Sem dar chances às rivais, seleção de José Roberto Guimarães atropela asiáticas em mais um 3 a 0 e conquista seu nono título da competição
Quando Thaisa mandou sua pancada pelo meio, todo o resto virou mera formalidade. Dependesse dos números, a festa já poderia ter tomado a quadra do ginásio de Sapporo ali, no último ponto do segundo set. Mas as meninas souberam esperar. Depois de um jejum de três anos, o maior vencedor do Grand Prix voltou a se mostrar soberano na madrugada deste domingo. E de forma implacável. Diante da China, o Brasil apressou os passos para garantir seu nono título. Sem perder sets em toda a fase final, a seleção contou com atuações perfeitas de Sheilla e Dani Lins para vencer as rivais por 3 a 0, parciais 25/15, 25/14 e 25/20, em 1h13m.
Não houve ginásio cheio, pressão da torcida ou mesmo um clima de final. O Brasil ainda contou com uma ajuda extra do lado de lá. Com sua principal jogadora, a jovem ponteira Ting Zhu, de 18 anos, poupada pela técnica Lang Ping, a China pouco conseguiu fazer diante das campeãs. Quando ensaiou uma reação, no terceiro set, pareceu perceber que já não dava mais tempo para mudar o rumo da competição. Assim, a seleção, que poderia até perder por 3 a 2, acabou com a soberania dos Estados Unidos, que levou as últimas três edições do campeonato, e chegou ao nono título. Antes, as brasileiras haviam vencido em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009.
Perfeita nos levantamentos e precisa nas largadinhas, Dani Lins deixou a quadra como melhor jogadora da partida. Sheilla, em mais uma bela atuação, foi a maior pontuadora do jogo, com 18 pontos. Fernanda Garay, com 14, e Gabi, com 12, também se destacaram. Do outro lado, em uma China muito abaixo do esperado, Yimei Wang foi o principal nome, com 13 pontos em todo o jogo.
Com o triunfo, o Brasil fecha o Grand Prix com uma campanha perfeita na fase final. Foram cinco jogos, cinco vitórias e nenhum set perdido, com 15 pontos no total. A China, que estava invicta até este domingo, encerra com 10 pontos, na segunda colocação. A Sérvia bateu a Itália na primeira partida do dia por 3 sets a 2 e garantiu a terceira colocação. Japão e Estados Unidos ainda completam a tabela, às 7h10m.
O jogo
José Roberto Guimarães não deve ter entendido muito bem. Do outro lado da rede, as rivais entraram em quadra sem suas três principais jogadoras. Considerada uma estrela em ascensão, a ponteira Ting Zhu foi para o banco, assim como Ruogi Hui. A central Yunli Xu sequer foi relacionada. Como se não tivesse nada a ver com a história, o Brasil teve um início perfeito. Nada de jogar com o resultado: com Sheilla, Gabi e Fernanda Garay inspiradas, a seleção abriu 8/2 com muita facilidade.
José Roberto Guimarães não deve ter entendido muito bem. Do outro lado da rede, as rivais entraram em quadra sem suas três principais jogadoras. Considerada uma estrela em ascensão, a ponteira Ting Zhu foi para o banco, assim como Ruogi Hui. A central Yunli Xu sequer foi relacionada. Como se não tivesse nada a ver com a história, o Brasil teve um início perfeito. Nada de jogar com o resultado: com Sheilla, Gabi e Fernanda Garay inspiradas, a seleção abriu 8/2 com muita facilidade.
A técnica Lang Ping ainda tentou arrumar a casa, mas nada parecia mudar muito o cenário em quadra. O Brasil jogava bem e, mesmo com uma pequena evolução das chinesas, não dava brechas para surpresas. Em uma bola para fora das rivais, fechou a parcial em 25/15 e deixou o título encaminhado.
A China até tentou equilibrar no retorno à quadra. Passou a atacar com mais agressividade, dando trabalho à recepção brasileira. Mas nada muito preocupante. Parecia um jogo perfeito. Com pouquíssimos erros, a seleção de Zé Roberto logo desgrudou no placar e chegou à parada técnica com 8/6, em ponto de Sheilla.
O título se aproximava, mas o nervosismo estava todo do lado de lá. A China passou a errar tudo o que não poderia, e o Brasil deslanchou. Nem precisou de muito tempo para assegurar a nona conquista do Grand Prix. Se as rivais ainda salvaram um set point, não conseguiram parar a pancada de Thaisa no meio da quadra: 25/14. A comemoração foi contida: um gritinho de Dani Lins, um outro de Sheilla, talvez em respeito por saber que, por formalidade, a seleção ainda tinha algo a fazer.
Na volta à quadra, o Brasil cochilou. A China se aproveitou e, pela primeira vez em todo o jogo, passou à frente no placar. Mas não durou muito tempo. Em mais um ponto de Thaisa, a seleção fechou o que já estava garantido: 25/20. A festa, então, tomou conta do ginásio japonês, como se já houvesse sido combinado.
Globo Esporte/WSCOM
0 comentários:
Postar um comentário