Viver a vida e “vivê-la em abundância” é a exigência que Cristo nos faz através da Bíblia, do Evangelho e, conseqüentemente, essa é a nossa missão. Viver cada momento a seu tempo com todas as nuances, com firmeza de propósitos. Cada momento traz seus próprios problemas e desafios. Traz suas próprias perguntas. Mas como dizem os orientais: se você já tiver as respostas prontas não vai poder escutar as perguntas porque já está cheio derespostas e é preciso estar vazio, em sintonia, para escutar.
Os nossos problemas, as dificuldades existem para serem olhadas de frente e enfrentarmos. Quanto mais fugir deles mais medo e insegurança você sentirá e ficarão maiores em proporções , terão força. E você se sentirá mais fraco para enfrentá-los. Nós nos julgamos, vivemos muitas vezes assustados, angustiados, ansiosos, com sentimento de culpa e, ainda por cima, queremos ser perfeitos.
Você não tem que ser perfeito. Tem que ser total. A totalidade de pertencer à espécie humana, de você ser você mesmo com seus erros, aceitações e fracassos é uma experiência no aqui e agora. A pessoa total enfrenta com coragem o desconhecido apesar de todos os medos. Viva sem medo. Viva sem culpa.
Viva o presente. Simplesmente viva.
O coração é a fonte. Conta Osho que Vicent Van Gogh sempre pintava as árvores tão grandes que elas iam além das estrelas. As estrelas eram pequenas, o sol e a lua eram pequenos e as árvores eram imensas...
Algum, então, lhe perguntou: “Você é maluco? Por que nunca pára de pintar árvores tão grandes? A estrela mais longínqua fica a milhões e milhões de anos-luz e as suas árvores sempre vão além das estrelas! Que maluquice é essa?”
E Van Gogh riu e disse: “Eu sei! Mas sei de outra coisa também da qual você não se dá conta. As árvores são os anseios da terra para transceder as estrelas. Eu estou pintando os anseios, não as árvores. Estou mais preocupado com a fonte, não com o objetivo. É irrelevante se elas alcançam as estrelas ou não. Eu pertenço à terra, sou parte dela e compreendo o anseio da terra. Esse é o anseio da terra expresso através das árvores ir além das estrelas”.
Olhe bem dentro do seu coração. Ouça a vida, a voz do agora pulsando dentro de você através das batidas do seu coração. Uma pessoa tem o direito e o dever de viver a vida como um presente e no momento presente.
Quando passamos a viver de expectativas, o hoje não é seu momento. Está preocupado com o amanhã. O amanhã está além, no futuro. A minha responsabilidade é com o hoje, o agora. Preocupar-se é viver com antecipação e sofrer também. A preocupação como a imaginação é a “doida da casa” como bem disse o padre João Mohana. Ou você se preocupa ou vive. Que você tem medo ou vive. “Quem tem medo do amor, tem medo não tem amor”.
Vivamos cada dia a seu tempo. Não forcemos a barra da mente. É preciso controlar os medos, as inquietudes, as insatisfações, as amarguras, as tristezas. Se está triste, vivendo o luto e a dor é preciso viver com coragem esse momento. Não se pode esquecer a dor sem passar através dela. Uma ferida que não é totalmente sentida nos aniquila por dentro. Não adianta enterrá-la nos remédios, nas drogas, no álcool. Somos uma espécie criativa e capaz de fazer qualquer coisa para nos anestesiar. Quando agimos desse modo, deixamos de sentir a vida, nos empobrecemos e fica mais difícil concentrarmo-nos com a sabedoria do organismo de que tanto necessitamos para viver.
Viva a vida como ela é. Temos ganhos e perdas. Alegria e tristeza. Como a vida é feita de pequenos momentos, a felicidade é de pequenas coisas. Aposte na vida. Esse é o seu maior desafio. Não se preocupe com os outros, com o que dizem, com o que fazem. Simplesmente, viva! O momento no presente. Presente.



0 comentários:
Postar um comentário