Quando completou 17 anos, meio século atrás, Maria Correia Filha (foto) já comandava uma escola na propriedade da família no sítio Barrocão. Como morava na cidade, precisava vencer a pé, todos os dias, mais de 20 quilômetros, de ida e volta, para cumprir sua missão educacional.
Começou a lecionar imediatamente após concluir o curso Normal na escola Padre Diniz. Dos primeiros passos até hoje foram inúmeras as contribuições da professora e psicóloga Maria Correia para a educação e a saúde mental: são 22 anos dedicados ao ensino e mais de duas décadas atuando na assistência psicológica. Como escritora, tem um livro publicado e vários trabalhos escritos, além de uma coluna de orientação e aconselhamento neste jornal.
Sua primeira prestação de serviço ao poder público foi no grupo escolar do Barrocão, sítio onde nasceu. Lá também conheceu as primeiras letras: foi alfabetizada na escolinha do próprio tio, Antônio Correia, de onde saiu para o Padre Diniz. “Minha mãe (Maria) e meu pai (Zé Correia) me incentivaram muito a continuar os estudos, e recebi muito incentivo também da minha professora de português, Francinete Soares”, comenta Maria Correia.
Depois de seis anos ensinando no Barrocão, ela voltou ao Padre Diniz, desta vez como professora. Lecionou OSPB (Organização Social e Política Brasileira), matéria na qual se especializou em João Pessoa por exigência do governo militar, e ensinou também sociologia e português. Foram dez anos no Padre Diniz e, nesse período, também prestou serviços educacionais ao Colégio Diocesano Dom João da Mata, mas em 1978 passou a residir em João Pessoa, onde graduou-se em psicologia. “É uma área que eu sempre gostei e terminei o curso com especialização clínica em jovens e adultos”, enfatiza ela, que trocou o curso de Direito para fazer o que gostava.
Na capital do estado, Maria Correia trabalhou na Casa da Menina, um centro de recuperação de adolescentes em risco social; no Lar da Criança Jesus de Nazareth; e no centro pré escolar Paula Francinete. Foi uma das diretoras da escola José Lins do Rego e atuou no colégio Lilioza de Paiva Leite como orientadora e professora. Atuando no setor de projetos da Fundac, ganhou destaque ao apresentar o trabalho O Menor e a Realidade Brasileira em um congresso de psicologia. Em 2002, a professora e psicóloga Maria Correia retornou a Itaporanga e, a convite do monsenhor Sinfrônio, tornou-se orientadora vocacional do Colégio Diocesano. Contratada para o PSF (Programa Saúde da Família) em 2005 e depois para a Casa da Família e Caps (Centro de Assistência Psicossocial) pelo então prefeito Antônio Porcino, prestou importante serviço na assistência a pessoas (jovens e adultos) necessitadas de atendimento psicológico.
Difícil travessia
O começo da vida de Maria Correia em João Pessoa foi marcado por um fato dramático, mas contra o qual ela lutou determinada a vencer: a descoberta de um câncer de mama mudou, inicialmente, sua rotina, mas não diminuiu seu amor à vida; sua vontade de viver, a fé e o afeto familiar foram fundamentais para o tratamento e, mesmo no período que estava doente, permaneceu ativa.
“Quando eu tinha uma melhora, voltava ao trabalho: nunca perdi a esperança, apesar de todas as dificuldades”, diz Maria. Toda a experiência de Maria Correia na luta contra o câncer resultou no livro A Difícil Travessia (Câncer de Mama: Patologia e Cura na Percepção de uma Cliente), lançado em abril de 2003 em Itaporanga e, depois, em João Pessoa. A obra tornou-se uma referência na psicoterapia: no livro, a autora aborda o pensamento positivo, a oração e a fé como importantes ferramentas mentais e espirituais no processo de cura. “Resolvi escrever quando senti a mensagem que, por escolha, transmito aos que crêem e aos céticos, aos agnósticos, aos que teimam em crer que um Poder Maior rege e governa a todos e a todas as coisas”, escreveu ela no prefácio da obra.
Busca por um mundo melhor
A busca por um mundo melhor para todos a partir da transformação do indivíduo: indiscutivelmente, a contribuição de Maria Correia nesses últimos cinquenta anos foi essencial na vida de muita gente.
Em sala de aula, ministrando as boas lições que a existência necessita, ou em um abrigo de menores em risco social, aplicandolhes remédios mentais necessários para um comportamento saudável, Maria projetou muitos para o caminho do bem e da felicidade. Seguiu os passos gloriosos do próprio irmão, o seminarista e sociólogo Paulo Correia, morto prematuramente em um acidente de carro. Um homem obstinado a fazer o bem; um homem determinado a lutar até suas últimas forças para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Começou a lecionar imediatamente após concluir o curso Normal na escola Padre Diniz. Dos primeiros passos até hoje foram inúmeras as contribuições da professora e psicóloga Maria Correia para a educação e a saúde mental: são 22 anos dedicados ao ensino e mais de duas décadas atuando na assistência psicológica. Como escritora, tem um livro publicado e vários trabalhos escritos, além de uma coluna de orientação e aconselhamento neste jornal.
Sua primeira prestação de serviço ao poder público foi no grupo escolar do Barrocão, sítio onde nasceu. Lá também conheceu as primeiras letras: foi alfabetizada na escolinha do próprio tio, Antônio Correia, de onde saiu para o Padre Diniz. “Minha mãe (Maria) e meu pai (Zé Correia) me incentivaram muito a continuar os estudos, e recebi muito incentivo também da minha professora de português, Francinete Soares”, comenta Maria Correia.
Depois de seis anos ensinando no Barrocão, ela voltou ao Padre Diniz, desta vez como professora. Lecionou OSPB (Organização Social e Política Brasileira), matéria na qual se especializou em João Pessoa por exigência do governo militar, e ensinou também sociologia e português. Foram dez anos no Padre Diniz e, nesse período, também prestou serviços educacionais ao Colégio Diocesano Dom João da Mata, mas em 1978 passou a residir em João Pessoa, onde graduou-se em psicologia. “É uma área que eu sempre gostei e terminei o curso com especialização clínica em jovens e adultos”, enfatiza ela, que trocou o curso de Direito para fazer o que gostava.
Na capital do estado, Maria Correia trabalhou na Casa da Menina, um centro de recuperação de adolescentes em risco social; no Lar da Criança Jesus de Nazareth; e no centro pré escolar Paula Francinete. Foi uma das diretoras da escola José Lins do Rego e atuou no colégio Lilioza de Paiva Leite como orientadora e professora. Atuando no setor de projetos da Fundac, ganhou destaque ao apresentar o trabalho O Menor e a Realidade Brasileira em um congresso de psicologia. Em 2002, a professora e psicóloga Maria Correia retornou a Itaporanga e, a convite do monsenhor Sinfrônio, tornou-se orientadora vocacional do Colégio Diocesano. Contratada para o PSF (Programa Saúde da Família) em 2005 e depois para a Casa da Família e Caps (Centro de Assistência Psicossocial) pelo então prefeito Antônio Porcino, prestou importante serviço na assistência a pessoas (jovens e adultos) necessitadas de atendimento psicológico.
Difícil travessia
O começo da vida de Maria Correia em João Pessoa foi marcado por um fato dramático, mas contra o qual ela lutou determinada a vencer: a descoberta de um câncer de mama mudou, inicialmente, sua rotina, mas não diminuiu seu amor à vida; sua vontade de viver, a fé e o afeto familiar foram fundamentais para o tratamento e, mesmo no período que estava doente, permaneceu ativa.
“Quando eu tinha uma melhora, voltava ao trabalho: nunca perdi a esperança, apesar de todas as dificuldades”, diz Maria. Toda a experiência de Maria Correia na luta contra o câncer resultou no livro A Difícil Travessia (Câncer de Mama: Patologia e Cura na Percepção de uma Cliente), lançado em abril de 2003 em Itaporanga e, depois, em João Pessoa. A obra tornou-se uma referência na psicoterapia: no livro, a autora aborda o pensamento positivo, a oração e a fé como importantes ferramentas mentais e espirituais no processo de cura. “Resolvi escrever quando senti a mensagem que, por escolha, transmito aos que crêem e aos céticos, aos agnósticos, aos que teimam em crer que um Poder Maior rege e governa a todos e a todas as coisas”, escreveu ela no prefácio da obra.
Busca por um mundo melhor
A busca por um mundo melhor para todos a partir da transformação do indivíduo: indiscutivelmente, a contribuição de Maria Correia nesses últimos cinquenta anos foi essencial na vida de muita gente.
Em sala de aula, ministrando as boas lições que a existência necessita, ou em um abrigo de menores em risco social, aplicandolhes remédios mentais necessários para um comportamento saudável, Maria projetou muitos para o caminho do bem e da felicidade. Seguiu os passos gloriosos do próprio irmão, o seminarista e sociólogo Paulo Correia, morto prematuramente em um acidente de carro. Um homem obstinado a fazer o bem; um homem determinado a lutar até suas últimas forças para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Folha do Vale
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