A ideia foi realmente boa. O tatu-bola é um animal genuinamente brasileiro, tem todo o contexto de virar uma bola e está em risco de extinção. Ponto para a Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa ao escolherem o tatu para ser o mascote oficial do evento. Tudo bem que o desenho do bicho, estilizado, tornou-o tão “diferente” quanto o Zakumi, o símbolo do Mundial sul-africano. Mas dá para entender que os traços são para conquistar os jovens muito mais do que aqueles das gerações formadas por Gauchitos, Naranjitos e afins.
Marqueteiramente a ideia foi bem aplicada. Usa-se o poder de propagação da Copa do Mundo para fazer com que as pessoas tomem consciência do risco de extinção do tatu-bola. Bem ou mal, o mesmo conceito foi usado na famigerada campanha pelo Twitter denominada “Cala a boca, Galvão” e feita durante o Mundial de 2010. Naquela ocasião, a mensagem era para salvar uma espécie de pássaro que supostamente estava ameaçada de extinção.
Só que tudo ia muito bem para ser verdade. Até vierem as opções para a escolha do nome do tatu-bola. Realmente, muito tatu provavelmente prefere a extinção a ser nomeado Amijubi, Fuleco ou Zuzeco! Ok, quem já teve de dar nome a um filho sabe o quanto a escolha é difícil, como tem muita gente que dá pitaco, como é preciso conciliar diferentes gostos e pré-conceitos.
Mas, seguindo o raciocínio do ponto de vista do marketing, até mesmo se a ideia era fazer com que o mascote tivesse um nome de apelo ao menos nacional, as opções foram barcas mais do que furadas. Outra possibilidade, que seria o alcance mundial do nome, então, é mais complicado. Imagine um inglês tentando pronunciar Amijubi. Ou um japonês para falar Zuzeco.
No final das contas, talvez a votação deixe a Fifa ainda mais desesperada em fazer o Mundial “pegar” no Brasil. Um bom primeiro passo para isso seria salvar o tatu-bola e incluir alguma quarta opção mais “normal” para as votações…
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