quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Apenas três Estados perderiam receita com reforma do ICMS


Estimativa do economista Bernard Appy, sócio da LCA Consultores, indica que apenas três Estados teriam perdas de arrecadação com a unificação do ICMS.
A reforma do imposto estadual, em estudo pelo Ministério da Fazenda, prevê a redução da alíquota cobrada no Estado de origem (onde o produto é fabricado ou importado) de 12% e 7% para 4%. A alteração inviabilizaria a guerra fiscal dos Estados e aumentaria a arrecadação onde os produtos são consumidos.
Na previsão que baliza a atual negociação com governadores, do economista Amir Khair, sete Estados perderiam receita com a mudança: BA, SC, AM, MT, MS, GO e ES.
Mas no estudo de Appy, feito sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria), muitos Estados já abrem mão de receita para atrair empresas e perderiam pouco com a mudança.
Na sua estimativa, os que perderiam receita são GO, MS e ES. São Paulo poderia ganhar até R$ 6,3 bilhões por ano com a nova alíquota e seria o maior beneficiário. Rio ganharia R$ 5,8 bi por ano e seria o segundo maior.
No conjunto, os Estados poderiam aumentar sua receita em R$ 30 bilhões.
Outra proposta da reforma tributária em estudo, o fim da cumulatividade do PIS/Cofins (o que eliminaria a cobrança em cadeia), deve ser apresentada pelo Ministério da Fazenda até o fim do ano, disse o secretário-executivo adjunto da Fazenda, Dyogo Henrique. Mas, diz, não deve entrar em vigor em 2013 porque a receita está comprometida com as desonerações da energia elétrica e da folha de pagamentos das empresas.
A previsão é para 2014.
"O ICMS era o campeão de queixas dos empresários, mas a insatisfação com o PIS/Cofins é crescente", diz Flávio Castelo Branco, gerente de política econômica da CNI.

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