A morte do menino levanta um grave problema nosso de cada dia: apesar do Vale ter mais de 36 mil crianças, a região não tem um único leito pediátrico...
A criança faleceu, segundo o atestado de óbito, em razão de edema pulmonar e cardiopatia. O menino, aparentemente, era sadio, conforme apurou a Folha, mas na quarta-feira, 01, adoeceu gravemente e, como o hospital de Itaporanga não tem estrutura médica e material para casos mais complexos, especialmente envolvendo crianças, ele foi transferido para Patos, onde já chegou em situação delicada.
Filho da comerciária Luciana Leite da Silva e de Antônio Carlos Figueiredo, conhecido como Carlinhos, do Jenipapo, o menino fazia o 6º ano no Colégio Batista de Itaporanga e era um garoto inteligente e muito dedicado aos estudos, conforme seus familiares.
Os pais de Wellington são separados. Carlinhos estava há três meses em São Paulo e veio para o sepultamento do filho, que vivia com a mãe na Bela Vista. O casal ficou agora apenas com uma filha, também menor. A família está muito abalada.
A morte do menino levanta um grave problema nosso de cada dia: apesar do Vale ter mais de 36 mil crianças, a região não tem um único leito pediátrico. E a falta de um hospital infantil tem custado a vida de muitas crianças regionais, resultado da omissão política dos ditos ou malditos líderes regionais, grande parte deles médicos.
Renan Florêncio (foto) morreu dentro de uma piscina do BNB Clube de Itaporanga no começo da tarde do domingo, 21. A mãe permitiu que ele fosse ao clube na companhia de um casal amigo dela, sem imaginar que os momentos de alegria do filho seriam transformados em uma perda para a vida inteira.
Segundo testemunhas, o menino brincava acompanhado de outras crianças na piscina reservada aos adultos e, de repente, começou a se debater sobre a água, mas a garotada imaginou que ele estivesse brincando, e somente quando Renan ficou inconsciente é que se notou que alguma coisa havia ocorrido com ele.
Dezenas de pessoas adultas também estavam no local e o menino foi retirado imediatamente da água, mas já não respirava. E, depois de várias tentativas, sem êxito, de reanimá-lo, o menino foi levado para o hospital, mas já estava morto.
O laudo médico do hospital indica que o que causou a morte da criança foi um infarto, que, certamente, agravou-se pelo fato da vítima estar dentro d’água. O excesso d’água ingerido durante o ataque cardíaco pode ter comprometido ainda mais seu sistema respiratório, reduzindo suas chances de vida. Mas não se sabe, ao certo, se foi o afogamento que precipitou a parada cardiorrespiratória ou o ataque que culminou com o afogamento, o que poderia ter sido esclarecido se o corpo tivesse sido examinado pelo IML (Instituto de Medicina Legal), mas a família não achou necessário.
Conforme familiares, Renan era um menino esperto e sadio.Ultimamente, havia se machucado levemente durante uma brincadeira e queixou-se de uma luxação no tórax, mas nada relacionado a problema cardíaco como inicialmente foi comentado.
Centenas de pessoas estiveram no velório e acompanharam o sepultamento do menino Renan Florêncio na manhã da segunda-feira, 22. Ele fazia a segunda série no Ginásio Diocesano e residia com a mãe em uma pequena rua no final da Santo Antônio. Neném é separada. O pai do menino reside em São Paulo.
A morte de Renan levanta um velho problema do Vale: a falta de um corpo de bombeiro. Uma equipe de salvamento equipada com desfibrilador e demais aparelhos e técnicas direcionados a ressuscitação cardiopulmonar poderia ter evitado muitas mortes na região, que tem um grande número de açudes, piscinas e rio.
Duas outras questões são a necessidade dos filhos menores sempre estarem acompanhados dos pais e a falta de salva-vidas nas piscinas regionais.
Folha do Vale
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