terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Vereador chama filho de Tatiana de "Seu Buc***" e ameaça dar-lhe uma surra em Campina Grande

 

O líder do Governo na Câmara Municipal de Campina Grande, Rodolfo Rodrigues (foto), e o segundo vice-presidente da Casa, Cassiano Pereira (PMDB), protagonizaram na última quinta-feira, no plenário do Legislativo campinense, aquela que dificilmente deixará de ser lembrada como a mais vergonhosa cena da atual legislatura, que tem sido considerada a mais ineficiente de todos os tempos.

O entrevero entre os dois jovens parlamentares passou ao largo do vocabulário costumeiramente rebuscado que os mesmos deveriam ter aprendido com o Chefe, o prefeito Veneziano Vital do Rego, cuja elegância verbal a todos encanta em quaisquer situações.

“Seu porra, seu buceta, seu cafajeste…”, começou Rodolfo, iniciando a despudorada artilharia contra o filho da candidata a prefeita derrotada nas últimas eleições. “Só não vou lhe dar uma surra aqui por respeito aos meus colegas”, avisou Rodolfo logo em seguida, com uma advertência rápida: “Eu não te pego aqui. Mas lá fora eu te pego. Eu vou te dar uma surra. Só Deus evita!”.

Cassiano, acostumado a gritar os subalternos, como foi o caso do motorista da mãe em uma das passeatas da última campanha, cena assistida por centenas de populares, ficou em silêncio e não esboçou nenhuma reação, denotando medo do forte líder da sua bancada.
Os palavrões de Rodolfo, felizmente, não integrarão os anais da Casa Félix Araújo. Os dois brigaram fora da tribuna e a taquigrafia não é obrigada a registrar diálogos à parte das sessões.

A irritação de Rodolfo para com o seu colega Cassiano teve uma razão nada legal, conforme apuraram os jornalistas credenciados na Câmara Municipal de Campina Grande. Derrotado nas urnas, o filho de Tatiana Medeiros, cuja reeleição dava-se como garantida inclusive com a maior votação da cidade, ainda não assimilou o desastre eleitoral e estaria em busca de empecilhos que obstaculem a posse de alguns dos que tiveram melhor sorte que ele.

Rodolfo, que ficou com a primeira suplência da coligação, descobrira que Cassiano estaria vasculhando junto à Justiça Eleitoral as suas contas e a de Metuselá Agra, que foi reeleito, à procura de documentos para complicá-los. Logrando êxito nesse intento, tiraria os dois do páreo e assim poderia voltar à Câmara como vereador.
Tião Lucena

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