Encontro com “Negreiro”
(Reynollds Augusto)
(Reynollds Augusto)
O passado está presente no nosso mundo íntimo, sendo sempre etapa das nossas vidas, que nunca terá fim. Morre-se o corpo, liberta-se o espírito imortal, para seguir sempre, rumo à perfeição relativa, que algumas religiões apelidam de Salvação. Um cheiro, um quadro, um momento, um relance, nos transportam ao passado, que está dentro de nós.
A nossa memória espiritual é enorme e o mais potente de todos os computadores não consegue alcança-la e, também, expansiva, pois Jesus já nos disse que “somos deuses” e que poderíamos fazer tudo que ele fez e muito mais, se quiséssemos. Mas poucos sabem disso, poucos querem fazer a diferença e se estagnam nas ilusões do caminho, que produz sofrimento.
Hoje eu dei aquela viajada pelo túnel do tempo das emoções e me comovi no interior da Loja Maçônica 20 de Outubro, que tem como venerável o colega Oficial de Justiça, José Nilton, participante, comigo, das agruras jurídicas, de uma sociedade doente, que ainda sofre e faz sofrer, por não ter aprendido o valor da solidariedade, do respeito, do perdão. Ainda bem que temos as leis, as normas, o norte da ordem, da Justiça.
A nossa oficina filosófica, de Itaporanga, é um recanto de amor e sabedoria. É uma nave de conhecimentos, que nos transportam mais próximos do grande arquiteto do universo, de Deus, da causa, causal. É uma escola da vida, que qualifica o sentimento e produz sabedoria. É um histórico reduto de humildade, que não se evidencia, que não se exterioriza , levando em conta a eterna mensagem do homem de Nazaré: “dar com a mão direita, sem que a esquerda perceba”.
Qual não foi a minha surpresa quando reencontrei uma alma cara, feliz, que sempre alegrou os seus amigos com o seu dom da música, com o violão dos sonhos, sempre vibrando camaradamente com o sorriso largo do rosto. Estou falando do meu irmão, amigo, Francisco, professor da cidade de Coremas, “Negreiro”, que me foi apresentado por outra alma cara, grande, o meu outro irmão Ricardo Wagner, naqueles tempos dos sonhos, das buscas, das indecisões.
Deve ter mais de vinte anos que não tinha contato com ele. Os nossos amigos verdadeiros estão distante, mas o sentimento não se perde, nos “escravizam” à dimensão da existência. A viagem foi profunda e logo me lembrei do próprio Ricardo Wagner, de Betânia Veiga, de Herbene Dantas, de Sonia, de Hélia, de França, de Queiroga, de Ninita, de Vilma… São tantas almas caras, espalhadas por esse mundo de meu Deus, à época da graduação do curso de história, da cidade de Patos, da hoje FIP. Fomos e somos felizes. O reencontro é certo, mesmo que em outras paragens, pois somos todos “a família Universal” e os laços do espírito reforçam a nossa ligação perene, ultrapassando essa vida física, que “escorre” pelas mãos.
A noite foi especial, com a presença de irmãos das lojas de Coremas e de olho d’água, Piancó. Devemos dar graças a Deus, à vida, por participarmos de uma instituição tão nobre, que é a maçonaria. Que também é escola de Deus, nos ajudando a sublimar a alma. Ela é educandário que “persegue” a fraternidade, a liberdade e a igualdade, que são o tripé do equilíbrio.
Parabéns todas às lojas no Vale do Piancó, especialmente a 20 de outubro e a Eddeus Feitosa, de Itaporanga, reduto de homens bem e de bons costumes.
Parabéns ao professor “NEGREIRO”, que também encontrou essa estrada de luz que nos levam a Deus, o Grande Arquiteto do Universo.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA!
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