A partir do próximo ano, as autoescolas serão obrigadas a dar aulas também em simuladores de direção. A medida será regulamentada em reunião do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), marcada para o dia 31.
A ideia é utilizar a tecnologia de realidade virtual para aprimorar o processo de formação de motoristas.
O equipamento foi apresentado ontem pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e pelo ex-piloto Emerson Fittipaldi, no Salão do Automóvel de São Paulo.
"Para tirar a carteira de habilitação, o aluno, antes de enfrentar 20 horas mínimas de aulas práticas, precisará passar por dez aulas de 30 minutos no simulador", explica Maria Cristina Hoffman, coordenadora de educação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
A reportagem testou o protótipo, que traz os principais comandos do painel do veículo, entre eles pedais, alavancas de câmbio e de freio de mão.
Apesar de ser inferior aos simuladores de corrida encontrados em lojas de acessórios para videogame, a ferramenta do Contran é educativa e alerta quando uma manobra ilegal é feita (como velocidade excedida).
REGRA
Nas autoescolas, o equipamento -que custa R$ 25 mil- deverá ser instalado em sala exclusiva com área mínima de 15 m² e equipada com meios de apoio ao instrutor, como assentos, mesa e monitor para a supervisão.
Após cada aula, um relatório é emitido, apontando as principais falhas.
Segundo o Ministério das Cidades, estudos feitos pelo governo norte-americano comprovaram que o uso do equipamento pode reduzir pela metade o número de acidentes nos 24 primeiros meses após a retirada da carteira.
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