terça-feira, 2 de julho de 2013

COM BESTEIROL A COISA NÃO SE RESOLVE

A pergunta do momento é: Dilma saberá sair da maior crise política do seu governo? Essa pergunta está sendo feita por diversos segmentos da  sociedade e requer muita ação, apoio e desprendimento  política para ser respondida. A resposta tem que ser realista e pragmática, ou melhor, verdadeira e honesta.
Caso continue com embromação, proselitismo,  jogo de cena e falta de coragem, contribuirá, substancialmente, para aumentar a temperatura das ruas. Já deu prá se notar que o povo anda a procura de respostas convincentes e concretas para os seus problemas. E, são estas respostas, que garantirão a Dilma a traquilidade da sua administração e o respeito conquistado nas urnas.
Ela já deve está consciente de que, a tarefa não é fácil, diante da insatisfação popular já auferida pelas recentes pesquisas de opinião pública. Ele deve está sentindo que a população clama e exige mudanças radicais na forma de governar.  Baseada nas cobranças a Presidenta,  em vez de decisões mirabolantes e desconexas,  deverá agir como estadista, falar à Nação dos seus propósitos e até mesmo se penitenciar pelos erros cometidos.
Não será impondo à sua vontade, do seu mentor político, do seu partido e aliados  ou agindo com rispidez diante de interlocutores que ela irá tirar o povo das ruas, irá aplainar  a revolta da população . Tem que apoiar às mudanças exigidas pela Nação, principalmente, a aquelas direcionadas à melhoria de vida da população. Tem que ter um olhar acentuado para a problemática da saúde, da educação, do transporte e segurança.  
Dilma deve está de posse dos dados auferidos pelo IBGE, que fez um levantamento sobre a evolução de três grupos de despesas que mais impactaram o bolso do brasileiro entre maio de 2003 e maio de 2013 e levaram parte dos manifestantes às ruas. Os gastos com transportes urbanos subiram 113%. Os planos de saúde tiveram alta de 135,9%. As despesas com educação aumentaram 111,2%. Nesse mesmo período, a inflação acumulada foi de 81%.
Outro indicador preocupante é o que mede o nível de endividamento da população. Uma pesquisa divulgada pelo  Banco Central na semana passada mostra que as famílias comprometem 44,2% da renda com dívidas e os números têm piorado nos últimos anos. A facilidade na obtenção de crédito criou um efeito perverso. Com mais dívidas, a sensação de aperto ficou mais constante.
Diante dos fatos registrados, não será com plebiscito ou com outras enganações,  que ela irá resolver os graves  problemas do seu governo e recuperar os pontos perdidos de aprovação.  Tem que agir com pragmatismo e recuar naquilo que compromete a sua administração.
Um bom começo seria uma campanha sistemática de combate a corrupção, pois até agora, a reação da presidente Dilma aos protestos só contribuiu para gerar mais atrito.  

Chico Pinto

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