O Ministério Público Federal (MPF) está investigando as denúncias feitas pelo deputado estadual Frei Anastácio (PT) de que a empresa Santana, que explora uma área nas várzeas de Sousa, está contaminando os rios Piranhas, do Peixe e o Piancó, além de um assentamento da reforma agrária com agrotóxico aplicado de forma indiscriminada em uma plantação de algodão.
"O Ministério Público me comunicou, através de ofício, que está tomando as providências cabíveis e já encontrou irregularidades na área denunciada", disse o deputado.
O parlamentar informou que uma das irregularidades, já constadas pelo Ministério Público, foi a ausência de Receitas Agronômicas, na empresa, que é um documento obrigatório para a aplicação de produtos dessa natureza. "Além disso, o Ministério Público já fez várias solicitações á empresa Santana, para aprofundar as investigações. Eu quero parabenizar essa ação do MPF e espero que haja punição para as irregularidades encontradas", disse.
Segundo Frei Anastácio, a contaminação dos rios estaria ocorre quando chove. A água leva o veneno para o rio Piranhas que deságua no Piancó e rio do Peixe. No caso do assentamento, a contaminação é constante. As máquinas aplicam veneno na plantação durante a noite e madrugada. "É preciso investigar se a população das cidades por onde os rios passam está apresentando algum sintoma de intoxicação", alerta Frei Anastácio.
"O veneno jogado na plantação está atingindo as 141 famílias do assentamento Nova Vida e os animais, sem falar nos três rios. Várias pessoas já tiveram que ser atendidas pelo Samu, entre elas muitas crianças, com tonturas e vômitos. As famílias estão desesperadas. Como sabemos, o veneno causa vários tipos de doenças e câncer", disse o deputado.
Frei Anastácio fez a denúncia ao Ministério Público, depois de realizar uma visita ao local. O deputado relata que, ao mesmo tempo em que as famílias sofrem com o veneno da empresa Santana, dão um exemplo trabalham com biofertilizantes na plantação de algodão e estão obtendo bons resultados. Dois agricultores colheram quase dez toneladas de algodão, sem usar nenhum tipo de agrotóxicos.
Assessoria
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