Modernidade Líquida
(Reynollds Augusto)
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman escreveu um livro intitulado “Modernidade Líquida”, fazendo uma comparação entre a sociedade “leve”, “líquida”, “fluida”, dos dias atuais, que é infinitamente mais dinâmica do que a “sólida” de ontem, que fora suplantada.
Trata-se de uma visão interessante da vida social e política nos indicando que, apesar dos pesares, o pensamento coletivo está se desvencilhando dos cativeiros de domínio, que sempre estiveram presentes nas comunidades mundiais. Isso tem a ver com a lei do progresso, que é “instituto divino”, pois o espírito está em franco processo de evolução e o menor sinal de equívocos, desonestidades, está gerando impaciência, produzindo mobilização, chamando o ‘feito à ordem”.
O que vemos nos dias atuais é exatamente isso. O povo não suporta mais tanto desmantelo com o mau uso do dinheiro público e está indo ás ruas, cobrando das autoridades, que deveriam dar o exemplo, o exato cumprimento dos princípios constitucionais, norteadores do Estado Brasileiro. Parece que existem dois pesos e duas medidas e que as coisas só acontecem quando eles querem e demonstram interesses. É claro que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, como sempre asseverou o meu Professor Helder, mas a eficiência com que os Estádios de futebol brasileiros foram construídos, reformados, é coisa do Brasil do Primeiro mundo. Em contrapartida, a lentidão com que se produz saúde e segurança, faz parte do Brasil do terceiro mundo, quiçá do quarto.
Nada contra os jogos, a copa... Alias os campeonatos mundiais de futebol demonstram o quanto o mundo melhorou, pois o esporte une as pessoas, produz disciplina, fomenta sonhos e provoca diversão sadia. É o bom “combate”, que provoca a alegria das nações. Antes, o povo era levado aos “circos romanos” para verem os seus semelhantes trucidados até a morte, ao som dos gritos e algazarras de espíritos atrasados, que ainda somos hoje, mas já em menor escala.
Ninguém detém a força do progresso, que é lei divina, e apesar dos agoureiros de plantão espalharem que o mundo está pior, é mentira. É uma visão de um olho só. Nunca de produziu tanto bem na humanidade, apesar da mídia só enfatizar os dramas humanos.
Como diz o escritor “a fluidez é a qualidade dos líquidos e gases”. O que o evidencia é que eles “não podem suportar uma força tangencial ou deformante quanto os imóveis, os sólidos”. Os líquidos “sofrem uma constante mudança de forma quando submetidos à tensão”.
A sociedade mudou. Os governos, os sistemas, a forma de como se faz política, precisa mudar. O povo não admite mais os sistemas anacrônicos, os desvios, nesse país ainda rico por natureza, mas ficando “milionário” de consciência.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO.
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