Oposição protestou contra adiamento e presidente garantiu que a matéria vai ao plenário na próxima sessão
Sem receber seus salários desde agosto, os servidores esperavam que a CPI entrasse em pauta, mas um pedido de vista do presidente da Câmara, Zeca da Encarnação, adiou a votação, que deverá ser realizada na próxima sessão ordinária, marcada para o sábado, 19, conforme garantiu o presidente.
O pedido de CPI foi acatado pela Mesa Diretora da Câmara com base em denúncias protocoladas no legislativo pelo sindicato que representa os servidores municipais da saúde, mas a instalação da comissão de inquérito depende da aprovação do plenário. São necessários dois terços, ou seja, o apoio de seis vereadores para que a investigação seja instalada, conforme apurou a Folha (www.folhaovali.com.br).
A CPI não interessa ao prefeito Djaci Brasileiro, que se articula para evitar que a proposta de investigação prospere e, para isso, quer contar com o apoio integral dos quatro vereadores de sua base (Lula da Farmácia, Zé Queiroz, Erivaldo Rufino e Duvan Pereira), número suficiente para barrar qualquer pretensão investigatória.
E não é difícil que o prefeito vença essa queda de braço que trava com a oposição e com seus próprios servidores: pelo menos nessa primeira etapa da luta, ele saiu na frente, ganhou tempo. E nesse intervalo, pretende pagar parte dos salários atrasados e jogar água na quentura política, transformando em cinzas a possibilidade de CPI. Isso preocupa o vereador Francisco Saulo, que pediu aos servidores que não desistissem da luta por causa de um mês pago, uma vez que essa, segundo Saulo, é uma tática que pode ser usada pelo prefeito para calar o movimento.
Na tribuna da Câmara, Herculano Pereira argumentou que se o prefeito não tem nada a temer, como tem dito publicamente, segundo o parlamentar mirim, “por que não libera os vereadores atrelados a ele para aprovar a comissão?” “O prefeito nos fez um desafio ao dizer que renunciaria ao mandato se fosse provada alguma irregularidade contra ele, mas eu também faço aqui um desafio ao prefeito: se ele não tem nada a esconder, então permita que seus vereadores aprovem a investigação”, enfatizou Herculano.
Na opinião do vereador Zé Valeriano, não havia necessidade do adiamento da votação da CPI, mas atribuiu esse fato a pressão que, segundo ele, o prefeito tem exercido sobre o legislativo para evitar a investigação. Foto (www.folhadovali.com.br): Câmara adiou votação da CPI.
Folha do Vale
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