O músico paraibano Babilak Bah, radicado em Minas Gerais há mais de duas décadas retorna a Paraíba para iniciar uma residência artística com os alunos do Centro Cultural Piollin até a próxima sexta-feira (8). De março agosto, o músico se dedicará não apenas às atividades do Piollin mas também a descobrir a contemporaneidade da capital paraibana.
“Quero fazer um resgate de minha paraibanidade mesmo não perdida, mas que ficou um pouco distante ao longo desses anos fora da cidade. Essa também é uma oportunidade de dialogar com a João Pessoa de hoje, pois acredito que chegou esse momento, já que me encontro maduro artisticamente”, diz Babilak Bah.
Essa parceria só é possível graças a Bolsa de Interações Estéticas, modalidade Criação e Experimento, da FUNARTE. O primeiro contato com o Piollin se deu através do programa Itaú Rumos Educação, no qual tanto Babilak quanto Simone Alves, coordenadora pedagógica do Piollin à época, foram premiados pelos projetos pedagógicos desenvolvidos.
“Tanto eu quanto Simone visitamos outros projetos premiados pelo programa Rumos Educação no Brasil e aí acabei escolhendo o roteiro do Nordeste por ser nordestino e por buscar esta aproximação com a cultura nordestina”, explica Babilak Bah. “O Piollin entrou nesse roteiro de visitas e quando vi o Roger foi uma emoção forte e renovadora que me trouxe inúmeras lembranças, despertando em mim um desejo social e cultural de contribuir também com este momento da instituição”, conclui o músico.
O projeto que Babilak realiza no Piollin se “Um acrobata entre o Ritmo e a Letra“ e pretende ser uma oficina de criação de caráter experimental, lúdica de sons e movimentos numa interseção entre o mundo do circo, o fenômeno percussivo como linguagem musical e o campo da literatura, estabelecendo um cruzamento de linguagens entre as artes, sendo uma característica estética marcante no movimento artísticocontemporâneo.
“Nesta perspectiva, torna-se necessária à implementação de ações que viabilizem este exercício do pensar, ampliando os limites de reflexão e produção artísticas na construção deconhecimentos” explica Babilak. É como artista consciente de seu tempo que o músicoassume este desafio e o exercício de refletir o fazer artístico com a palavra e o ritmo em seu sentido amplo e plural.
“Me proponho a realizar esta residência em parceria com o Centro Cultural Piollin por ser também um lugar que desenvolve ações educativas no campo da arte e cultura voltadas para crianças, adolescentes e jovens do município de João Pessoa, Paraíba”, conclui Babilak.
A Oficina Experimental Lúdica de Sons e Movimentos recentementefoi premiado pelo instituto Itaú cultural, no programa Rumos Educação, cultura e arte. Em João Pessoa, a oficina realizada durante a residência no Piollin tem por objetivo ser um espaço de dialogo e exploração sonora, produção e leitura de textos, ainda utilizando-se de objetos variados com destaque à ferramenta enxada e os enxadigmas (uma série de instrumentos criados por Babilak). Ao final da residência, no mês de agosto, será apresentado um espetáculo/performance de caráter hibrido - como forma de avaliação.
CONTATO PARA ENTREVISTAS:
Emília Barros – coordenadora pedagógica
83 8885 4352
Marcelina Moraes – coordenadora administrativa
83 8738 7373
Babilak Bah – músico e compositor residente
31 9913 9650
Informações à imprensa
Calina Bispo
83 8891 3334/9627 9397
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