Cantor apresentou em show no Rio de Janeiro canções que marcaram sua carreira |
Gilberto Gil resolveu antecipar a comemoração pelos seus 70 anos. O cantor e ex-ministro da Cultura, que completa sete décadas de vida no próximo dia 26 de junho, subiu ao palco do Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (28) e emocionou o público com sucessos que o consagraram como um dos mais importantes artistas do país ao longo dos últimos 50 anos. O show faz parte do projeto MPB & Jazz, com participação da Orquestra Petrobras Sinfônica, e será lançado em DVD. Gil 70 anos: uma das muitas comemorações Gil não demorou muito para demonstrar sua sensibilidade. Já na segunda música, “Eu vim da Bahia”, ele se emocionou e chegou a ficar com a voz embargada. Em “Domingo no parque”, toda a orquestra o aplaudiu de pé. O cantor também mostrou que é exigente. Na música “Futurível”, não ficou satisfeito com o resultado e fez questão de cantá-la novamente. Em seguida, explicou a importância da canção em sua história: “Quando eu estava preso, na ditadura, um guarda me abordou na cela e perguntou se eu queria um violão. Perguntei: ‘É possível?’ Gravei quatro músicas na ocasião. Umas delas é ‘Futurível’”. Selecionar as músicas que fariam parte do show não foi tarefa fácil, confessou o baiano, que também foi responsável pela direção musical do espetáculo. “Tive vontade de selecionar umas 500 músicas, mas muita coisa ficou de fora. A música ‘Seu olhar’, por exemplo, não entrou”, lamentou Gilberto Gil, que também falou sobre a experiência de cantar ao lado de uma orquestra: “Orquestra tem variedade de cores e sons que remetem à paisagem natural do Brasil”, comparou. Leia também: Gilberto Gil encerra Virada Cultural com enxurrada de hits Gil falou também sobre os sinais da idade, mas garantiu que a satisfação que sente ao cantar para o público só aumenta com o tempo: “Percebo sinais físicos aos 70 anos, mas a vontade de produzir e cantar só aumenta. Sei que o público percebe minha empolgação no palco. Também percebo o entusiasmo da plateia”, contou. Quem observava com atenção cada movimento do cantor era Flora Gil, que revelou ao iG que “Quatro coisas” é a música do casal. Ela falou também sobre o temperamento do amado: “Gil é um canceriano nato. Ele se emociona sempre. Cada um tem uma maneira de comemorar. Ele comemora com lágrimas. Mas são lágrimas felizes”. Caetano Veloso, líder do tropicalismo ao lado de Gilberto Gil, se emocionou ao ouvir “Eu vim da Bahia” na voz do amigo. Disse também que “Não tenho medo da morte” é genial. Fernanda Torres, Patrícia Pillar, Cissa Guimarães, a ministra da Cultura Ana de Holanda, o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, entre outras personalidades, também fizeram questão de prestigiar Gilberto Gil. Confira a ordem das músicas apresentadas: 1. Máquina de ritmo (Gilberto Gil) 2. Eu vim da Bahia (Gilberto Gil) 3. Domingo no parque (Gilberto Gil) 4. Estrela (Gilberto Gil) 5. Quatro coisas (Gilberto Gil) 6. Quanta (Gilberto Gil) 7. Futurível (Gilberto Gil) 8. Eu descobri (Gilberto Gil) 9. Saudade da Bahia (Dorival Caymmi) 10. Outra vez (Tom Jobim) 11. Não tenho medo da morte (Gilberto Gil) 12. Lamento sertanejo (Gilberto Gil e Dominguinhos) 13. Juazeiro ( Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) 14. Up from de skies (Jimi Hendrix) 15. Tres palabras (Javier Solis) 16. La renaissance africaine (Gilberto Gil) 17. Panis et Circensis (Gilberto Gil e Caetano Veloso) 18. Oriente (Gilberto Gil) 19. Expresso 2222 (Gilberto Gil) 20. Andar com fé (Gilberto Gil) |
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