Por Francisco C Alexandria
A água doce é um dos recursos naturais de grande importância para as populações em toda parte da Terra, acrescente-se, também, outros recursos como a terra, ar etc. Ela é um dos componentes da vida. A escassez dela pode desencadear guerra entre os povos.
Na micro-região da Paraíba: Vale do Piancó, nas últimas quatro décadas, foram armazenados em barragens oficiais (construídas com recursos dos Governos) 1,79 bilhões de metros cúbicos de água. Se Compararmos com a capacidade de armazenamento oficial da Paraíba que é de 3,92 bilhões de metros cúbicos, o Vale possui mais de 45% (quarenta e cinco por cento) em números arredondados do total de água dos depósitos oficiais do Estado. São vinte açudes oficiais entre eles o complexo Coremas MãeD’água, este com a capacidade de 1,35 bilhões de metros cúbicos.
Toda essa água dos açudes oficiais tem como fim o abastecimento das vinte cidades dessa micro-região. Pouco dela se utiliza para outros fins como: navegação, irrigação, criação de peixe, geração de energia etc. Podemos afirmar que, ainda, as principais cidades têm problemas de abastecimento de água por ausência de adutoras potenciais, como é o caso de Itaporanga. Então, grande parte dos bairros da Rainha do Vale enfrenta problema de desabastecimento de água.
Pensem no problema que é falta de água para a população dependente de água nas torneiras? e, ainda, essa mesma população paga pelo serviço de abastecimento precário. Vale evidenciar que Itaporanga é abastecida pelo açude Cachoeira dos Alves cuja capacidade é de 10,61 milhões de metros cúbicos de água.
Outro problema, podemos citar aqui, enfrentado com os depósitos de água oficiais do Vale: a degradação ambiental. A maioria desses tanques já apresenta o problema de assoreamento (o leito das barragens é tomado por pedra areia e cascalho) causado pelo desmatamento às margens dos rios e riachos. As atividades econômicas desordenadas acarretaram tal mal.
Nas últimas décadas, os sucessivos governos da Paraíba se preocuparam em armazenar água no Vale em função da constante escassez de chuvas regulares – secas – característica da micro-região. Tudo bem a iniciativa foi válida, água é uma riqueza, mas precisamos seguir o crescimento da economia brasileira atual e o desenvolvimento da humanidade. A população desse espaço territorial precisa de novos projetos de desenvolvimento focados em educação (qualificação de mão-de-obra), melhoria da infra-estrutura urbana (enfrentar os gargalos do crescimento desordenado), desenvolvimento sustentável ambiental (combater a devastação do bioma caatinga), melhorias das condições das populações rurais (implantação de melhorias nas comunidades rurais: escolas, cisternas, novas tecnologias) e, necessariamente, precisamos de agentes pensantes dessas necessidades – algo raro. Assim, teremos melhores perspectivas de condições de vida.
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