sexta-feira, 8 de março de 2013

8 de março também era seu dia!

Depois de várias homenagens as nossa mulheres Divinas e Maravilhosas, mãe, filha, esposa, parentes, amigas e até desconhecidas, passo agora a homenagear, neste dia, um homem; que se vivo estivesse, estaria completando 89 anos.

Vítima de uma menor irrresponsável que o atropelou violentamente e nem sequer prestou socorro, na capital paraibana, Sebastião Brasilino de Sousa, que tenho orgulho de dizer: Meu Pai! Partiu sem ao menos ter tido a oportunidade de nos dizer Adeus!

Mas o legado que ele nos deixou, me faz ter muito orgulho, até estufo o peito quando digo e falo na enorme herança deixada por ele: Caráter, Vergonha, Lealdade, Honestidade, Palavra... foram alguns dos preciosos bens que ele nos ensinou a guardar!

Polêmico como todos os que se atrevem a dizer a verdade, sem meias palavras; muitas vezes chegava a ser intransigente para defender o que considerava ser o correto... Mas a vida é assim, de uma forma ou de outra temos que partir.

Lembro-me agora quando cheguei do seu enterro, no outro dia quando me dirigia, triste e cabisbaixo, para casa de meu irmão Zé Bezerra, senti uma mão no meu peito a me barrar, era Chiêta (de Paulo) Costa, que me olhando falou: "Eu sei que a dor é grande devido a enorme perda, mas bote na sua cabeça o seguinte, se Itaporanga tem homens, morreu um deles!"

Saudades... Bastião! Até mais ver!

Rainério

1 comentários:

Podes estufar o peito com hombridade e orgulho, Rainério, e dizer um sem número de bons adjetivos acerca de teu Pai. Já o conhecia antes, mas verdadeiramente, como amigo só quando passei a trabalhar em Itaporanga no Banco do Nordeste. Era um cidadão de poucas palavras, gostava mais de ouvir do que falar, mas quando pronunciava sua sentença algo de verdadeiro se concretizava. Nas horas de folguedo, nas rodas de Dominó na casa de Alírio Soares/Dôrinha, éramos bons amigos. Pertencíamos, na época, ao corpo de Jurado da Comarca de Itaporanga. Era temido pelos advogados de Defesa, pois seu julgamento era justo, não se deixando levar por bazófias muitas vezes ditas por certos defensores da Lei. Enquanto outros jurados cochilavam durante o desenrolar da sessão, já sabendo em quem iam votar, geralmente a favor do réu, ele permanecia atento ao julgamento. Num júri, Defesa e Promotoria tem direito a recusar três jurados, dos chamados para compor a sessão. Sebastião, assim como a turma do banco, geralmente eram recusados pela Defesa, em virtude do voto consciencioso que davam. Lembro-me que num determinado julgamento (declino-me em não citar nomes para que não venha suscitar maldosos comentários e inimizades) fomos convocados, Ele e mais três bancários, Eu, entre eles. O Advogado de Defesa, no caso, Vital do Rego, um dos maiores oradores da Paraíba foi alertado que deveria recusar qualquer um de nós, inclusive Sebastião. Mas, confiante em sua oratória não nos recusou. Resultado, o réu foi condenado a 18 anos de prisão, uma vez ter cometido um crime injusto. Este foi o Sebastião Brasilino que conheci! Homem íntegro e, sobretudo, honesto! Ele me chamava de JISUS. É o depoimento que tenho a fazer, neste momento! Um abraço!

Jesus Fonseca

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