Eu sempre fui um admirador dos clássicos orientais, pois eles encerram princípios que norteiam a vida.
Essa semana no estudo do Esle, que acontece todas as quintas-feiras, no Centro Espírita Jesus de Nazaré, tratamos da vingança. Um sentimento triste que ainda está enraizado no coração de muita gente boa e que provoca as chamadas enfermidades psicossomáticas, deixando as pessoas com aquelas “doenças misteriosas”, que surgem de súbito.
O encontro é bem interessante porque nos faz refletir sobre as nossas vidas e identificar onde precisamos melhorar. Isso se chama REFORMA ÍNTIMA, que é o mesmo que FELICIDADE, que é o mesmo que “SALVAÇÃO”. O equilíbrio pessoal é um esforço íntimo e jamais uma graça de Deus ou o resultado dessas “mágicas” da fé, que não existe.
Tudo isso me fez lembrar de Jesus, em Marcos quando ele assevera: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”...
E tem gente “vendendo” milagres a quilo. São os vendilhões dos templos, modernos, relacionando as bênçãos de Deus, com as posses e fomentando ilusões no seio dos cegos, que são todos nós ainda imaturos e desavisados. Estamos todos nos direcionando ao fosso.
Ainda bem que existe a reencarnação para que corrijamos os equívocos e tenhamos a oportunidade de nos depurar. Temos a imortalidade. Mas até lá muita gente boa sofrerá por conta de suas escolhas, como um pai que puxa a orelha dos seus filhos que não querem aprender pelo exemplo.
Há uma lenda chinesa, que gosto muito, e que é muito tradicional entre eles: O rei sol tinha uma filha muito amada, tão linda que até o imperador Amarelo era cheio de admiração por ela. O rei sol sempre saia para dirigir o curso da aurora a cada manhã e sempre a filha desejava ir, mas como tinha muito afazeres a cumprir não permitia. A danada da menina – coisas de criança- pegou um barco escondido e remou secretamente atrás do pai. Veio uma tempestade e ela foi tragada pelo o mar e o pai ficou tomado de tristeza.
A lenda disse que a menina renasceu como um pássaro muito conhecido na região, de cabeça listrada, garras vermelhas e bico branco. Tem um canto lamentoso e por isso foi chamado de Jingwei. O pássaro prometeu se vigar do mar, dizendo que o transformaria em terra seca. Começou a fazer uma coisa impossível. Catava pequenas pedras com o bico, voando de sua casa para o Mar do Leste e deixava cair sobre as ondas, com o propósito de aterra o mar.
O lado bom da estória é a persistência do pássaro atingir os seus objetivos. Jesus também disse que aquele que perseverar até o fim “será salvo”. O lado ruim é o empenho que ele realiza em querer realizar uma vingança que não vai dar em nada. Vai morrer tentando.
- Pequeno pássaro, desista! Mesmo se trabalhar por um milhão de anos você nunca me transformará numa planície deserta.
- Mesmo que eu leve dez milhões de anos ou cem milhões de anos, até o final do mundo, vou tratar de fazer de você terra seca.
Tem muita gente boa que vive como o pássaro, alimentando o ódio, potencializando o seu orgulho. Mesmo que jamais consiga atingir o alvo, que considera seu inimigo, não desistem. Mesmo que o organismo nos revele que o nosso sentimento está causando doenças psicológicas, como depressão e tudo mais e até câncer. Mesmo assim se persiste nos erros. Sofremos, choramos, mas ratificamos bradando até o fim:
“Morro, mas não me entrego! Vou até o fim”.
Se você é assim leitor mude de direção enquanto há tempo. Não sofra mais e viva leve, feliz, perdoando. Jesus nos propôs a reconciliação com o adversário, enquanto esta a caminho com ele.
O Esle de quinta foi magnífico. Estamos lhe esperando à próxima lição.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO
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