E o pior desempenho da Paraíba foi de uma escola regional
Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - O Colégio Monteiro Lobato, de Itaporanga, teve a melhor nota entre todas as escolas do Vale no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) referente ao ano de 2012. A média do colégio nas quatro provas objetivas foi de 542,88, enquanto que o desempenho na redação alcançou 662,86 pontos, também a maior pontuação regional e a quarta do estado. Mas, apesar de superar a média geral do país (513,82), o educandário privado ficou longe da maior nota da Paraíba (637,56) e do Brasil (740,81). Pelo outro lado, a pior nota da região e da Paraíba foi de uma escola pública regional: a estadual Margarida Remígio, de Emas, tirou, apenas, 410,93 pontos. A desenvoltura das escolas do país no exame foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) na terça-feira, 26.
A segunda maior média regional também foi obtida por outra escola privada: o Colégio Compacto, de Piancó, fez 521,23 pontos nas provas objetivas de matemática, linguagens e códigos, ciências naturais e ciências humanas, e superou a média de outra escola particular da cidade: o Instituto Educacional Eliseu Freires Mariz, que alcançou 506,9 de nota.
O tradicional Colégio Diocesano, de Itaporanga, que no Enem de 2011 foi o primeiro colocado da região com 531,08 pontos, no ano passado caiu para o quarto lugar com 498,7 de média. Entre as escolas privadas, o Ginásio, como é conhecido, só foi melhor do que o Colégio João Herman Rodrigues, de Conceição, cuja pontuação foi de 472,64. Eles foram os únicos estabelecimentos particulares que não alcançaram uma média de 500 pontos dos mil possíveis, situação constatada em todas as escolas públicas estaduais do Vale.
No Enem do ano passado, o MEC divulgou apenas as notas médias das instituições em que mais de 50% dos alunos inscritos no último ano do ensino médio fizeram a prova. Também não foram divulgadas as notas das escolas que tiveram participação do alunado no exame inferior a dez estudantes. Por essas razões, apenas 15 escolas do Vale de 12 das 20 cidades da região tiveram sua participação no Enem 2012 revelada. Juntas, a média total das escolas foi baixíssima: 460,82 pontos. A queda foi de 1,2 em relação ao Enem de 2011, cuja média das escolas chegou a 462,02.
Só a partir da sexta posição apareceu uma escola pública estadual: a João Leite Neto, de Nova Olinda, tirou nota 449,99, superando a itaporanguense Adalgisa Teódulo da Fonseca, maior educandário de ensino médio do Vale, que obteve apenas 431,81 de média e ficou na antepenúltima posição entre as 15 instituições regionais que tiveram notas divulgadas.
A pontuação das estaduais dos outros municípios que tiveram seus números apresentados: Professora Adilina de Sousa Diniz, de Diamante (449,7); Joselita Brasileiro, de Igaracy (447,45); Advogado Nobel Vita, de Coremas (443,03); Professora Josefa Justino Gomes, de Serra Grande (439,43); Inácio da Catingueira, de Catingueira (434,45); Coronel Zuza Lacerda, de Curral Velho (434,1); e Emília Diniz Alvarenga, de Boa Ventura (429,15).
Outros dados da Paraíba – No Enem 2012, das 37 escolas que tiveram melhores notas na Paraíba, 36 são privadas e apenas uma, o IFPB campus de Cajazeiras, é pública. O instituto obteve 558,53, a 17ª melhor pontuação do estado. Mas sua média ficou bem abaixo da primeira colocada da Paraíba no exame: a escola Virgem de Lourdes, de Campina Grande, que fez 637,56 pontos e ficou somente na posição 204 entre as melhores do país.
A melhor do Brasil – Mais uma vez, a maior nota do país (740,81) foi tirada pelo Colégio Objetivo Integrado, da rede privada de São Paulo.
O Enem - O Enem avalia a qualidade do ensino das escolas públicas e privadas de todo o país. As notas levam em conta as médias obtidas pelos alunos concluintes do ensino médio de cada escola que participaram do exame em cada uma das quatro provas objetivas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e códigos, e matemática), e também na redação. A média final no Enem 2012, no entanto, assim como no exame de 2011, não levou em conta a nota da redação que, segundo o MEC, "usa critérios subjetivos e não utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), como as outras provas".
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