segunda-feira, 11 de março de 2013

Quando a Globo discrimina fatos importantes do Nordeste

Renata e Chico Pinheiro: hora de rever o filtro jornalistico

A edição do programa de jornalismo “Bom dia, Brasil” ancorado pelos competentes jornalistas Chico Pinheiro e Renata Vasconcelos deu mais uma demonstração clara, inequívoca nesta segunda –feira, de que as lentes e filtros dos companheiros de Redação da “Venus Platinada” insistem em dar de mau exemplo no trato de escolha e edição de assuntos de muita importância para o Nordeste, por exemplo, mas tratado como coisa secundária pela importante emissora do País.

Dois fatos reais podem ser revistos e constatados nessa abordagem discricionária inaceitável de questões ou temas relevantes para o Nordeste. 

O primeiro deles se deu com a Copa do Nordeste em sua fase final quando o primeiro jogo decisivo do Campinense vencendo o Asa em Arapiraca ficou nas calendas gregas ou, no máximo, em poucos segundos mostrando os gols de Tiago Granja e Jeferson e somente só. Não houve qualquer outra menção seqüenciada expondo a importância do certame, entretanto, na abordagem da decisão do Campeonato Carioca – tomando como referência e contra-ponto – os espaços destinados eram como se fosse fim de Copa do Mundo.

Outro fato muito importante, infelizmente no campo policial, registrado com mera leitura de Chico Pinheiro tratou a morte de sete presos neste domingo em Itaitinga, região Metropolitana de Fortaleza, como fato insignificante, enquanto o inicio do júri popular do advogado Mizael Bispo de Souza acusado de ter matado a ex-namorada Mércia Nakashima ocupou quase todo um bloco do programa jornalístico.
Os dois fatos mostram por A mais B que, infelizmente, a Grande Midia insiste em não compreender a relatividade de importância de fatos impingindo até na seleção dos assuntos a serem abordados uma escala discriminatória inaceitável para os tempos atuais porque, tanto no caso da decisão da Copa Nordeste quanto da rebelião e/ou crise entre facções rivais no presídio do Ceará, mereciam (e merecem) tratamento mais adequado em face de sua relevância enquanto fato jornalístico.

É este filtro que atrasa e faz exigir que um dia o Nordeste precise dispor de sua própria industria de entretenimento e de lazer porque é inaceitável sob todos os pontos de vista que o jornalismo praticado a partir do Sudeste (Rio e São Paulo) continue nos impondo seu conceitos distantes de nossos quereres porque, se é fundamental exibir com galhardia a final do campeonato Carioca, o mesmo se dirá para a Copa do Nordeste que, por coincidência, tem o Campinense como líder e provável campeão da temporada.

NO PRÉ-SAL TAMBÉM FOI ASSIM
O Congresso Nacional aprovou semana passada a queda do veto da presidenta Dilma Rousseff no caso do Pré-Sal mas, também neste caso, a Grande Midia e nela a Rede Globo reproduziram para todo o País o saldo da importante decisão mas que é do ramo e conhece as sutilezas de manobras e direcionamento do noticiário sabe que durante todo o tempo, o assunto foi tratado expondo muito mais o interesse do Rio de Janeiro do que de todos os demais estados do País.

O Pré-Sal, enquanto riqueza produzida em área da União – e não dos estados, inclusive Rio, São Paulo e Espirito Santo – traduz um direito e condição mais ampla do que o interesse localizado de alguns estados, mesmo assim a Grande Midia deu mais importância e exposição aos reclamos do Rio.
Em síntese, é preciso acabar com esse filtro disciminador insuportável porque somos um País continental onde para nós valorizar o Botafogo, Flamento, São Paulo não abriga mais condição de esconder os valores do Campinense, Sport, Bahia, Fortaleza, etc.
Abaixo a discriminação, Já!!!

ÚLTIMA
“Imagina o Brasil ser dividido/
E o Nordeste ficar independente...”
Walter Santos

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