Por Jesus Soares da Fonseca
Sinval Pinto Brandão achou de nascer num dia em que se comemoram os Reis Magos, 06 de janeiro. Quando eu trabalhava em Itaporanga e o casal Sinval-Quesa ainda residia por lá, aquela data era comemorada com festejos em sua residência a qual comparecia quase toda Itaporanga conhecida dele. Lembro-me certa vez, lá pelos idos de 1973, num dia de reis, um sábado, se a memória não me trai, mais ou menos por volta das duas ou três da tarde, meu primo Chico Augusto me falou: Jota vamos à casa de Sinval! Eu inquiri: A esta hora? A festa não é à noite? Respondeu-me Chico que Sinval havia solicitado nossa presença lá em sua residência. E lá fomos nós, amigos que éramos do Magro. Chegando lá, ele se desculpou por achar que estivesse nos incomodando. Na verdade, ele queria, antes que o alvoroço da noite começasse, comemorar com mais tranquilidade o seu dia, tanto que, naquele enorme terraço de sua residência à rua Osvaldo Cruz, já estava nos esperando um violão, acepipes, além de cervejas geladinhas. Brincamos a tarde toda, eu dedilhando o violão acompanhando Chico Augusto que não só cantava muito bem, como era um excelente ritmista. Ele ouvia, saboreando aqueles momentos de felicidade, mas vez por outra, também cantava músicas do repertório de 1940 para trás, entre elas, sua favorita – NADA ALÉM, gravada por Orlando Silva, o cantor das multidões. Tenho, ainda aqui em casa, uma foto daquele dia – Eu, Chico Augusto, de saudosa memória, Sinval juntamente com seu filho Samuel, ainda menino,
Éramos amigo, tanto que no começo da década de 70, ele me convidou para fazer parte do Lyons Clube de Itaporanga, embora eu fosse solteiro ainda, era noivo de Graça Barreiros. Fiz-lhe ver este impasse, Ele riu e respondeu: agente arranja um jeito. Sei bem que me tornei Leão e Graça Domadora, talvez o único caso no Lyons, não sei, são conjecturas minhas. Foi nesta ocasião que Ele e Quesa nos incentivaram a mim, a Vanilton de Sousa e Fernão Dias de Sá, fazermos a apresentação do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Topamos o desafio e em cinco meses de ensaio fizemos a estreia da peça sob a Direção de Vanilton, que meses antes fizera a escolha de grande elenco, entre os quais, Fernão, Ivan Rodrigues, Antônio Pereira, Wilton de Sousa, Anilda Nitão, nossa saudosa Maria Alves, Agnaldo Mendonça, funcionário do BNB, Leônidas Barreiros. A mim foi dada a missão de desempenhar o papel de João Grilo, razão pela qual, daquela data em diante ele viesse a me chamar de João Grilo.
Li a matéria de João Dehon e gostei muito, apenas quero fazer uma ressalva. O Bloco carnavalesco, Os Dez Florados era composto por Zé Rodrigues, Chico Augusto, ambos já na morada de Deus, Ivomar Vieira, Wells Rodrigues, Eu, Edmilson Fonseca, Cesar Nitão, Sinval Pinto, Ivan Rodrigues e José Will. O Jipe que nos carregava era de Antonio Ananias, “cumpadre Tõin”, um veículo de quatro portas que para os festejos de carnaval era tirada a lona, ficando só com o “santo Antônio”, aquele varão central. Ainda como convidado especial, em determinadas horas do dia, havia Tio Zú, Zú Silvino da Fonseca.
Certo dia, no começo de sua campanha a prefeito, ele adentrou na agência do Banco do Nordeste, vinha acompanhado de Pedro “Mouco”. Então eu falei: como é, este Pinto é dos que pia ou cisca? Pedro “mouco” deu uma risadinha e dois dias depois uma música estava nas ruas com o refrão, “O PINTO PIOU?”, que serviu de “slogan” durante toda a campanha, da qual ele fora vitorioso. Involuntariamente, eu criara um refrão graças à argúcia do nosso grande “Pedro Mouco”.
No começo de 2011 recebi um telefonema de João Pessoa: “Jesus, sabe quem está falando? Eu sei que você sabe, João Grilo! Claro que identifiquei logo quem era. Conversamos por mais de 20 minutos, ocasião em que ele me cobrava uma visita quando eu fosse a João Pessoa. Posteriormente, em 06 ou 07 de janeiro deste ano telefonei para ele dando-lhe meus parabéns.
Assim era Sinval, bonachão, amigo de todos, bom Esposo, bom Pai de família, respeitador, alegre, brincalhão. Poderia passar bom tempo aqui dedilhando um sem número de adjetivos, mas João Dehon já contribuiu com sua escrita da qual eu faço minhas as suas palavras.
Segundo nossos escribas espiritualistas, seu espírito já se encontra em outro plano superior, eu costumo dizer, em uma Seara Divina usufruindo da presença do maior Construtor do Universo.
Resta-me, pois prestar minhas condolências aos seus entes queridos, os irmão José Pinto Brandão, Antônio Pinto, Zieta, aos filhos Sinval, Saulo, Samuel, Sávio e Sara.
Éramos amigo, tanto que no começo da década de 70, ele me convidou para fazer parte do Lyons Clube de Itaporanga, embora eu fosse solteiro ainda, era noivo de Graça Barreiros. Fiz-lhe ver este impasse, Ele riu e respondeu: agente arranja um jeito. Sei bem que me tornei Leão e Graça Domadora, talvez o único caso no Lyons, não sei, são conjecturas minhas. Foi nesta ocasião que Ele e Quesa nos incentivaram a mim, a Vanilton de Sousa e Fernão Dias de Sá, fazermos a apresentação do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Topamos o desafio e em cinco meses de ensaio fizemos a estreia da peça sob a Direção de Vanilton, que meses antes fizera a escolha de grande elenco, entre os quais, Fernão, Ivan Rodrigues, Antônio Pereira, Wilton de Sousa, Anilda Nitão, nossa saudosa Maria Alves, Agnaldo Mendonça, funcionário do BNB, Leônidas Barreiros. A mim foi dada a missão de desempenhar o papel de João Grilo, razão pela qual, daquela data em diante ele viesse a me chamar de João Grilo.
Li a matéria de João Dehon e gostei muito, apenas quero fazer uma ressalva. O Bloco carnavalesco, Os Dez Florados era composto por Zé Rodrigues, Chico Augusto, ambos já na morada de Deus, Ivomar Vieira, Wells Rodrigues, Eu, Edmilson Fonseca, Cesar Nitão, Sinval Pinto, Ivan Rodrigues e José Will. O Jipe que nos carregava era de Antonio Ananias, “cumpadre Tõin”, um veículo de quatro portas que para os festejos de carnaval era tirada a lona, ficando só com o “santo Antônio”, aquele varão central. Ainda como convidado especial, em determinadas horas do dia, havia Tio Zú, Zú Silvino da Fonseca.
Certo dia, no começo de sua campanha a prefeito, ele adentrou na agência do Banco do Nordeste, vinha acompanhado de Pedro “Mouco”. Então eu falei: como é, este Pinto é dos que pia ou cisca? Pedro “mouco” deu uma risadinha e dois dias depois uma música estava nas ruas com o refrão, “O PINTO PIOU?”, que serviu de “slogan” durante toda a campanha, da qual ele fora vitorioso. Involuntariamente, eu criara um refrão graças à argúcia do nosso grande “Pedro Mouco”.
No começo de 2011 recebi um telefonema de João Pessoa: “Jesus, sabe quem está falando? Eu sei que você sabe, João Grilo! Claro que identifiquei logo quem era. Conversamos por mais de 20 minutos, ocasião em que ele me cobrava uma visita quando eu fosse a João Pessoa. Posteriormente, em 06 ou 07 de janeiro deste ano telefonei para ele dando-lhe meus parabéns.
Assim era Sinval, bonachão, amigo de todos, bom Esposo, bom Pai de família, respeitador, alegre, brincalhão. Poderia passar bom tempo aqui dedilhando um sem número de adjetivos, mas João Dehon já contribuiu com sua escrita da qual eu faço minhas as suas palavras.
Segundo nossos escribas espiritualistas, seu espírito já se encontra em outro plano superior, eu costumo dizer, em uma Seara Divina usufruindo da presença do maior Construtor do Universo.
Resta-me, pois prestar minhas condolências aos seus entes queridos, os irmão José Pinto Brandão, Antônio Pinto, Zieta, aos filhos Sinval, Saulo, Samuel, Sávio e Sara.
Abaixo, minha última homenagem, a música que ele tanto gostava:
Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
Que é demais para o meu coração
Acreditando
Em tudo que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz
Se o amor só nos causa sofrimento e dor
E melhor bem melhor a ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão