Sempre Morrendo
(Reynollds Augusto)
Nós já sabemos hoje que nem a vida começa no berço e tampouco termina no túmulo. Hora estamos no plano da matéria, aprendendo, experienciando; hora estamos no plano do espírito, a nossa verdadeira casa.
Quando desencarnado, fora do corpo físico, que é instrumental, Kardec, por uma questão didática, resolveu apelidar o ser de ESPÍRITO. Quando encarnado, usando o corpo, chamou o ser, nessa condição, de ALMA. Mas, qualquer coisa é quase a mesma coisa e espírito é alma e alma é espírito.
A morte do corpo físico deveria ser assunto constante em nossas conversas, em nossas reflexões. Isso delimitaria a condição limitativa em que nos encontramos e viveríamos com mais eficiência e menos ilusões. A busca do essencial deve ser a prioridade de qualquer alma, ou espírito. O certo é que quando a morte do corpo chega, o ser, que era alma, agora se tornou espírito liberto, desencarnado, para seguir em frente rumo à evolução, sempre aprendendo até atingir a “Salvação”, “libertação”, que o espiritismo chama, mais judiciosamente de EVOLUÇÃO. Salvação para o espírita se chama evolução, aprimoramento. E essa é uma condição que não dá para ser conquistada em uns míseros, 100, 200, ou 300... anos.
Quando Jesus disse que “nenhuma das ovelhas do meu pai se perderá”, estava se referindo à humanidade, sem seus diferentes graus evolutivos e para atingir essa condição temos a imortalidade.
Mas as estatísticas demonstram que, aproximadamente, morrem no mundo 102 pessoas por minuto. É um vai e vem que não cessa e se não fosse assim, o planeta não suportaria a sua população. Pelas estatísticas da ÔNU aproximadamente 211.000 pessoas nascem por dia, quase 180 por minuto. São três nascimentos por segundo. Morte e reencarnação são as forças da evolução. E pensar que a população espiritual, da nossa esfera, nas proximidades do planeta terra, tem mais que o dobro de seres encarnados, ou “vivos”. E pensar que Deus cria, sem cessar, espíritos para evolução, dá um nó na razão. E a fila para voltar à Terra, é enorme. Principalmente por que os que estão aqui não querem ter mais filhos. Por isso que a “moda agora é ter de quadrigêmeos para lá. Os espíritos responsáveis, na primeira oportunidade, facilitam a vinda e vem de ruma.
Mas, quando alguém que está próximo de nós morre de súbito, inesperadamente, isso nos causa certo ensimesmamento. A morte do agente da política civil Carlos Augusto deixou toda a comunidade de Itaporanga reflexiva. A verdade é que todos os dias estamos morrendo. Neste momento, em que estou escrevendo, o meu corpo está morrendo. Você que lê esse texto, também está morrendo. Até que a alma se liberta, desencarnando, para continuar a vida, imortal, que não cessa, como espírito, no mundo espiritual.
Ao amigo Carlos, pedimos aos amigos espirituais, que lhe dê amparo e esclarecimento nessa nova fase. Ele vai precisar. Mas a vida nessa esfera é mais pujante, sem as ilusões desse planeta ainda atrasado.
O sepultamento do seu corpo será logo mais às 19 horas.
PENSE NISSO! MAS PENSE AGORA MESMO
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