domingo, 20 de janeiro de 2013

Cinco novos prefeitos vão começar bater à porta da Câmara e podem encontrar dificuldade

Sem maioria nos legislativos, novos gestores podem encontrar impecilhos para aprovar projetos de interesse do executivo

Por Redação da Folha –  Prefeitos de ao menos cinco municípios regionais podem ter dor de cabeça para aprovar matéria do interesse do executivo na Câmara Municipal. Os projetos mais importantes são exatamente os que mais necessitam de apoio legislativo: dois terços dos vereadores, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).

Para garantir pleno êxito no trato com o parlamento mirim, os gestores necessitam de maioria absoluta, ao seja, de dois terços dos vereadores, mas esse é um número ainda distante da base dos prefeitos de Itaporanga, Coremas, Pedra Branca, Piancó e Diamante. A bancada de sustentação desses gestores é minoria e não delega nada ante o controle númerico e administrativo da oposição na Câmara.

Em Itaporanga, Audiberg Alves (PTB) tem apenas cinco dos onze vereadores, mas quer contar com o bom relacionamento pessoal que tem com alguns membros da oposição e a união de sua própria bancada para não sofrer derrotas que possam comprometer o andamento de sua gestão. A informação, não oficial, é que os primeiros projetos do prefeito poderão ser a criação de mais duas secretarias, Cultura e Meio Ambiente. Para isso, ele precisará de pelo menos sete vereadores.

Em Coremas, Antônio Lopes (PSDB) também não tem o controle da Câmara e sua bancada é constituída por apenas quatro vereadores. Número raquítico ante o tamanho da oposição, que tem oito cadeiras e pode trazer muita dificuldade para o novo gestor.

Em Diamante, Marcília Lopes (PMDB) fez a maioria dos vereadores, mas um descuido político durante a eleição para a presidência legislativa fez com que ela perdesse o domínio da Câmara e a maioria dos vereadores, contando hoje com apenas quatro dos nove parlamentares diamantenses.

Em Piancó, o prefeito Sales Lima (DEM) tomou posse sem maioria e amanheceu com sua bancada crescida: ele não conseguiu fazer a presidência da Câmara, mas seus aliados garantem que o novo gestor já pode contar com a maior parte dos vereadores, a partir da suposta adesão de um membro da oposição ao governo municipal, mas somente quando a primeira matéria de Sales aparecer na Câmara é que se vai conhecer o tamanho de sua base. Hoje, dizem que ele tem seis dos onze parlamentares mirins, o que representa uma maioria simples, não adiantando muito nas votações em que necessitar de dois terços do parlamento piancoense.

Em Pedra Branca, a relação entre Prefeitura e Câmara poderá ser também conturbada em face da oposição ser maioria no legislativo. O prefeito Allan e seu pai, o ex-prefeito Antônio Bastos (PMDB), precisam de muita habilidade política para que o município não sofra prejuízos administrativo em face de interesses políticos dos vereadores oposicionistas.

Quando voltarem do recesso, no começo do próximo mês, os vereadores desses cinco municípios já vão encontrar projetos do executivo para análise e votação, momento em que interesses conflitantes vão trepidar dentro das Câmaras, mas quem comanda os cofres da Prefeitura é geralmente quem sai ganhando: muitas oposições se desfazem no passo de uma simples canetada escusa do gestor.

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