O aniversário de um mito
Se vivo estivesse, o monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho estaria completando 87 anos de idade nesta terça-feira, 24 de maio. Muito mais do que um religioso, ele foi um mito para Itaporanga, tornando-se um dos grandes nomes de sua história.
Mas a história dele por aqui começou em 1955, quando foi designado pároco da cidade pelo bispo de Cajazeiras Dom Zacarias Rolim de Moura, a terra natal do religioso. A partir de então, dois períodos se estabeleciam: o de antes e o depois do religioso, considerando suas importantes contribuições para o desenvolvimento local.
No entanto, a Itaporanga pujante deste início de século XXI não era a mesma da década de 50. A Misericórdia de então vivia tempos difíceis. Era uma terra arrasada pela violência, analfabetismo e miséria.
Mesmo diante das adversidades, o novo pároco não se desanimou e começou a construir obras e ações que ligeiramente formataram um cenário de oportunidades, sobretudo para a juventude, como a construção, por meio de doações populares, do Colégio Diocesano Dom João da Mata e a criação da banda filarmônica Cônego Manoel Firmino.
E muitos foram os jovens que passaram pelo Diocesano e a filarmônica e hoje brilham no país afora no direito, na medicina, na engenharia, no magistério, no jornalismo, na música.
Mas isso só foi possível porque Padre Zé pensava adiante e no coletivo, com um olhar de acolhimento ao mais carente. Tinha uma visão futurista impressionante, peculiar aos grandes líderes.
Em 2005, em solenidade que marcava a inserção de novos componentes na filarmônica e o início das comemorações dos 40 anos da banda, tive o prazer de entrevistá-lo. Era o único profissional de imprensa a cobrir a solenidade e talvez o último (ou um dos últimos) também a entrevistá-lo antes de sua morte, que aconteceu no ano seguinte.
A matéria de minha autoria foi publicada na Folha do Vale do dia 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil e do quadragésimo aniversário da banda. “Criei a filarmônica para que o jovem, quando saísse daqui, tivesse uma oportunidade na música lá fora e assim garantisse um emprego”, disse Padre Zé.
Ele afirmou na ocasião que, após a construção do Colégio Diocesano, só ficou sem estudar em Itaporanga quem verdadeiramente não quis seguir esse caminho. E é verdade! Muitas bolsas de estudo foram doadas ao estudante carente local pelo religioso.
É importante salientar também que o jovem que era membro da filarmônica, seja lá quem fosse, era excluído do pagamento de mensalidade no Colégio Diocesano, considerado um dos melhores do estado.
No dia 19 de setembro de 2006, a cidade inteira chorou a morte de seu líder, do seu guia, de seu professor. Uma perda irreparável! Era o fim de uma era marcada por grandes conquistas para Itaporanga, que não apenas amava Padre Zé incondicionalmente, mas o idolatrava sem nenhuma cerimônia.
Em vida soube cumprir com sua jornada terrena. O seu legado de luta e conquistas em prol desta comunidade é uma bela referência de vida para todos nós.
Se vivo estivesse, o monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho estaria completando 87 anos de idade nesta terça-feira, 24 de maio. Muito mais do que um religioso, ele foi um mito para Itaporanga, tornando-se um dos grandes nomes de sua história.
Mas a história dele por aqui começou em 1955, quando foi designado pároco da cidade pelo bispo de Cajazeiras Dom Zacarias Rolim de Moura, a terra natal do religioso. A partir de então, dois períodos se estabeleciam: o de antes e o depois do religioso, considerando suas importantes contribuições para o desenvolvimento local.
No entanto, a Itaporanga pujante deste início de século XXI não era a mesma da década de 50. A Misericórdia de então vivia tempos difíceis. Era uma terra arrasada pela violência, analfabetismo e miséria.
Mesmo diante das adversidades, o novo pároco não se desanimou e começou a construir obras e ações que ligeiramente formataram um cenário de oportunidades, sobretudo para a juventude, como a construção, por meio de doações populares, do Colégio Diocesano Dom João da Mata e a criação da banda filarmônica Cônego Manoel Firmino.
E muitos foram os jovens que passaram pelo Diocesano e a filarmônica e hoje brilham no país afora no direito, na medicina, na engenharia, no magistério, no jornalismo, na música.
Mas isso só foi possível porque Padre Zé pensava adiante e no coletivo, com um olhar de acolhimento ao mais carente. Tinha uma visão futurista impressionante, peculiar aos grandes líderes.
Em 2005, em solenidade que marcava a inserção de novos componentes na filarmônica e o início das comemorações dos 40 anos da banda, tive o prazer de entrevistá-lo. Era o único profissional de imprensa a cobrir a solenidade e talvez o último (ou um dos últimos) também a entrevistá-lo antes de sua morte, que aconteceu no ano seguinte.
A matéria de minha autoria foi publicada na Folha do Vale do dia 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil e do quadragésimo aniversário da banda. “Criei a filarmônica para que o jovem, quando saísse daqui, tivesse uma oportunidade na música lá fora e assim garantisse um emprego”, disse Padre Zé.
Ele afirmou na ocasião que, após a construção do Colégio Diocesano, só ficou sem estudar em Itaporanga quem verdadeiramente não quis seguir esse caminho. E é verdade! Muitas bolsas de estudo foram doadas ao estudante carente local pelo religioso.
É importante salientar também que o jovem que era membro da filarmônica, seja lá quem fosse, era excluído do pagamento de mensalidade no Colégio Diocesano, considerado um dos melhores do estado.
No dia 19 de setembro de 2006, a cidade inteira chorou a morte de seu líder, do seu guia, de seu professor. Uma perda irreparável! Era o fim de uma era marcada por grandes conquistas para Itaporanga, que não apenas amava Padre Zé incondicionalmente, mas o idolatrava sem nenhuma cerimônia.
Em vida soube cumprir com sua jornada terrena. O seu legado de luta e conquistas em prol desta comunidade é uma bela referência de vida para todos nós.
Isías Teixeira
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