Por João Dehon Fonseca
Sou com muito orgulho padrinho de um dos caras mais sincero, honesto, trabalhador, persistente, perspicaz e altamente inteligente, cujo nome é GERMANO SERTÃO, filho do meu compadre Geraldo Sertão.
Como Geraldo foi, eu sou um BOTAFOGUENSE de coração e com vaidade ostento o símbolo da estrela solitário que brilha nos céus do Brasil desde 1910.
Hoje vivi um dia triste pensando na família unida que Geraldo construiu com comadre Socorro e tenho certeza que a alegria que ele trazia no rosto deve ter sido transformada em sentimento de profunda saudade. Para mim, esse é um momento de muita emoção, tristeza e também de saudade, perdi um grande amigo e minha terra perdeu um grande homem e um grande botafoguense que certamente foi recebido no céu por outros botafoguenses de Itaporanga, tais como: Agostinho Fonsêca, Chico de Firmino, Dimas e Bino.
A confirmação da morte de meu compadre me deixou arrasado pela tristeza. A última fez que o vi ele me informou que iria a Cajazeiras para casa de Germano e de lá ia se submeter a uma cirurgia na cidade de Souza. Senti que ele estava meio triste e como eu ia em direção a Igreja Matriz da Virgem da Conceição fiz questão de convidá-lo a entrar naquele templo sagrado e ali bati na sua perna, me ajoelhei e disse-lhe: vou rezar por você e pela sua operação. Não me lembro qual foi o dia do ano passado que isso aconteceu apenas sei que senti meu compadre muito cabisbaixo.
Geraldo Sertão tem que ficar na história de Itaporanga: foi um grande atleta, um jogador de futebol exímio, foi diretor do Independente clube de Itaporanga, foi treinador de futebol, era um cara totalmente sociável, amigo de todos os seus conterrâneos, um pobre honrado que deixou um legado de moralidade e de educação para cada um dos seus filhos, era apaixonado pela sua esposa Socorro, era acima de qualquer coisa um grande amigo.
A lembrança que seus amigos vão guardar e de um homem alegre, carismático e muito ligado à família. Todas as vezes que eu o encontrava quando ia a Itaporanga eu sempre perguntava pela sua família e os olhos dele brilhavam quando falava de Germano, de Gilclean, de cada uma das filhas e dos netos. Essa gente era a alegria da vida dele.
Acima de qualquer coisa, ele era meu amigo particular e tinha uma grande admiração por mim e por Agostinho, durante a minha adolescência, muitas e muitas vezes ele me protegeu de alguns episódios do dia a dia de um jovem.
Em 1972 ele me convidou para ser padrinho de Germano e eu aceitei. Na época eu fazia o segundo ano do Curso de Agronomia e sempre fomos parceiros de farras infindas nas noites lindas do meu sertão onde o clarão da lua marca o intenso véu do céu, marcando também as nossas vidas e nos enchendo de saudades, pois muitas vezes fizemos serenatas na porta da pessoa que amávamos.
Geraldo meu compadre! Meu irmão! Meu amigo! Meu parceiro! Você quando chegar no céu vai contar a Deus que deixou um montão de amigos aqui na terra, que o seu plano espiritual faça com que você desenvolva o mais rápido possível, como dizem nossos irmãos espíritas.
Peça a Maria Imaculada para aumentar o número de milites para que possamos aumentar as possibilidades de Evangelizar cada vez mais esse mundo tão conturbado e cheio de falsos profetas.
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