No Portal do Tempo
(Reynollds Augusto)
Eu tenho o hábito de aceitar solicitações de amizades no Face Book, aliás, o face é o espaço dos amigos do passado e do presente. É uma rede social que veio para unir as pessoas, discutir ideias, reviver momentos. Nele resgatei amigos da minha infância que sequer sabia que ainda estavam encarnados. Amigos do Brasil e outros que estão morando em outras plagas. Plaga internacional, como Monaísa, irmã do meu colega Oficial de Justiça, Etevaldo, que é espírita bacharel em Direito, como eu, morando atualmente em Portugal; Everaldo, filho de Alacoque, amigo de infância, e que hoje reside na Alemanha; a minha cunhada Welleene que está morando atualmente na Espanha; minha grande amiga e irmã do coração LUCINHA, que atualmente reside na Itália e que sempre reforçou a minha vida com a sua energia pessoal. Deixou um rastro de luz na minha história, pela pessoa que sempre foi.
Todos são como cometas que passam, mas deixam a sua luminosidade pelo caminho. A internet tornou o mundo em uma aldeia global, isso já é uma amostra do mundo de regeneração que está por vir. Os amigos estão distantes, alguns do noutro lado do Atlântico, mas pertos, dentro de nossas casas.
Há alguns dias atrás uma senhora simpática me pediu para aceita-la como amiga. Como sempre, acetei. Chama-se ANA MARIA, e o nome, de imediato, não me associou a nada. Seria mais uma amiga virtual, que é mais real que qualquer outra pessoa, a querer trocar ideias e participar a sua vida, com a nossa vida. Aceitei. Qual não foi a minha surpresa quando, no bate papo interno, descobri ser ela uma das personagens do meu passado, nesse livro da vida, cujas linhas estão sempre preenchidas com as letras da emoção.
- Reynollds, eu fiz parte do seu passado, em Itaporanga. Na rua treze de Maio.
-?
- Minha amiga, me perdoe, mas o tempo aplaca as lembranças, que estão armazenadas do profundo do ser. Não consigo me lembrar de você. Ajuda-me a tirar essa “poeira”, para que a memória passada seja resgatada.
- Sou de Piancó, hoje resido aqui em J Pessoa, em Manaíra. E quando criança visitava sempre meus parentes que moravam na rua treze de maio, em Itaporanga e guardei você na lembrança. Você sempre visitava seus avós e sempre te admirei.
(...)
Que bom que os registros da vida ficam embaçados, mas jamais se apagam. É por isso que o Espírito imortal , quando reencarna, volvendo ao campo na matéria, para vivenciar experiências de aprendizado, renasce com a benção do esquecimento, para que recomece a sua estrada, sem mácula, rumo à plenitude. Todos nós, um dia, com diz a música do Grande Grupo Acorde, “seremos anjos”.
A memória espiritual está marcada no PERISPÍRITO, o corpo do espírito, e jamais se perde. É um esquecer temporário, para que possamos recomeçar. Quando “morremos”, geralmente nos lembramos de nós mesmos e resgatamos a nossa individualidade, bem maior do que essa personalidade, com esse CPF, com esse RG, com essas ilusões.
Lembrei-me de ANA. Alta, magra, com os olhos lindos, amiga de Leila, Geiza. Dei aquela viajada no tempo e me vi “menino buchudo”, nas ruas da nossa treze de Maio. Lembrei-me de Aldo, Alípio filhos do inesquecível MERY. Da minha inesquecível avó, MARIA PERPÉTUA, meu velho avô ANTONIO AUGUSTO. Lembrei-me de Geiza, de Leila, De Maria Inis... do passado, que reforça o presente, a joia da existência, que nos ensina a viver a felicidade, quando queremos.
Nada de chorar o passado, são experiências adquiridas; nada de antecipar o futuro, ele pode “guardar” experiências dolorosas. Viver o presente. Conversar com os amigos. Sentir a vida. Sorrir, chorar, se lembrar, viver o presente, objetivo, real, fragmento de nossa história.
SER FELIZ!
Ana, que bom te reencontrar. Vamos continuar a nossa história de amizade.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA.
www.reynollds.blogspot.com
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