A promotora da 63ª Zona Eleitoral de Teresina, Clotildes Carvalho, determinou que a Polícia Federal (PF) investigue denúncia de que está sendo trocado pedras de crack por votos no Parque Brasil, bairro da periferia da capital piauiense com alto consumo da droga.
Ela afirmou que a ação foi motivada por uma representação do presidente da Comissão de Direitos Humanos da da seccional piauiense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Lúcio Tadeu Ribeiro dos Santos, pedindo a apuração de informações de entrevista do senador Wellington Dias, candidato do PT à Prefeitura de Teresina, ao jornal “Meio Norte”, da capital piauiense.
Na entrevista, Wellington Dias informou que durante um ato de campanha eleitoral no Parque Brasil foi informado de que dependentes químicos estavam recebendo gratuitamente pedras de crack de bocas de fumo locais para votar no candidato a vereador defendido pelos traficantes, ameaçar os eleitores dos outros candidatos à Câmara dos Vereadores e arrancar das paredes das residências do bairro propaganda dos candidatos adversários.
O procurador regional eleitoral do Piauí, Alexandre Assunção e Silva, pediu investigação sobre a compras de votos trocados por pedras de crack, denunciado pelo candidato Wellington Dias, também baseado na representação de Lúcio Tadeu e na denúncia de Wellington Dias.
A promotora Clotildes Carvalho diz considerar a denúncia grave e afirma que configura dois crimes: captação ilegal de sufrágio e tráfico de entorpecentes.
— A denúncia é muito grave, apesar de não termos recebidos dados concretos, mas com sua experiência, a Polícia Federal poderá investigar e chegar a uma conclusão de como funciona o crime eleitoral. Apesar da falta de provas, a denúncia foi feita por um senador e precisa ser investigada — diz a promotora da 63ª Zona Eleitoral.
O presidente da Comissão de Direitos HUmanos da OAB-PI fez a representação à Procuradoria Regional Eleitoral Geral como notícia-crime com pedido de investigação criminal.
— No Parque Brasil, os candidatos a cargos eletivos estão fazendo esquema com proprietários de bocas de fumo. Os dependentes químicos são chamados para a campanha de determinados candidatos em troca de pedras de crack — afirma Lúcio Ribeiro no documento, que tem base em declarações do senador Wellington Dias.
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