O prefeito de Itaporanga, Antônio Porcino (PMDB), respondeu com indignação as denúncias de irregularidades publicadas em um panfleto anônimo contra seu secretário de Administração e Finanças, conhecido popularmente por Damião Bila.
Para Porcino, as denúncias são mentirosas. “Eu digo isso porque 15 dias antes desse panfleto ser publicado, surgiram comentários com o mesmo teor mentiroso, e eu fiz uma investigação e constatei que essas acusações não têm fundamento”, comenta o prefeito, ao lamentar que “existe muita gente maldosa, inclusive dentro da administração, que fica tentando denegrir a imagem de pessoas sérias e trabalhadoras.
O prefeito diz que confia em seu secretário. “Ele tem minha confiança, é um homem que tem sido importante para a minha administração, e eu confio nele e em todos os demais secretários”.
O prefeito reforça que as denúncias são fruto da mente maldosa de indivíduos que não têm competência nem trabalham para progredir financeiramente e ficam achando que as pessoas só podem melhorar de vida se roubar.
“Eu conheço pessoas que ganham 900 reais por mês, mas gastam mil e quinhentos; enquanto há outras que ganham 900 e gastam apenas trezentos e têm outras atividades que aumentam sua renda. Estas pessoas progridem; aquelas não”, compara o prefeito, ao afirmar que o seu secretário é um homem que trabalha 18 horas por dia e tem fontes de renda que justificam, suficientemente, o patrimônio que possui.
Porcino diz ainda que o conteúdo do panfleto é irresponsável e criminoso, e que poderá acionar a polícia para descobrir quem está por trás das acusações. “É muito fácil você se esconder atrás do anonimato e sair denegrindo a imagem das pessoas”, lamenta indignado o prefeito, ao afirmar que concorda com a posição tomada pela Câmara Municipal, que rejeitou, por cinco votos a três, requerimento do vereador José Valeriano solicitando esclarecimentos do secretário denunciado.
“Ninguém está livre desse tipo de denúncia irresponsável. Hoje saiu contra o secretário; amanhã poderá atingir qualquer pessoa de bem. Se o secretário fosse responder a essas denúncias anônimas iria criar uma situação delicada pela inversão do ônus da prova e alimentar ainda mais essas maldades.
Quem denuncia é que tem que provar. Como não há provas, o secretário não tem o que dizer sobre isso ao legislativo”, comenta o prefeito.
Sobre o panfleto
O panfleto anônimo que gerou toda a polêmica chegou ao conhecimento público há pouco mais de uma semana. O material acusa o secretário da prática de irregularidades no governo municipal, entre as quais cobrança de propina para beneficiar empresas participantes de licitação e desvio de recursos e bens públicos para usufruto pessoal.
Vereador insatisfeito
Apesar de ter acatado a decisão dos vereadores Márcio Rodão, Duvan Pereira, Zeca da Encarnação, Cláudia Queiroz e Joaquim Salviano de rejeitar o requerimento pedindo explicações ao secretário, o vereador José Valeriano, autor da solicitação e que teve o apoio somente de Herculano Pereira e Antônio Caetano, lamentou a decisão do legislativo municipal.
“Eu acho que meus colegas não me compreenderam: eu não estou acusando nem condenando o secretário. O objetivo do requerimento era tão somente para que ele respondesse as denúncias, que são graves”, diz José Valeriano, ao afirmar que “o fato é que há uma única maldade nesse panfleto: “Se ele for mentiroso a maldade é contra o secretário; se ele for verdadeiro a maldade é contra o povo”.
matéria publicada na edição 122 do jornal Folha do Vale
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