cada um...
Andando por entre as “galerias” desse museu, pude constatar o quanto o cientista Albert Einstein tinha razão ao pronunciar que “presente, passado e futuro é uma grande mentira”. Entendeu? Eu entendi. E tem muita gente que ainda gasta o seu resto de energia para ir em busca de ilusões e bobagens. Não sabem o que é viver e estão apenas respirando, autômatos, são máquinas, mas não vivem. Coitados de nós!
As pessoas não sabem ainda o que é a vida e poucos entendem o que é a morte. São poucas filosofias que retratam com objetividade e verdade a questões da vida e da “morte”. O espiritismo é um delas. Quando o ser humano desperta para essas questões, a sua vida ganha mais qualidade de o temor some. Tudo isso me fez relembrar aquele artigo de Richard Simonetti quando ele escrevia sobre um episódio que participou:
“O Doutor Flávio Pinheiro, dedicado médico espírita de Ibitinga, procurou-me.
-Richard, vim convidá-lo para um “ofício fúnebre”.
-?!
- Quero que “encomende a minha alma” pronunciando oração antes do sepultamento. E peça ao pessoal para não me perturbar com lamentações e tristezas.
- Que é isso, Doutor! O senhor não morrerá tão cedo! Tem muitas dívidas a resgatar!...
- Sim, meu caro amigo, sou um grande pecador. Só que vou desencarnar assim mesmo. Devo submeter-me a delicada e inadiável cirurgia cardíaca, em São Paulo e tenho certeza de que estou de partida para espiritualidade.
Embora censurando seu pessimismo, concordei em atender à insistente solicitação.
Alguns dia depois fui convidado ao cumprimento da promessa. O Doutro Flávio Pinheiro falecera na cirurgia
A verdade é que o medico pressentira que teria de partir e tudo isso com a serenidade de quem sabe que a vida corporal é um instante na vida do espírito imortal que somos todos nós.
Não há morte em lugar nenhum da vida.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA!
(Reynollds Augusto)
Eu gosto de visitar o cemitério em “dia de finados”, pois encontramos por lá muita gente boa que participou de nossas vidas em tempos da adolescência e em tempos de escola. Quem eu tive a grata satisfação de encontrar visitando os chamados “mortos” foi o meu eterno professor de Português, Adailton Lacerda e sua amada esposa, Maria José. Em tempos de colegial, com ele, ou se estudava para passar em português ou se chorava por não ter estudado. Nada de filar. Eu até tentava, mas quando via a turma se dando mal, recuava.
Eu acho a nossa língua a mais bonita e rica do planeta. É sonora, poética e culta. Confesso a vocês que tenho dificuldades em editar com segurança o que escrevo, devido a riqueza de detalhes morfossintáticos. Sem mencionar os escorregões na concordância. O professor me disse que tinha lido o meu artigo “O meu amigo Boi” e que gostou muito, acrescentando que eu estou escrevendo bem e fiquei feliz. Vindo de quem veio foi o melhor prêmio e um grande estímulo para continuar. Falei para ele do meu temor em escrever e ele me disse que tão importante quanto as regras, são as idéias e se aquele que escreve, quer escrever bem, deverá se aperfeiçoar, escrevendo.
No momento do bate papo, quem se aproximou foi Heleno Paulo, pai de Robson Paulo, casado com “Mima” que e é filha de Adailton. Daí para diante a conversa girou em torno dos netos. Mima, minha querida amiga e colega, estava com uma dificuldade danada para engravidar e depois de um logo tratamento e uma gravidez de risco, deu a luz a uma garota linda. Fui visitá-la e ela estava boba. As mães ficam bobas quando aconchegam os seus filhos e os pais ficam “abestaiados”. Robson não foi diferente. Depois soube que Mima que tinha dificuldade para engravidar, pouco tempo depois estava grávida de novo. Agora de Gêmeos e com uma garotinha de colo. Eita! Mas os avôs estão felizes, pois estão todos muito bem. Foi um prêmio de Deus. Ele só confia os seus filhos especiais, em situações especiais, a pessoas especiais e sei que Mima dará conta do recado. Desculpem o trocadilho.
Mas vocês não acham que o cemitério é uma espécie de museu a céu aberto? Eu acho. São estórias e mais estórias. E a história de Itaporanga está "viva" ali no lugar onde os corpos estão depositados. É claro que só os corpos, pois o espírito não tem muito que fazer ali. Eles até vão quando são evocados com verdadeiro sentimento, e podem; mas definitivamente não têm o que fazer ali. São famílias e mais famílias que constituiria um todo historiográfico.
Sentimentos, lutas, ganhos, perdas, experiências vividas e que fazem parte da vida de cada um...
Andando por entre as “galerias” desse museu, pude constatar o quanto o cientista Albert Einstein tinha razão ao pronunciar que “presente, passado e futuro é uma grande mentira”. Entendeu? Eu entendi. E tem muita gente que ainda gasta o seu resto de energia para ir em busca de ilusões e bobagens. Não sabem o que é viver e estão apenas respirando, autômatos, são máquinas, mas não vivem. Coitados de nós!
As pessoas não sabem ainda o que é a vida e poucos entendem o que é a morte. São poucas filosofias que retratam com objetividade e verdade a questões da vida e da “morte”. O espiritismo é um delas. Quando o ser humano desperta para essas questões, a sua vida ganha mais qualidade de o temor some. Tudo isso me fez relembrar aquele artigo de Richard Simonetti quando ele escrevia sobre um episódio que participou:
“O Doutor Flávio Pinheiro, dedicado médico espírita de Ibitinga, procurou-me.
-Richard, vim convidá-lo para um “ofício fúnebre”.
-?!
- Quero que “encomende a minha alma” pronunciando oração antes do sepultamento. E peça ao pessoal para não me perturbar com lamentações e tristezas.
- Que é isso, Doutor! O senhor não morrerá tão cedo! Tem muitas dívidas a resgatar!...
- Sim, meu caro amigo, sou um grande pecador. Só que vou desencarnar assim mesmo. Devo submeter-me a delicada e inadiável cirurgia cardíaca, em São Paulo e tenho certeza de que estou de partida para espiritualidade.
Embora censurando seu pessimismo, concordei em atender à insistente solicitação.
Alguns dia depois fui convidado ao cumprimento da promessa. O Doutro Flávio Pinheiro falecera na cirurgia
A verdade é que o medico pressentira que teria de partir e tudo isso com a serenidade de quem sabe que a vida corporal é um instante na vida do espírito imortal que somos todos nós.
Não há morte em lugar nenhum da vida.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA!
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