Um quarto de século após o maior acidente nuclear da história, a energia atômica ainda permanece uma incógnita para muita gente.
- Por Douglas Ciriaco
O dia 26 de abril de 2011 marcou o 25º ano do acidente nuclear ocorrido na cidade ucraniana de Chernobyl. O acidente, considerado o maior do gênero na história da humanidade, foi um dos primeiros a colocar em cheque os verdadeiros benefícios da energia nuclear se comparados aos riscos que esse tipo de empreendimento representa.
Não houve apenas uma causa para o acidente. Os principais motivos são as falhas no projeto técnico na construção dos reatores RBMK, além de falhas humanas no manuseio em suas hastes de controle, o que levou a complicações no nível de calor gerado pelo dispositivo. As altíssimas temperaturas destruíram o reator 4, ocasionando o maior acidente nuclear da história.
O resultado imediato foi a morte de 31 pessoas: uma durante a explosão, uma de trombose coronária, uma terceira de queimaduras térmicas e 28 de intoxicação aguda por radiação. Mas os problemas continuaram, atingindo cerca de 1 mil trabalhadores de emergência da área do reator no primeiro dia após o acidente. Durante o primeiro ano pós-acidente, cerca de 200 mil trabalhadores das operações de emergência e recuperação foram expostos à alta radiação.
Chernobyl é um assentamento da cidade de Pripyat e a área de isolamento na região, que a princípio era de 2.800 km², chegou a 4.300 km². Os 45 mil habitantes da cidade foram removidos logo após o acidente e, ao todo, 210 mil pessoas foram levadas para locais menos contaminados. O governo socialista tratou os atingidos com iodo e, ainda em 1986, um “sarcófago” foi concluído em torno do reator destruído para absorver o restante da radiação da usina.
Além da Bielorrússia, país que faz fronteira com a Ucrânia, nos anos seguintes, a nuvem de radiação pode ser notada em outros países da Europa e de outros continentes. Índices de radiação foram detectados nos seguintes países: Suécia, Escandinávia, Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Eslováquia, Romênia, Bulgária, Grécia, Turquia e Polônia.
Em declaração à agência de notícias AFP, o professor de biologia Tim Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, EUA, afirmou que a região de Chernobyl ainda representa uma ameaça para a natureza. Mousseau é estudioso dos efeitos do acidente para a biodiversidade local e publicou ano passado um censo sobre da vida selvagem na região.
De acordo com o professor, há hoje menos animais e espécies do que o esperado no entorno de Chernobyl, tanto no número de mamíferos quanto no de insetos. Além disso, em fevereiro de 2011 foram registrados 550 pássaros e 48 espécies de oito locais diferentes. Os animais tiveram seus cérebros medidos e as aves que habitavam locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores do que as que viviam em locais com menor índice radioativo.
É consenso que pelo menos 1,8 mil crianças e adolescentes, habitantes das áreas de maior contaminação na Bielorrússia, desenvolveram câncer de tiroide. A doença, contudo, é tratável e, de acordo com um relatório da NucNet (uma agência de comunicação especializada em notícias e relatórios sobre energia nuclear), a taxa de sobrevivência de portadores da doença no país é de 99%.
Em 2005, um relatório publicado pelo Chernobyl Forum, escrito por mais de cem especialistas de países como Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, ligados à Organização Mundial de Saúde e ao Banco Mundial, entre outras organizações, afirmaram que 4 mil pessoas podem morrer prematuramente devido à exposição radioativa.
Há um movimento para a construção de um abrigo em torno da usina de Chernobyl, para isolá-la, que deve custar cerca de 1,6 bilhão de euros, aproximadamente 3,7 bilhões de reais.
Yukio Edano, porta-voz do governo, disse no último dia 26 de abril que os acidentes em Chernobyl e em Fukushima são de “natureza distinta”, pois no caso da usina japonesa, o nível de radiação emitido é cerca de dez vezes menor do que no da usina ucraniana. Além disso, Edano ressalta o fato de ninguém ter morrido devido ao acidente de Fukushima.
A sociedade civil, contudo, parece não partilhar da mesma linha de pensamento das autoridades nipônicas. Em memória aos 25 anos do acidente nuclear de Chernobyl, 87 ONGs participaram de uma movimentação conjunta para “uma sociedade livre de energia nuclear” e aproveitaram para pedir o fechamento das duas usinas existentes em Fukushima.
Junto das manifestações estava Pavel Vdovichenko, russo de 59 anos que sobreviveu ao acidente ucraniano. Para ele, "o acidente em Fukushima é irmão gêmeo de Chernobyl", e as consequências, econômicas, sociais e de saúde do caso, levarão os moradores da região para tempos difíceis.
Outro ponto de divergência entre a Tepco, empresa que gerencia a planta de energia, e militantes de movimentos contra a energia nuclear é a questão das condições de trabalhadores que ajudaram na limpeza do local do acidente. Enquanto as informações oficiais dão conta de que eles não estão expostos a riscos, membros de associações como o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear, da França, se espantaram com as condições de trabalho.
As usinas brasileiras são a Angra 1, ativa desde 1985, e Angra 2, em atividade desde 2001. Ambas são responsáveis pela produção de 3% da energia produzida no Brasil e 32% da consumida em todo o estado do Rio de Janeiro. Angra 3, a terceira usina, ainda em fase de construção, tem início de operações programado para 2015.
Em seu site oficial, a Eletronuclear garante que as usinas são complexas, porém, não oferecem risco quando operadas com segurança. Além disso, a estatal garante que a energia nuclear é a forma de produção de energia em larga escala menos nociva ao meio ambiente por não emitir gases do efeito estufa e, mesmo ele tendo surgido depois, respeitar o Protocolo de Kyoto.
O Greenpeace, um dos principais movimentos mundiais contra a energia nuclear, afirma que esse tipo de energia agride o meio ambiente, é caro e perigoso. Contaminação da água, solo, ar e, consequentemente, de seres vivos, o que acarretaria no desenvolvimento de cânceres e abortos, além de uma série de síndromes e doenças, são apontadas pelo grupo como os principais argumentos contra a energia atômica.
Se a Eletronuclear não considera a possibilidade de interromper o programa nuclear brasileiro, pelo menos se dedica a rever os sistemas de segurança das usinas de Angra. José Manuel Diaz Francisco, coordenador de comunicação e segurança da empresa, afirmou que a tecnologia empregada em Angra é superior à usada em Fukushima Daiichi, o que garante mais segurança ao processo de resfriamento dos reatores.
O Plano Nacional de Energia, do governo federal, prevê a implantação de quatro a oito usinas nucleares no Brasil até 2030. Para o Greenpeace, porém, o acidente em Fukushima abre precedentes para avaliar a real necessidade da construção de novas usinas. O movimento defende o fomento ao desenvolvimento de energias limpas e renováveis.
Um dos grandes mitos que envolvem a energia nuclear é a de que ela é totalmente limpa. Se ela não emite tanto gás carbônico quanto energias advindas de fontes fósseis, o resultado que advém de sua produção pode ser bastante danoso. Há casos de praias de Angra contaminadas por dejetos das usinas, bem como suspeitas de contrabando de lixo radioativo europeu para países africanos, em especial a Somália.
Outro mito é de que as usinas podem explodir tal qual as armas nucleares. Isso é impossível, afinal, as bombas têm reação nuclear feitas de modo descontrolado. Já em usinas, a reação é controlada, o que torna impossível que ela exploda igual a, por exemplo, as bombas despejadas pelos Estados Unidos sobre o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Muito se fala sobre a energia nuclear ser mais barata que outras fontes de baixo-carbono, porém, isso também é mito. Segundo Chris Goodall, especialista na questão climática e colunista do jornal britânico The Guardian, o maior problema de projetos de energia nuclear é a imprevisibilidade dos custos. Ele cita como exemplos a usina em uma ilha a oeste da Finlândia e projetos nos EUA que foram recuados devido às polpudas somas necessárias para desenvolvimento.
Uma verdade sobre energia nuclear é que pessoas infectadas por radiação podem contaminar outras. A contaminação pode ocorrer por contato com a pele ou secreção (saliva, suor, fezes e urina) de alguém já infectado. Esse, inclusive, foi um dos grandes problemas enfrentados por sobreviventes de Chernobyl, segundo Pavel Vdovichenko.
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E você, o que pensa sobre energia nuclear? Acredita que há riscos em sua produção? Acredita que ela é uma alternativa melhor do que fontes naturais, como o sol e os ventos, para a produção de eletricidade? Comente e deixe sua opinião.
O acidente em Chernobyl
Na madrugada de sábado, 26 de abril de 1986, ocorreu o acidente com o reator número 4 durante testes realizados na usina nuclear. As partículas que se espalharam pela região despejaram sobre o local uma nuvem de contaminação 400 vezes mais radioativa do que os ataques nucleares contra Hiroshima e Nagasaki ao final da Segunda Guerra Mundial.Não houve apenas uma causa para o acidente. Os principais motivos são as falhas no projeto técnico na construção dos reatores RBMK, além de falhas humanas no manuseio em suas hastes de controle, o que levou a complicações no nível de calor gerado pelo dispositivo. As altíssimas temperaturas destruíram o reator 4, ocasionando o maior acidente nuclear da história.
O resultado imediato foi a morte de 31 pessoas: uma durante a explosão, uma de trombose coronária, uma terceira de queimaduras térmicas e 28 de intoxicação aguda por radiação. Mas os problemas continuaram, atingindo cerca de 1 mil trabalhadores de emergência da área do reator no primeiro dia após o acidente. Durante o primeiro ano pós-acidente, cerca de 200 mil trabalhadores das operações de emergência e recuperação foram expostos à alta radiação.
AmpliarReator 4 da usina nuclear de Chernobyl. (Fonte da imagem: Carl Montgomery)
Primeiras ações contra a radiação
Até o dia 5 de maio de 1986, o governo soviético despejou, com a ajuda de helicópteros, 2,4 mil toneladas de chumbo e 1,8 toneladas de areia para tentar abafar de vez o fogo do reator 4 de Chernobyl e também absorver a radioatividade, evitando que ela se espalhasse ainda mais. Em 6 de maio, a emissão radioativa e o fogo foram controlados.Chernobyl é um assentamento da cidade de Pripyat e a área de isolamento na região, que a princípio era de 2.800 km², chegou a 4.300 km². Os 45 mil habitantes da cidade foram removidos logo após o acidente e, ao todo, 210 mil pessoas foram levadas para locais menos contaminados. O governo socialista tratou os atingidos com iodo e, ainda em 1986, um “sarcófago” foi concluído em torno do reator destruído para absorver o restante da radiação da usina.
Além da Bielorrússia, país que faz fronteira com a Ucrânia, nos anos seguintes, a nuvem de radiação pode ser notada em outros países da Europa e de outros continentes. Índices de radiação foram detectados nos seguintes países: Suécia, Escandinávia, Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Eslováquia, Romênia, Bulgária, Grécia, Turquia e Polônia.
25 anos depois
Passado um quarto de século desde o acidente, Pripyat e Chernobyl se tornaram cidades-fantasma de aspecto apocalíptico, parecendo cenários de filmes como “Os 12 macacos” ou “Eu sou a lenda”.Em declaração à agência de notícias AFP, o professor de biologia Tim Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, EUA, afirmou que a região de Chernobyl ainda representa uma ameaça para a natureza. Mousseau é estudioso dos efeitos do acidente para a biodiversidade local e publicou ano passado um censo sobre da vida selvagem na região.
De acordo com o professor, há hoje menos animais e espécies do que o esperado no entorno de Chernobyl, tanto no número de mamíferos quanto no de insetos. Além disso, em fevereiro de 2011 foram registrados 550 pássaros e 48 espécies de oito locais diferentes. Os animais tiveram seus cérebros medidos e as aves que habitavam locais de alta radiação tinham cérebros 5% menores do que as que viviam em locais com menor índice radioativo.
AmpliarCidade de Pripyat, com a usina de Chernobyl ao fundo: visual apocalíptico. (Fonte da imagem: Jason Minshull)
Nos últimos 25 anos, milhares de pessoas desenvolveram câncer em decorrência da alta exposição à radiação emitida pela usina. As Nações Unidas apontam, em relatório publicado em 2002, para 4 mil casos de câncer de tiroide em pessoas que eram crianças e adolescentes na época do acidente, número que deve dobrar nas próximas décadas.É consenso que pelo menos 1,8 mil crianças e adolescentes, habitantes das áreas de maior contaminação na Bielorrússia, desenvolveram câncer de tiroide. A doença, contudo, é tratável e, de acordo com um relatório da NucNet (uma agência de comunicação especializada em notícias e relatórios sobre energia nuclear), a taxa de sobrevivência de portadores da doença no país é de 99%.
Em 2005, um relatório publicado pelo Chernobyl Forum, escrito por mais de cem especialistas de países como Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, ligados à Organização Mundial de Saúde e ao Banco Mundial, entre outras organizações, afirmaram que 4 mil pessoas podem morrer prematuramente devido à exposição radioativa.
Há um movimento para a construção de um abrigo em torno da usina de Chernobyl, para isolá-la, que deve custar cerca de 1,6 bilhão de euros, aproximadamente 3,7 bilhões de reais.
Desastre em Fukushima
Não há como falar em energia atômica sem se lembrar de Chernobyl, mas uma nova localidade entrou recentemente para a triste história dos acidentes nucleares: Fukushima, Japão. O acidente, ocorrido em 11 de março de 2011 na usina Fukushima Daiichi, na província de Fukushima, expos cerca de 80 mil japoneses à radiação.Yukio Edano, porta-voz do governo, disse no último dia 26 de abril que os acidentes em Chernobyl e em Fukushima são de “natureza distinta”, pois no caso da usina japonesa, o nível de radiação emitido é cerca de dez vezes menor do que no da usina ucraniana. Além disso, Edano ressalta o fato de ninguém ter morrido devido ao acidente de Fukushima.
A sociedade civil, contudo, parece não partilhar da mesma linha de pensamento das autoridades nipônicas. Em memória aos 25 anos do acidente nuclear de Chernobyl, 87 ONGs participaram de uma movimentação conjunta para “uma sociedade livre de energia nuclear” e aproveitaram para pedir o fechamento das duas usinas existentes em Fukushima.
AmpliarVisão área de setor danificado da usina de Fukushima Daiichi. (Fonte da imagem: Digital Globe)
Junto das manifestações estava Pavel Vdovichenko, russo de 59 anos que sobreviveu ao acidente ucraniano. Para ele, "o acidente em Fukushima é irmão gêmeo de Chernobyl", e as consequências, econômicas, sociais e de saúde do caso, levarão os moradores da região para tempos difíceis.
Outro ponto de divergência entre a Tepco, empresa que gerencia a planta de energia, e militantes de movimentos contra a energia nuclear é a questão das condições de trabalhadores que ajudaram na limpeza do local do acidente. Enquanto as informações oficiais dão conta de que eles não estão expostos a riscos, membros de associações como o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear, da França, se espantaram com as condições de trabalho.
Energia nuclear no Brasil
O Brasil também entrou no jogo de energia nuclear, e já faz algum tempo. A responsável por operar as usinas nucleares brasileiras é a estatal Eletronuclear, ligada à Eletrobrás. Atualmente, existem duas usinas do gênero por aqui, ambas no balneário de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, que fica a 150 km da capital do estado.As usinas brasileiras são a Angra 1, ativa desde 1985, e Angra 2, em atividade desde 2001. Ambas são responsáveis pela produção de 3% da energia produzida no Brasil e 32% da consumida em todo o estado do Rio de Janeiro. Angra 3, a terceira usina, ainda em fase de construção, tem início de operações programado para 2015.
AmpliarVista de usina nuclear brasileira em Angra dos Reis (RJ). (Fonte da imagem: Sturm)
Em seu site oficial, a Eletronuclear garante que as usinas são complexas, porém, não oferecem risco quando operadas com segurança. Além disso, a estatal garante que a energia nuclear é a forma de produção de energia em larga escala menos nociva ao meio ambiente por não emitir gases do efeito estufa e, mesmo ele tendo surgido depois, respeitar o Protocolo de Kyoto.
O Greenpeace, um dos principais movimentos mundiais contra a energia nuclear, afirma que esse tipo de energia agride o meio ambiente, é caro e perigoso. Contaminação da água, solo, ar e, consequentemente, de seres vivos, o que acarretaria no desenvolvimento de cânceres e abortos, além de uma série de síndromes e doenças, são apontadas pelo grupo como os principais argumentos contra a energia atômica.
Se a Eletronuclear não considera a possibilidade de interromper o programa nuclear brasileiro, pelo menos se dedica a rever os sistemas de segurança das usinas de Angra. José Manuel Diaz Francisco, coordenador de comunicação e segurança da empresa, afirmou que a tecnologia empregada em Angra é superior à usada em Fukushima Daiichi, o que garante mais segurança ao processo de resfriamento dos reatores.
O Plano Nacional de Energia, do governo federal, prevê a implantação de quatro a oito usinas nucleares no Brasil até 2030. Para o Greenpeace, porém, o acidente em Fukushima abre precedentes para avaliar a real necessidade da construção de novas usinas. O movimento defende o fomento ao desenvolvimento de energias limpas e renováveis.
AmpliarManifestantes do Greenpeace protestam contra o programa nuclear brasileiro (Fonte da imagem: EFE)
Mitos e fatos
Como se pode ver, a energia nuclear é um assunto muito controverso ainda nos dias de hoje. Há uma série de informações que circulam por aí, alguns dados são mitos, outros são fatos, e o Tecmundo tenta esclarecer alguns para você agora.Um dos grandes mitos que envolvem a energia nuclear é a de que ela é totalmente limpa. Se ela não emite tanto gás carbônico quanto energias advindas de fontes fósseis, o resultado que advém de sua produção pode ser bastante danoso. Há casos de praias de Angra contaminadas por dejetos das usinas, bem como suspeitas de contrabando de lixo radioativo europeu para países africanos, em especial a Somália.
Outro mito é de que as usinas podem explodir tal qual as armas nucleares. Isso é impossível, afinal, as bombas têm reação nuclear feitas de modo descontrolado. Já em usinas, a reação é controlada, o que torna impossível que ela exploda igual a, por exemplo, as bombas despejadas pelos Estados Unidos sobre o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Muito se fala sobre a energia nuclear ser mais barata que outras fontes de baixo-carbono, porém, isso também é mito. Segundo Chris Goodall, especialista na questão climática e colunista do jornal britânico The Guardian, o maior problema de projetos de energia nuclear é a imprevisibilidade dos custos. Ele cita como exemplos a usina em uma ilha a oeste da Finlândia e projetos nos EUA que foram recuados devido às polpudas somas necessárias para desenvolvimento.
Uma verdade sobre energia nuclear é que pessoas infectadas por radiação podem contaminar outras. A contaminação pode ocorrer por contato com a pele ou secreção (saliva, suor, fezes e urina) de alguém já infectado. Esse, inclusive, foi um dos grandes problemas enfrentados por sobreviventes de Chernobyl, segundo Pavel Vdovichenko.
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E você, o que pensa sobre energia nuclear? Acredita que há riscos em sua produção? Acredita que ela é uma alternativa melhor do que fontes naturais, como o sol e os ventos, para a produção de eletricidade? Comente e deixe sua opinião.
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