quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Padre Djacy escreve à presidenta Dilma e ameaça greve de fome pela retomada de obras

Protesto será feito em Brasília se obras da transposição do rio São Francisco não forem reiniciadas

Por Isaías Teixeira/Folha do Vale

Em carta enviada nessa segunda-feira, 9, à presidenta Dilma Rousseff, o padre Djacy Brasileiro, de Pedra Branca, ameaça fazer greve de fome em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, se o Governo Federal não retomar as obras de transposição de águas do rio São Francisco, que se encontram paralisadas em trecho do sertão paraibano.

A paralisação das obras foi comprovada pelo próprio religioso, em visita que fez ao local no ano passado. Revoltado com a situação, surgiu a ideia de fazer mais um protesto na Capital Federal, desta vez com greve de fome, e agora não mais pelo início das obras, mas pela retomada delas.

Na carta, padre Djacy diz que poderá ir a Brasília e “fincar uma cruz de latas bem em frente ao Palácio do Planalto e privar-me de alimentação, visando chamar-lhe sua atenção para a nossa real necessidade: ter o direito de usufruir das águas do rio São Francisco”.

O religioso faz um apelo à presidenta pela retomada das obras. “Pelo o amor de Deus, que seu governo retome as obras da transposição o quanto antes. Isso é questão de vida ou morte”.

Djacy, que já havia liderado uma mobilização popular às margens do rio Piancó em Boa Ventura no mês passado, sugeriu ao povo do Nordeste a escolha de um dia de mobilização pela transposição. “Sugiro ao povo nordestino um dia dedicado à transposição. Que nesse dia especial, aconteçam mobilizações, discussões em torno desse projeto tão salutar para nossa região sofrida, esmagada, esquecida”.

No ano de 2007, no governo de Lula da Silva, padre Djacy ergueu uma cruz de latas vazias em frente ao Palácio do Planalto, na época manifestando em favor do início das obras da transposição das águas do Velho Chico, que começou meses depois.  

Foto: padre Djacy em visita ao canteiro de obra da transposição: serviços estão paralisados no trecho do Sertão paraibano.

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