Emylle Partiu
(Reynollds Augusto)]
(Reynollds Augusto)]
Ontem ela estava aqui em casa, brincando, sorrindo, “brigando”, com seu jeito de ser mágico. Os meninos da Rua Treze de Maio tinham um carinho especial por Emylle, a filha da minha prima e colega de “Busão”, Selma.
Ela não era diferente, era especial. E filho especial Deus só consegue “emprestar” à mãe especial. É preciso ter muito amor no coração para enfrentar o desafio de educar alguém “diferente”, nesse mundo de hipocrisia e ilusão.
Bom mesmo era quando a “professora Milena”, no início noite, reunia aqui, na frente da minha casa, a garotada da rua. Uma multidão de meninos, que surgiam não se sabe de onde, para ouvir as aulas da “professora”, que agora chora de saudades. Algazarra infantil. A “professora” tinha que fazer valer a sua autoridade de “mestra”.
- SILÊNCIO!
Emyle não conseguia parar. E nem precisava, sempre teve energia de criança amada, bem cuidada, feliz. Bradava, na sua inocência, o grito de alegria por estar brincando, “brigando”, com os amigos. Não sabia ela e ninguém, que era a sua última aula. Não sabia a “professora Milena”, que chora de saudades, que a sua aluna especial, ia voltar ao plano dos espíritos, a nossa verdadeira casa.
- Papai por que EMYLLE “morreu” assim, tão de repente?
Como explicar isso a uma filha de cinco anos?
- Meu amor, todos nós temos um tempo vital aqui. Emyle cumpriu a sua meta, como nós estamos cumprindo a nossa e daqui a pouco será a nossa vez de voltar, porque o tempo é ilusão. Ela tinha um corpinho fragilizado, por compromisso pessoal e chegou a hora de regresso.
- Ela está bem?
- Isso é certo.
Segundo o grande ANDRÉ LUIZ, o repórter do além, as crianças que desencarnam na infância, são recolhidas e amparadas em instituições apropriadas. Sim, porque o mundo material é uma cópia imperfeita do mundo espiritual. Tudo que temos aqui, escolas, hospitais, casas e tudo mais é um arremedo do que se tem por lá. Primeiro lá, depois aqui.
O repórter, em seus livros, faz descrições espirituais de hospitais, escolas, parques, colônias, que acolhem essas crianças. Emyle deve estar descansado, esperando o momento de ser despertada, agora sem a limitação do corpo físico, mais criança, mais feliz.
Até mais Emyle, nossa saudade apertada, até o dia do abraço feliz, do reencontro.
Porque mortos são aqueles que vivem sonâmbulos do existir e não procuram saber quem são, o que estão fazendo aqui e para onde vão quando a morte do corpo chegar.
Vai o meu abraço, dos seus amigos da Rua Treze de Maio, da sua “professora Milena”, que chora copiosamente, por não ter sido possível o “último” abraço.
Logo, logo nos veremos.
PENSE NISSO!MAS PENSE AGORA MESMOwww.pensenisso.itaporanga.net




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