DEUS E A REENCARNAÇÃO
Merlânio Maia
Ah! Mistérios!... Ah! Mistérios!...
Quantas dores neste mundo!
Desde o berço ao cemitério
Traduz-se vil e infecundo
E o homem gritando aos céus
Pergunta em vão: - Por que Deus?
No exercício da razão
Onde a justiça na vida?
Por que a dor descabida?
Eis a divina equação
Se Deus é Bom e é perfeito
E é Todo onipotente
Por que ao mal não dá jeito,
Será que Deus vive ausente?
Ou não tem poder assim
Ou não quer do mal o fim?
Se ao mal não elimina,
Seremos obras do acaso?
Se Deus ainda faz caso
Onde a Justiça Divina?
Como entender que o perverso
O cruel, o enganador,
Que semeia no universo
Grito, sofrimento e dor
Tenha uma vida tranquila
Quando trama e aniquila
Dos mais pobres a esperança
E o usurário, o egoísta,
O criminoso estadista
Vive e morre na abastança?
Por outro lado o pequeno
O pobre que não tem paz
Trabalha de sol a sol
Sem nenhum conforto a mais
E a criança doente,
De enfermidade potente?
E outra que vem mutilada?
Onde, meu Deus, a justiça?
Que iniquidade enfermiça
Da tragédia desgraçada?
Mas Deus, Senhor amoroso,
Desde toda criação
Mostra-se um Pai bondoso
Que nos resolve a questão
Sua fórmula matemática
É perfeita, plena, prática,
Em todos os atos seus
E indica a REENCARNAÇÃO
Sua eterna solução
Eis a justiça de Deus
Pois que a reencarnação
É o perdão ilimitado
A vera reeducação
Para aquele desgraçado
Criminoso. E quem voltou
Mutilado, mutilou!
O enfermo, faltou com o Bem,
Na miséria, o milionário
Esbanjador, usurário,
Faltou com o amor também!
É impossível crer em Deus
Sem a reencarnação!
Sem esta os atos seus
Seriam a torpe versão
De um deus mesquinho e cruel
Criador de inferno e céu
Destruidor mais voraz
Sádico, cheio de maldade...
Inferior a humanidade
Que o homem seria mais
Impossível é aceitar
Deus sem reencarnação
Seria um deus sem amar
Seria um deus de ilusão
Mas com a palingenesia
A humanidade estagia
Numa educação constante
De uma justiça divina
Que ampara, instrui e ilumina,
Para o progresso radiante!
Deus é o Pai onipotente
Que cria e embeleza a vida
É o amor onipresente
É a verdade incontida
Imanência e transcendência
É a própria onisciência
Pelos Universos seus
É o progresso, é a perfeição!
Pois sem a reencarnação
Não há justiça, nem Deus!
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