Lá Vem o Carnaval! Espero que Ele Passe Logo
(Reynollds Augusto)
Todos nós sabemos a origem do carnaval, que veio da Grécia; e era uma festa de agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e da produção. Ele evolui ao longo do tempo e o carnaval moderno chegou ao seu pior nível, ou ainda irá atingir outros níveis maiores; sendo que a cada ano ele se supera nos índices de crimes, bebidas, ilusões e irresponsabilidades.
Quando era garoto o carnaval representava uma época de alegria. Ainda era uma festa ingênua, onde nós nos mascarávamos de super-heróis, onde nos divertíamos sem os apelos das drogas e onde a família se juntava para brincar. Lembro-me, com muita saudade, das manhãs desses dias festivos, em que nós éramos conduzidos, por meu pai, para ouvir as velhas orquestras de frevo, no Campestre Clube de Itaporanga.
Ademar Augusto sempre foi um grande folião e não deixava a família de fora. O velho Campestre Clube de Guerra seria o primeiro palco das festividades, sendo que à tarde nos dirigíamos ao Atlântida Esporte Clube, para pular ao som da orquestra dos saudosos Costa e seu filho ilustres, Radegundes. Costa tinha uma família de músicos e os meninos tocavam que dava gosto de ouvir. Bobó e Costinha, outros filhos instrumentistas, tocavam sem defeitos.
Clube cheio, as famílias chegando, a garotada pulando e a vida correndo. Essa impressão pessoal talvez tenha sido guardada pela ótica da infância. Quem sabe não conseguia ver naquele tempo o que vejo hoje, com os ares da maturidade. Mas que era menos grave a festa, isso era.
No último dia de carnaval a turma já começava a cair em si, pois estava acabando a festa da ilusão e por conta disso havia a famosa passeata de carros, em que todos circundavam a Rua Getúlio Vargas, em um giro constante, buzinando, que não tinha ouvido que agüentasse. Também a orquestra do Atlântida puxava os foliões pelas ruas da cidade para a despedida. Era o fim do carnaval.
Esse domingo eu fui com o “Jeita” (Juventude Espírita de Itaporanga), bater um papo consciente na Rádio Boa Nova FM, sobre o tema, no “Papo Jovem Espírita”, que você pode ouvir no www.pensenisso.itaporanga.net. A garotada está afiada e estuda muito o “outro lado” da vida. Com base em um texto de Pedro Fagundes, descobrimos que a festa do excesso pode afetar a nossa integridade psico-espiritual, uma vez que somos influenciados por irmãos nossos, que já partiram para a pátria espiritual, mas não conseguiram ,ainda, se desvencilhar as ilusões do planeta Terra.
Foi por isso que Jesus já ensinou “orai e vigiai, para não cairdes em tentação”. O orar aqui tem a ver com o comportamento, que é a melhor oração. O modo como me conduzo é uma oração a Deus e vale mais que mil palavras. Hoje, mil palavras gritantes; pois tem gente que ora a Deus com tanto grito e choro que parece mais que ele é surdo. Vigiar é monitorar o que se está pensando, pois nem sempre os pensamentos são nossos genuinamente e alguns surgem para induzir você a fazer bobagens e se não tiver controle, meu amigo velho, a coisa desanda.
Muitos “barbarismos” que acontecem são engendrados por essas mentes em desalinho e que nós, invigilantes, damos vazão. Mentes orgulhosas, egoístas, sensualistas e tudo mais. Nada diferente da maioria das mentes dos seres humanos, espíritos que estão “neste lado da vida” e que andam adormecidos quanto às questões de ordem espiritual.
Mas tem muita gente boa, que pensa e faz diferente. Tudo é uma questão de escolha e maturidade. Tudo é uma questão de tempo, pois o progresso é de ordem divina, peremptório, e nós ou evoluímos ou a vida nos impulsionará a evoluir. Esses espíritos equilibrados que conhecemos, como Jesus de Nazareth, Buda e etc., são assim por serem irmãos mais velhos, mais experientes. Nós, coitados, ainda somos crianças brigando por pirulito. Mas temos a imortalidade para despertar.
Aquela velha estrofe da música do Caetano Veloso, “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” é balela. Tem muita gente que já “morreu” e não perde um carnaval, transformando você em um copo humano, pois te usa para sentir a sensação da droga. Como perdeu o corpo físico e o estado em que se encontra é outro, ele te usa e você nem percebe.
Eu gosto do carnaval, ou melhor, do período do carnaval, pois é nesse momento que acontece vários encontros fraternos em torno da espiritualidade. No movimento espírita, temos o MIEP- Movimentação de Integração do Espírita paraibano – em Campina Grande, paralelo ao NOVA CONSCIÊNCIA que reúne inúmeras religiões e temos a sensação que estamos no céu; há o ENESP, da Federação Espírita paraibana, em João Pessoa, similar ao Miep.
Esse ano quem será um dos palestrantes é o escritor, palestrante, locutor, juiz de direito do Rio Grande do Sul, AROLDO DUTRA. O mesmo apresenta um programa de Rádio e que também é disponibilizado, para download, na internet, chamado PODE SER. Procure aí nesses sites de buscas e você se locupletará, com o nível de discussão. Esse sabe o que é a vida e estarei em J Pessoa para cumprimentá-lo.
Se você gosta de carnaval, brinque sem excessos e não se submeta aos apelos dos irresponsáveis temporais que pensam que nesse momento está tudo liberado. Cuidado para não perder o seu equilíbrio moral. Vamos “ser do mundo, sem pertencer ao mundo”.
PENSE NISSO! E NÃO SE ESQUEÇA - www.pensenisso.itaporanga.net.
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