O município de Diamante, localizado no sertão paraibano, completa nesta quinta-feira (21), 50 anos de emancipação política. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 6.616 habitantes. Sua área territorial é de 269 km².
Como parte das comemorações, a Prefeitura Municipal de Diamante não divulgou nenhuma programação especial para celebrar a data. Até o momento, a única atividade comemorativa referente ao Jubileu de Ouro da cidade é o show da Banda Aviões do Forró, dia 26, em praça pública.
De acordo com setores da oposição local, ao contrário de muitos gestores que aproveitam a data de emancipação política do município para entregar obras à população, o prefeito de Diamante, Hércules Barros, age diferente. Sem nenhuma benfeitoria a ser entregue, o atual gestor simplesmente contratou a banda Aviões do Forró para, de alguma forma tentar limpar a sua imagem perante a opinião pública, de um gestor que não faz absolutamente nada pelo município.
Neste momento festivo, em mensagem, o prefeito Hércules Mangueira Barros diz que “Diamante celebra com alegria mais um aniversário e este, em particular, é muito importante, pois estamos comemorando o Jubileu de Ouro de nosso município: são 50 anos de lutas, conquistas e avanços. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os filhos dessa terra que muito contribuíram com a sua história e o seu desenvolvimento. Parabéns Diamante... Que Deus continue abençoando nossa terra, concedendo-lhe paz, prosperidade e avanços necessários para melhor qualidade de vida de seus habitantes”.
Diamante, 50 anos de história, política e administrativa
Para bem entender um pouco da história da cidade, que já foi por muito tempo distrito de Misericórdia, atual município de Itaporanga, faz-se necessário recorrer a essa importante cidade do Vale do Piancó.
Em sendo assim, dado seu crescimento pujante, o distrito de Misericórida, que pertencia ao município de Piancó, logo foi desmembrado, adquirindo sua autonomia pela Lei Provincial n° 104, de 11 de dezembro de 1863, verificando-se, outrossim, sua instalação no dia 09 de janeiro de 1865, com o nome de Misericórdia.
Por efeito do Decreto-lei Estadual n° 1.164, de 15 de novembro de 1938, o distrito de Misericórdia ganha o nome de Itaporanga, que em tupi-guarani significa "pedra bonita". A partir de então, Misericórdia passa a ter mais um distrito: o de São Paulo, cujo nome foi sugestão do Pe. Joaquim Ludugero Pereira Diniz, vigário dessa comuna, que antes era chamava de vilarejo “Paulo Mendes”.
Pelo Decreto-lei Estadual nº 520, de 31 de dezembro de 1943, que proibia nomes idênticos de localidades em todo o Brasil, o distrito de São Paulo passou no dia 04 de janeiro de 1944 a denominar-se Diamante.
Dado ao seu crescimento e desenvolvimento, sobretudo, com a luta incansável de seus ilustres filhos, o novo distrito foi elevado à categoria de município, através da Lei Estadual nº 2.655, assinado pelo então governador Pedro Moreno Gondim, no dia 21 de dezembro de 1961. Sua instalação se deu no dia 30 de dezembro de 1961 e seu primeiro prefeito nomeado foi o senhor Arcênio da Costa Mangueira, que ficou no cargo até o dia 30 de dezembro de 1962.
Sua primeira eleição direta aconteceu no dia 01 outubro de 1962, quando seus habitantes elegeram seu primeiro prefeito. Na ocasião, foi eleito o agropecuarista e comerciante Argemiro Abílio de Sousa, juntamente com o seu vice, o também agropecuarista e comerciante Joaquim Serafim de Sousa, que governaram o município de 01 de janeiro de 1963 a 31 de dezembro de 1966.
A primeira câmara de vereadores do município também fora eleita neste mesmo pleito e era assim constituída: Creciano Alves de Sousa, Crisanto Abílio de Sousa, Francisco Miguel Diniz, Pedro Antas Pereira, Pompeu de Sousa Diniz e Normélia Mangueira Neves.
Desde sua emancipação política e administrativa, governaram o município, pela ordem, os seguintes prefeitos:
01 - Argemiro Abílio de Sousa (de 1963 a 1966);
02 - Dionísio Mangueira Diniz (de 1967 a 1970);
03 - José Abílio Sobrinho (de 1970 a 1972);
04 - Hermes Mangueira Diniz (de 1973 a 1976);
05 - Maria Plácida Barros (de 1977 a 1982);
06 - Hermes Mangueira Diniz (de 1983 a 1987);
07 - Odoniel de Sousa Mangueira (de 1988 a 1992);
08 - Hermes Mangueira Diniz (de 1993 a 1997);
09 - Odoniel de Sousa Mangueira (1998 a 2002);
10 - Ernani de Sousa Diniz (de 2003 a 2006);
12 - Hércules Mangueira Barros (de 2007....)
Geografia
O
município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. A pluviosidade média do município é de 1090 mm, com estação seca de setembro a dezembro.A vegetação predominante é a caatinga xerófila, com cactáceas, arbustos e árvores de pequeno a médio porte.
O município está inserido na bacia hidrográfica do rio Piranhas, sub-bacia do rio Piancó e tem como principais tributários o rio Piancó, os riachos do Logradouro, do Meio, Chatinha, Carnaúba, Olho d´Água, do Saco e os córregos da Onça, do Romão, Umburana e dos Bois, todos de regime intermitente. A principal atividade econômica é a agricultura e o comércio.
O município está inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja. Está localizado na região Oeste do Estado da Paraíba, mesorregião de Cajazeiras, limitando-se ao Sul com Santana de Mangueira e Curral Velho; a Oeste com Ibiara e Conceição; a norte com São José de Caiana; a Nordeste com Itaporanga e a Leste com Boa Ventura.
A forma de seu território é alongada no sentido norte/sul e apresenta uma reentrância formando uma cintura, no sentido leste/oeste. A sede municipal apresenta uma altitude de 310m e coordenadas geográficas de 38o 09’ 03’’ Longitude Oeste e 07o 18’ 14’’ de Latitude Sul.
O acesso ao município se dá a partir de João Pessoa, através da BR-230 até a cidade de Patos, onde toma-se a BR-361 até Itaporanga. A partir desta, segue-se por mais 16 km, entrando-se em via pavimentada a esquerda percorrendo-se cerca de 8 km até a sede municipal.
Relevo
O relevo acha-se incluso na denominada “Planície Sertaneja”, a qual constitui um extenso pediplano arrasado, onde localmente se destacam elevações residuais alongadas e alinhadas com o “trend” da estrutura geológica regional. Dessa forma o relevo do município apresenta forma irregular com terrenos altos e baixos, que se alteram com áreas onduladas, conjuntos de serras, solos pedregosos e solos argilosos. Suas maiores altitudes encontram-se na serra Grande com 705 m, serra dos Picos com 695 m, serra da Mata Limpa com 650 m, serra do Exú com 632 m, serra dos Barreiros com 520 m, serra da Vaca Morta com 480 m, serra do Olho D’água e serrote da Ema com 450 m, respectivamente.
Aspectos Fisiográficos
Em termos climatológicos, o município acha-se inserido no denominado “Polígono das Secas”, constituindo um tipo semi-árido quente e seco, segundo a classificação de Koppen. As temperaturas são elevadas durante o dia, amenizando a noite, com variações anuais dentro de um intervalo 23º a 30º C, com ocasionais picos mais elevados, principalmente durante a estação seca. O regime pluviométrico, além de baixo é irregular com médias anuais em torno de 1.090mm/ano. Devido às oscilações dos fatores climáticos, podem ocorrer variações com valores para cima ou para baixo do intervalo referenciado. No geral, caracteriza-se pela presença de apenas 02 estações: a seca, que constitui o verão, cujo clímax é de setembro a dezembro e a chuvosa, denominada pelo sertanejo de inverno.
A vegetação é de pequeno porte típica de caatinga xerofítica, onde se destaca a presença de cactáceas, arbustos e árvores de pequeno a médio portes. Os solos são resultantes da desagregação e decomposição das rochas cristalinas do embasamento, sendo em sua maioria do tipo Podizólico Vermelho-Amarelo de composição arenoargilosa, tendo-se localmente latossolos e porções restritas de solos de aluvião.
A rede de drenagem é do tipo intermitente e seu padrão predominantemente dentrítico, devido à existência de fraturas geológicas, mostra variações para retangular e angular. Os riachos e demais cursos d’ água que drenam a área, pertencem a denominada Bacia do Rio Piancó.
Águas Superficiais
O município de Diamante encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, sub-bacia do Rio Piancó. Seus principais tributários são: o Rio Piancó e os riachos do Logradouro, do Meio, Chatinha, Carnaúba, Olho d’Água, do Sabonete, do Saco e os córregos da Onça, do Romão, Umburana e dos Bois. Todos os cursos d’água têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.
Por Hélder Loureiro (Rádio Diamante FM)
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