Diversas autoridades políticas, a exemplo do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o deputado federal Romero Rodrigues e o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, que não puderam participar da sessão especial, enviaram suas mensagens em homenagem a professora e, em suas palavras, manifestaram o reconhecimento ao mérito da reitora em receber a honraria. O vereador Inácio Falcão enfatizou que “por seu trabalho, Marlene tornou-se merecedora do Título” e destacou que “ela foi a gestora que conseguiu colocar a UEPB entre as principais universidades públicas do país”.
A professora salientou que “se Itaporanga me ofereceu a naturalidade, o berço e o acalanto mais aconchegante para o coração, Campina Grande me deu régua e compasso e a oportunidade de me tornar uma educadora como a minha mãe, me deu a força para lutar pela liberdade, igualdade e justiça social”. Sob o grito de guerra de “Campina, magnífica”, evocado pelos presentes, a reitora ressaltou que “esta honraria mais que enobrece meu nome e minha alma, reforça meu compromisso pelo objetivo de pôr fim as situações degradantes de nossa sociedade”.
Ao final, a reitora prestou uma homenagem aos seus pais, já falecidos, através da leitura de um telegrama enviado por seu irmão Miguel, onde ele escreveu que “o reconhecimento do povo acalanta o ego” e acrescentou que “nossos pais, do infinito, rezam por nós e com certeza estão orgulhosos pela concretização deste momento”.
Em nome de todos os vereadores, o presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Nelson Gomes Filho (PRP), encerrou a sessão especial afirmando que a Rainha da Borborema sentia grande orgulho de ter a professora Marlene Alves como sua cidadã.
Mais sobre Marlene Alves Sousa Luna
Marlene Alves Sousa Luna é reconhecida como defensora da educação como pilar do desenvolvimento paraibano e se tornou um marco no crescimento e fortalecimento da UEPB, também devido às lutas que travou à frente da Associação de Docentes da Instituição (ADUEPB), por melhores condições de trabalho para a categoria dos professores universitários, a exemplo da mobilização histórica de 2001, que teve até greve de fome na reivindicação por salários dignos.
A greve liderada por Marlene promoveu três momentos inéditos: acampamento na Praça dos Três Poderes, que durou cerca de 60 dias; a Caravana da Educação, composta por professores, estudantes e funcionários, que circulou por todas as regiões do Estado, apresentando à população as razões da greve, e a ocupação do Salão Nobre da Assembleia Legislativa, que teve grande acolhimento da população e contou com a adesão de líderes religiosos e de movimentos sociais, que se solidarizaram com a causa.
Marlene foi protagonista do movimento que conquistou a aprovação da Lei de Autonomia Financeira da UEPB, mediante o repasse de um percentual da receita ordinária do Estado. Inicialmente estipulado em 3%, esse repasse aumentou gradativamente, graças ao empenho da reitora e, nos dias atuais, está na ordem de 5,77%. A partir disso, a história da Universidade Estadual dividiu-se entre antes e depois da gestão da professora.
Nos seus dois mandatos como reitora, Marlene Alves demonstrou grande habilidade e sensibilidade como gestora e tem colocado a UEPB no cenário das melhores universidades brasileiras, com oito câmpus, 49 cursos de graduação, 14 mestrados e cinco doutorados. A partir das ações executadas por meio da reitora, a Universidade passou a ter forte inserção social e cultural, através de centenas de projetos inovadores que garantem uma atuação universitária que extrapola os muros acadêmicos, criando forte identidade com o povo paraibano e favorecendo a promoção de melhorias na qualidade de vida das pessoas.
Clique aqui e confira na íntegra o discurso da reitora da UEPB.
Tatiana Brandão
0 comentários:
Postar um comentário