Coisas da Sociedade
(Reynollds Augusto)
Quero me referir ao texto do brasiliense Luciano Paulo intitulado “COISAS DE BRASÍLIA, no que se refere a assertiva “o crime não compensa”. E considerar, também, a sua menção ao grande TITICO PEDRO, homem que conheço de perto e que considero um desbravador na área de comunicação em nossa cidade, como tantos outros de Itaporanga a exemplo de Crispim Pessoa, Ademar Augusto, que foram personalidades que fizeram diferença em suas passagens pela Rainha do Vale
Nos somos como que “estrelas cadentes” e estamos sempre de passagem e ao passar implica que façamos a nossa parte. É preciso deixar um rastro de luz em nossas vidas. A minha amizade com o Titico se agigantou quando nos reconhecemos ambos espíritas, porque a proposta do Espiritismo, que é a mesma proposta de Jesus, mais qualificada e objetiva, nos instiga a “passar” divulgando-a, para maturar a sociedade e transformar o homem. Ambos passamos pela experiência de “quase morte” e o fenômeno muda o mundo interior de aproximadamente todos que a experienciam.
É claro que há aqueles que vivem o mesmo processo e voltam sem a intenção de mudar ou até mesmo voltam pior, pois depois da “sorte” que tiveram em não morrer, vão “aproveitar” a vida ainda mais, gozando as ilusões do planeta Terra. “Esses são as “cascas grossas”, que olhando, não vêem; ouvindo, não escutam”, no dizer do mestre Jesus e continuam do mesmo jeito. Mas um dia terão que despertar pela lei do progresso que é imbatível, pois morremos para continuar vivendo nessa vida do espírito que é imortal. Mas não é disso que quero “falar” não. Quem sabe de outra sorte.
Luciano, me permita dar uma opinião pessoa e afirmar com todas as letras que o Crime realmente não compensa. Essa aparente recompensa dos crimes, como aquisição do dinheiro fácil, das mordomias experimentadas, das Ferraris da vida e tudo mais são frutos da alma em desequilíbrio e é o prêmio da insensatez e da falta de visão espiritual da existência. Tudo isso além de não satisfazer, na verdade compromete o ser humano ainda mais, pois estamos na contagem regressiva e teremos que partir em definitivo e partindo é lógico e justo que sejamos responsabilizados pelos desmandos. “A cada um o que é seu”, como diria a Promotora de Justiça Maria do Carmo em seus debates fervorosos nos tribunais do júri no fórum de nossa bela cidade . Essa proposição tem um efeito maior diante da jurisdição divina que submete a todos indiferentemente.
A maior compensação de uma vida , seja ela de qual for, é da consciência tranqüila. Os espíritos responderam a Kardec que as leis de Deus estão na consciência de cada criatura e não em qualquer livro dito “sagrado”. Dessa forma é preciso entender o que é a “verdade” que não pode estar em coisas que divergem e que libertará o homem para viver no devido equilíbrio, segundo Jesus.
É claro que somos mordomos de Deus e que estamos na posse de tudo, administrando, mais teremos que prestar contas ao dono. Nem esse corpo físico que utilizamos para interagir em sociedade é nosso, de verdade. É um empréstimo que logo-logo será devolvido a Terra. Digo logo-logo, pois o tempo que aparentemente é real, se trata, no seu aspecto metafísico, de uma grande mentira, segundo Einstein. Ao ser devolvido, o espírito, individualidade pensante, vai ter que prestar contas com as leis da vida e ao desencanar vai estar bem ou mal. Como diz a música do Roberto Carlos “é preciso saber viver”.
Eu sempre tive atração por estudar o Direito, devido o seu entrelaçamento com o coletivo. O Direito é fruto da sociedade e “sem sociedade não há Direito”. De maneira remota a palavra direito significa conduzir, guiar e hoje é o conjunto de normas impostas para estabilizar a convivência social e quanto mais a sociedade de qualifica, mais as leis vão carrear justiça às relações. Isso depende de “tempo” e de maturidade.
Talvez os ricos não vão para a prisão, e os fatos estão mostrando que isso não é muito assim, pois dispõem de dinheiro para contratar bons advogados para manipular alguns direitos constitucionais, que têm aplicação imediata e indiscutível, onde nenhum juiz pode desconsiderar e os pobres, ainda, não dispõem dessa mesma assistência por parte das defensorias, que pagam mal aos seus advogados e tem à frente verdadeiros “heróis” na defesa dos hipossufiêntes. Mas tudo isso é conjuntural e vai ser aperfeiçoado.
Outro dia estava conversando com a juíza da 3° vara de Itaporanga, o quanto o Estado é acionado para resolver questão de somenos importância, tirando o tempo daquele agente político para resolver as questões que realmente interessam e com isso abarrota-se a justiça com bobagens e dessa forma as decisões judiciais são dadas aritmeticamente e as demandas crescem geometricamente. Desse jeito a conta não vai bater nunca. Em Itaporanga é assim, fico a imaginar como não seria em Brasília, sua cidade ou em São Paulo, o estado que mais produz processos na América e Latina.
O povo ainda gosta de briga e poderiam resolver muitas divergências de maneira cavalheira. O aperfeiçoamento da jurisdição com base nas conciliações minora, mas não resolve a problemática. Como o estado nao têm condições de resolver tudo automaticamente, para não ferir os direitos constitucionais e não praticar injustiça, as soluções são sempre procrastinadas.
Há uma saída para tudo isso: Conscientização do ser espiritual que somos e que virá paulatinamente.
No futuro não desviaremos, não mataremos, não roubaremos, não seremos desonestos e viveremos ligados ás propostas maiores das Leis da Vida, criadas por Deus, pois isto é o que realmente interessa. A do Cristo é que melhor se aproxima de tudo isso. O seu evangelho é luz para dispersar a escuridão de nossas almas. O resto são ilusões.
No futuro não haverá Justiça estatal, pois respeitaremos o direito do próximo com base nas leis maiores da vida.
Não acredita e parece utópico?
Mas será isso mesmo que acontecerá, pois Deus está na condução dessa nau e não deixará o barco afundar .
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.
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