Um Capítulo da Vida
(Reynollds Augusto)
Nossa história é longa, pois somos viajantes do tempo rumo à plenitude, às experimentações, ao aperfeiçoamento, desenvolvendo as duas asas que nos faz chegar a Deus que são o sentimento e a razão. Os religiosos chamam isso de salvação, nós, os espíritas apelidamos, mais judiciosamente, de EVOLUÇÃO.
Nesse caminhar infinito vamos conhecendo pessoas, desenvolvendo sentimentos, aprimorando o interior, se relacionando, sentindo e vivendo, movimentando o amor. São espíritos se conhecendo, construindo essa energia de vida, móvel da verdadeira felicidade.
Isso me fez lembrar as palavras do apóstolo:
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”.
É sempre por intermédio do amor que a vida aproxima as pessoas. Muitas vezes esse amor adoece, precisando do remédio da consciência, que aniquila egoísmo e o orgulho, as duas grande chagas da humanidade, segundo os imortais e que estão latentes , lá do fundo, escondidos. Mas o sentimento do amor precisa sempre ser regado, como a flor precisa de água para produzir perfume e beleza. Se nós não o regamos, o vírus do egoísmo e do orgulho pode feri-lo.
O amor é um gênero e ele comporta várias espécies. Amor de Pai e de Mãe, amor de amantes, amor de amigos, amor filial, amor ao estudo, à religião, à vida...
O de Mãe só Deus explica, ninguém pode fazê-lo. É um amor diferente e só quem é mãe sabe do que estou “falando”. Não se explica, só se sente. É um sentimento estranho, desmedido e talvez seja o sentimento que mais se aproxima daquele amor ensinado por Jesus.
Há também o amor de amigos. Esse é forte, também. Traz felicidade, motiva as relações, facilita os caminhos. Alguém pode sentir os dois. Se isso acontecer, o sentimento fica potencializado. Também é uma emoção nobre, quando se apresenta sem interesses. O amor de amigos é o sentimento que sempre nutrimos por UIARA ARAÚJO e a grande VERA, sua mãe guerreira, que dispensou tudo e seguiu a filha rumo aos seus sonhos.
Depois de longos anos sem ver as minhas garotas, agora com 15 anos, UIARA chorou. Creio que de súbito ela deu aquela regredida no tempo e se viu aqui em casa, pequena, brincando, sempre ao lado de Wilianna. Acompanhou o nascimento das meninas, tornou-se nossa filha espiritual, com a permissão de Vera. Brincamos juntos, sorrimos juntos e choramos juntos. Eu também chorei, pois “a nossa menina” estava para entrar no mundo da responsabilidade e da magia, que é SER FAMÍLIA.
E sou solidário. Se alguém chorar perto de mim, vai ter um companheiro. Mas foi um choro bom, de felicidade. O brilho encantado nos seus olhos mostrava isso. Chorei, também quando falei no fim da cerimônia para abençoar os noivos, naquela consagração ecumênica, na praia, com amigos e familiares reunidos. Não deu para aguentar, regredi também, mas estava feliz. Sustentei a peteca e falei de coração. Os outros, coitados, também foram solidários, choraram todos. Ainda bem que a música de fundo, ao som do instrumento, tocado por nada menos que o irmão de UIARA, amenizou o chororô coletivo. Isso é que é fraternidade. Mas depois foi só festa, músicas, comidas gostosas e felicidade.
A vida é uma grande novela e você é o autor. Cada dia um capitulo, cada capítulo uma emoção. Vamos experimentar várias novelas, em momentos diferentes, viver vários capítulos e seguir em frente rumo a Deus, nessa vida imortal que não cessa.
Se você quiser ser triste, será. Se você quiser ser feliz, também será. As suas buscas dirão qual estrada está seguindo.
Escreva uma bela história... E de amor.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO.
www.reynollds.blogspot.com




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