Boletim interno da PM, que circula nesta sexta-feira, informa que fica  proibido o uso do símbolo no fardamento ou em qualquer equipamento do  BOPE na Paraíba. Esta semana, muitos policiais já começaram a tirar o  emblema de suas fardas.
A proibição é resultado de polêmica que envolve o Conselho dos Diretos  Humanos na Paraíba, o deputado federal Luiz Couto (PT) e o Coronel  Euller Chaves, comandante da Polícia Militar da Paraíba.
Em solenidade de comemoração do primeiro ano de fundação do BOPE/PB, na  semana passada, Euller apareceu vestido de preto ostentando o símbolo.  Gritou “caveira” para a tropa e viu o símbolo dividir o cenário com as  bandeiras da Paraíba e do Brasil hasteadas ao seu lado.
Dias depois, Luiz Couto fez discurso na tribuna da Câmara condenando o  uso do símbolo e acusando o BOPE/PB de desrespeitar resolução baixada no  final de 2012 pela presidência da República.
Para o petista e o Conselho dos Direitos Humanos na Paraíba, o símbolo estimula a violência e sinaliza para o abuso do poder.
A Resolução 08-2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa  Humana, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da  República, veda o uso, em fardamentos e veículos oficiais das polícias,  de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim  como de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam  apologia ao crime e à violência”.
Para o major Jerônimo Pereira da Silva Bisneto, comandante do BOPE/PB, a  “caveira” não faz nada disso. Em carta aberta ao público em defesa do  símbolo, ele alega que ela representa “a vitória da vida sobre a morte,  com poder, força e invencibilidade”. Num texto que daria muito bem uma  tese de semiótica, o Major Bisneto diz que o significado da caveria com  punhal cravado não tem nada de estímulo à violência.
“Simboliza a inteligência e a coragem de um guerreiro, bem como o  desprendimento pessoal para cumprimento de suas atribuições. Essa  Caveira está cravada com a espada da justiça de baixo para cima,  simbolizando “a vitória da vida sobre a morte”, e ao fundo o mapa do  nosso Estado que representa nossa área de atuação e com a Caveira a sua  frente simbolizando que este Batalhão cuida, zela, vela e protege todo o  Estado da Paraíba, não devendo, portanto, ter a simbologia de seu  escudo associado a símbolos ou apologias ao crime e a violência, mas  sim, a imagem de uma Unidade Militar pronta para servir e proteger a  sociedade paraibana, posto que robustecendo esse escudo encontra-se o  lema de “preservar vidas e aplicar a lei”.
A expressão “faca na caveira” remete ao fim da Segunda Guerra Mundial,  onde após um combate, um Oficial inglês, ao ter conseguido invadir um  Quartel de Comando Alemão Nazista e dominar suas tropas, encontrou sobre  a mesa de um Oficial auxiliar do ditador Adolf Hitler, uma caveira e  cravando o seu punhal sobre ela, ostentou o lema da “vitória da vida  sobre a morte”, morte essa, que era disseminada nos campos de  concentração atestando toda história que já nos é conhecida”, completa.
Pelo bem e pelo mal, a “caveira” morreu de verdade. E ela nem havia pedido pra sair.
Comentário nosso: De minha parte, acho tudo uma grande  tolice. É claro que rosas no lugar de caveira dão, de cara, uma  sensação visual de maior conforto, num país que clama por paz. Mas não é  uma caveira que vai fazer a polícia mais ou menos “educada” e atuante  dentro dos limites legais.
Se a caveira estimula a violência é melhor sugerir que os policiais  saiam as ruas vestidos de coelhinhos da Páscoa. E assim teríamos tudo  resolvido.
Paciência.
A caveira com punhal cravado fixada na farda de policiais não deve assustar homens de bem. Apenas bandidos.
Caveira neles!
Luís Tôrres



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