quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Família apoia, mas preferia que Antônio Porcino não fosse candidato

Para os familiares do ex-prefeito, não vale a pena abraçar uma luta de tantos sacrifícios e desgastes

Por Sousa Neto/Folha do Vale

Se dependesse da vontade da família do ex-prefeito de Itaporanga, Antônio Porcino (PMDB), ele não seria candidato à sucessão municipal. É o que diz o seu irmão, o vereador Zé Porcino, do mesmo partido.

Não apenas Zé, mas os próprios filhos de Antônio também não veem com bons olhos sua candidatura a prefeito de Itaporanga no pleito de outubro vindouro. “Não havia necessidade dele participar dessa política daqui, porque é uma política de muito trabalho e aperreio e, mesmo que ganhe, com essa Prefeitura do jeito que está, com tantos problemas, não se tem como fazer nada”, comentou o vereador.

A preocupação de Zé é, principalmente, com a saúde e bem-estar do irmão, que em 2008, último ano de seu mandato de prefeito, teve um grave problema médico em função, possivelmente, do grande esforço físico e mental para dar conta da Prefeitura e da Federação dos Frentistas Nacional, entidade que preside.

Este ano, além da eleição para a Prefeitura, Porcino vai ter que enfrentar também o pleito para o comando do sindicato nacional, que ocorrerá até junho, quando tentará mais um mandato. Ou seja, são dois desafios gigantescos e quase paralelos, mas em lugares distintos e separados por milhares de quilômetros.

E pior do que vencer os dois pleitos é administrar uma Prefeitura em Itaporanga e, simultaneamente, um sindicato em São Paulo e pelo país inteiro, principalmente depois que a federação criou e está executando o projeto Frentista Amigo, que objetiva qualificar os trabalhadores de postos de combustíveis das cidades-sede e subsedes da Copa de 2014 para que eles recebam e atendam bem os turistas internacionais.

Conforme o vereador, Antônio Porcino, que deverá retornar a Itaporanga neste dia 6, sempre ajudou e pode continuar ajudando a muita gente por aqui sem precisar de Prefeitura, evitando desgastes, descontentamentos, conflitos e aborrecimentos. “Essa política daqui é uma coisa sem futuro, e eu ainda estou metido nisso por causa dele; se não fosse, já teria deixado, porque vivo é do meu trabalho e não de mandato de vereador, assim também como Antônio, que nunca presisou de política”, comentou Zé, que vai disputar sua 5ª eleição legislativa.

Apesar de todas essas ressalvas, Zé Porcino diz que está determinado a lutar, mais uma vez, assim como toda a família, pela candidatura de Antônio, caso realmente ele seja candidato. “Ele tem dito que é candidato e, se for, nós temos que partir junto com ele”, enfatiza o vereador.  

Foto (www.folhadovali.com.br) - arquivo - Zé Porcino desistimulado com a política.

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