As Experiências Vividas Ficam Registradas Para Todo o Sempre
( Reynollds Augusto)
Eu sou um saudosista de carteirinha, pois as boas lembranças alimentam a alma e vivicam o espírito, que jamais morre. O corpo é um instrumento, que o espírito usa para se aperfeiçoar, aprender, resignificar valores, evoluir para Deus, a causa causal de tudo.
A vida é muito inteligente para que tenha nos condenado à morte, a deixar de existir, quando o corpo se vai. Se assim fosse, seria uma das grandes pegadinhas de Deus e, assim sendo, não tinha sentido viver, sonhar, construir. Se assim fosse, os valores morais se perderiam no intricado mundo egoísta do pobre ser humano orgulhoso e o preceito: “aproveite tudo enquanto há tempo”, estaria em voga. Mas pensar assim é uma grande bobagem.
Gosto dos escritos de Deon e Titico Pedro, pois são duas grandes memórias de nossa querida Itaporanga, cada um em seu tempo. Se nós não explorarmos os acontecimentos, experiências vividas de cada qual, elas morrem com a personalidade. É claro que a individualidade, o espírito, deixa tais experiências registradas para todo o sempre, mas quando na condição de “ESPIRITO” fica mais difícil realizar tais registros. Então o momento é agora, enquanto estamos a caminho.
Esses comentários em torno de dona MAROQUINHA resgataram as minhas raízes e me fizeram locupletar de belas sensações. Foi por isso que propus ao ARIOSVALDO para construir um espaço chamado “MISERICÓRDIA DE ONTEM, ITAPORANGA DE HOJE” (http://ontemehoje.itaporanga.net/), termo usado por Deon, em um de seus belos textos.
Há muita memória e história a resgatar. Falei com meu irmão NILTON MENDES e esse tem ricas memórias sobre Itaporanga, que não podem ficar guardadas nos porões da mente; disse que iria me ajudar a resgatar tais estórias e histórias.
Nos arquivos jornalísticos do meu saudoso pai Ademar Augusto existia muitas fotos da vida política de Itaporanga de ontem, mas um súbito lhe acometeu e ele empreendeu um “crime” histórico, rasgando todas as belas fotos. Eu, garoto, inocente, apenas observava. Que Pena! Madruga, Adailton Teódulo, João Franco, Marleno... comícios, passeatas e tudo mais, belas fotos de um tempo que não volta mais, nessa imortalidade que não cessa.
Maroquinha, mãe de Marisa, tinha uma loja em frente à casa de minha saudosa avó, DONÁRIA CABRAL, na Avenida Getúlio Vargas. Minha linda avó morava com Tia Zélia e Tio Vando, duas grandes almas. Lembro-me que, quando pequeno, me dirigia ao comércio dela para ver as novidades que surgiam dos grandes centros: brinquedos eletrônicos, belos enfeites, em uma loja que atraia os olhares pelo brilho. Naquela época, era uma das melhores lojas de Itaporanga e eu, menino “buchudo”, ficava encantado com as novidades.
Lembro-me que, na época, surgiu um brinquedinho de memória chamado “Gênius” e você tinha que acompanhar os sons e luzes intermitente do brinquedo, que aumentava a velocidade e o grau de dificuldade a cada etapa alcançada. Era um negócio danado e poucos conseguiam chegar à última fase, ou melhor, nunca vi alguém chegar. Era uma espécie de computador da época. Um exercício da memória.
A Maroquinha torço para que ela tenha tido um bom despertar no mundo dos espíritos, nossa verdadeira casa, sem as ilusões da dimensão material. Aos parentes, filhos, amigos, a certeza do reencontro, que chega logo, logo, pois o tempo é uma ilusão, segundo o grande Einstein.
“Não há morte em lugar nenhum da vida”
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO.
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