Lembro-me com saudade quando meu pai trazia do mato, um pé (arvore) seco, de qualquer planta, desde que tivesse muitos galhos e que depois minha mãe o enrolava, pacientemente com algodão, colocava alguns enfeites comprados e alguns feitos por ela mesma e enrolados com papel alumínio.
No dia vinte e quatro de dezembro era Noite de Festas... Tínhamos o direito de ir para a Missa do Galo, era uma missa campal, celebrada por padre Zé e irradiada para os sítios pelo nosso amigo Crispim Pessoa, de saudosa memória.
Antes, como falei, era Noite de Festas, quando nos era permitido passear na Rua Grande (Avenida Getúlio Vargas), comer os doces das negras dos Mocós, eximias cozinheiras e que faziam nesta época de Natal e Ano Novo; o famoso Doce Seco, além das broas e sequilhos e outras guloseimas mais.
Era uma festa, principalmente para as crianças. Este ano tava tudo bonitinho, as barraquinhas padronizadas, diferente das de antigamente, mais as doceiras estavam explorando: um Doce Seco, estava custando R$10,00 (dez reais), isso equivale a uma inflação de 100% de alta do Natal passado.
Quem era mais abastado, trocava presentes e tinha a tradicional Ceia de Natal, costume importado, onde não podia faltar o Peru de Natal, hoje substituído pelo Chester ou qualquer coisa parecida; antes o peru era um peru caipira, engordado no chiqueiro com comida dada no bico.
Este é um costume que tende a desaparecer; importamos a Arvore de Natal; as Guirlandas; a Ceia em família e em um restaurante; os Cartões Natalinos foram substituídos por SMS ou mensagens prontas, pegas em milhares de sites.
Só nos restou o Papai Noel, com suas fartas roupas vermelhas, importado da Lapônia, uma loja aqui em Itaporanga inovou com um Papai Noel magro, também não era pra menos, depois de três anos de seca.
Mais o certo é que cada ano que passa, esquecem cada vez mais do Aniversariante, esquecem do Espírito Natalino.
Para saber mais sobre os símbolos natalinos
0 comentários:
Postar um comentário