sábado, 30 de março de 2013

Em tom de desabafo Dom Aldo diz que Semana Santa virou um feriadão qualquer

Sobre assassinatos no feriado, Arcebispo acredita que a “salvação” da juventude está no trabalho


 
Apesar de ser um período voltado para a reflexão, na Semana Santa de 2013 a Polícia paraibana já registrou quase vinte assassinados. Somente na quinta-feira, 29, foram mortas, na grande João Pessoa, dez pessoas. O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, falou sobre a violência durante esses dias, destacando que ela existe independentemente da Semana Santa.

“A Semana Santa se tornou igual aos outros feriadões, e as pessoas aproveitam para beber, assim como fazem nos outros feriados, acontecendo assassinatos, farras e confusões”, revelou.
Dom Aldo também destacou que está acontecendo a perda dos valores familiares e das virtudes humanas. Para o arcebispo, com uma sociedade mais materialista, não seria possível esperar outra coisa: “Não existem mais valores, e o feriado da Semana Santa serve apenas como um pacote turístico. É festa, excessos nas estradas e crimes. Não existe nenhum sentido religioso”.

Apesar de todas essas mudanças na forma como o feriado da Semana Santa é visto, o Arcebispo enfatizou que este ano é grande o número de católicos e evangélicos que procuraram as igrejas e os retiros para passar esses dias. Ele acrescentou que milhares de pessoas estiveram presentes na Procissão do Senhor Morto, realizado na sexta-feira, 29, e para a Vigília Pascal, que acontece neste sábado, 30, na Basílica de Nossa Senhora das Neves, às 19h, deverá reunir cerca de 400 fiéis.

Os jovens e a violência
Ainda sobre os assassinados que estão acontecendo durante a Semana Santa na Paraíba, pode-se verificar que a maioria das vítimas são jovens, e esses mesmo jovens são o “alvo” da Campanha da Fraternidade de 2013.

Sobre o aumento dos jovens na criminalidade, Dom Aldo dá uma resposta direta: “Eu não vejo outra alternativa do que a criação de escolas e da qualificação profissional desses jovens para que eles possam entrar no mercado de trabalho. Não tenho nenhuma esperança na juventude se não for pelo trabalho”.
Para o Arcebispo, as ações que envolver o esporte são até bonitas, mas o essencial é que os jovens tenham oportunidade de estudar e serem capacitados para o mercado de trabalho.

WSCOM

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