quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nordestino "Cabra da Peste"

 



Nordestino “Cabra da Peste”
( Reynollds Augusto)


O Nordeste é uma região abençoada e fortalecida por homens de coragem. Daqui nós “exportamos” para o resto do País, poetas, juristas, escritores, cantores, humoristas, atores, articulistas e o mais importante: a mão de obra penosa que soergue o resto do País e constroem as selvas de pedra, como também para colher os frutos da terra, alimentando o mundo. O Brasil será o celeiro do planeta e o nordestino dá o seu contributo para que essa profecia se estabeleça.

Sem o nordestino o Brasil seria apenas projeto. Projeto sem vida, sem emoção, sem força. “Foi por isso que Euclides da Cunha em “Os Sertões,” bradou: o sertanejo é antes de tudo um forte”. E é forte mesmo! Persistente , destemido. Nos “emprestamos” a São Paulo um nordestino porreta que mudou a face deste país de desigualdades ( apesar de ser um trabalho infindo, sempre) e distribuiu um pouco a renda a seus filhos que viviam na penúria, que foi o nosso presidente Lula e tudo isso sob o protesto dos detentores dos poderes políticos de então, que em verdade não nos representavam e sim aos seus próprios interesses egoístas de uma classe alienada com as questões da posse.

Nossa cultura se projeta diante de outras culturas regionais, devido a fortaleza das propostas. Ser nordestino é ser diferente. Talvez pelo trabalho ardoroso que impulsiona a todos nós a irmos para frente e não olhamos para trás. Mas como disse a nossa grande escritora Clarice Lispector, “o sertanejo é antes de tudo um paciente”. Fortaleza e paciência são os instrumentos que movem as pedras e com a paciência de quem sabe o que quer elegemos um projeto político que está dando certo e sentimos pelo desespero de quem não sabe o que é a força da democracia e não consegue aceitar a visão da maioria e assim esperneia e comete até crime.

Essa semana os noticiários nacionais publicaram um pensamento discriminatório e injusto escrito por uma estudante de Direito. Pasmem! Uma estudante de direito que na academia aprendeu que o objetivo maior do Estado brasileiro é promover a justiça social e diminuir as desigualdades, sem discriminação de qualquer natureza. O ato atentatório ao povo nordestino nos indica o quanto há estudantes de direito sem a compreensão maior da idéia de justiça, que deve ser perseguida pelas leis e pelo próprio direito de forma geral. Já imaginou uma pessoa dessas, adquirindo o cargo de Juiz ou Promotor de Justiça, nos bastidores dos concursos, manipulados pela elite inconsciente e preconceituosa? Com certeza não conseguiria honrar a toga ou a defesa da sociedade e seria um óbice para o primado da justiça, promovendo toda sorte de abusos.

Mas, ao contrário dos agourentos de plantão, os brasileiros estão mudando e a nossa democracia está sendo fortalecida com o vento da consciência cidadã e como o processo é longo e até centenário, já dá para perceber que as velhas práticas para obter o poder estão sendo esquecidas porque não conseguem mais dar o resultado esperado.

- “Sou besta não! O político que quiser comprar meu voto até recebo, mas voto em quem presta”.

Disse um eleitor da zona rural.

Não é o ideal, mas já identifica que o brasileiro está pensando diferente.

Orgulho e egoísmo são as duas grandes chagas da humanidade, dizem os espíritos. Pode prestar atenção que os nossos defeitos ou provém do orgulho ou do egoísmo. Uma sociedade egoísta e orgulhosa promove a injustiça social e o desequilíbrio nas relações, causando dor e revolta no seu povo.

Quero acreditar que o ímpeto da estudante tenha sido a reação de quem não aprendeu a perder para se humildar. A maior ignorância não é do analfabeto humilde e sim do letrado inconsciente, pois reflete a maldade interior que “ouve, mas não escuta; olha, mas não vê.” São desses que a nação não precisa, pois transforma os homens em coisa e não considera o seu irmão menor, fruto do egoísmo que não distribui a riqueza de uma nação. Ainda bem que a Constituição Federal de 1988 consagrou a democracia como forma da aquisição do poder, que é dado não só por uma pessoa, um grupo, um estado, uma região. O povo é quem diz na sua totalidade.

Viva o Brasil!

PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.

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