O delegado Francisco Basílio Rodrigues, que teve o nome envolvido em uma operação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Policia Civil da Paraíba, que investigou um suposto esquema de extorsão de policias contra traficantes, negou, nesta sexta-feira (22), que tenha cometido qualquer tipo de ilicitude.
Segundo ele, as acusações não procedem no exercício de suas funções a frente da Delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa, na qual teria ocorrido as irregularidades.
O delegado esclareceu que recentemente prestou sim depoimento ao GOE sobre as investigações do caso, mas ressaltou que o inquérito foi concluído sem nada refutando a sua conduta ética e honestidade, fato comprovado pela quebra do seu sigilo telemático, já que por mais de um mês teve o seu telefone e de familiares grampeados e nenhuma prova foi encontrada para lhe incriminar.
Com relação ao fato da delegacia na qual trabalha ter sido investigada, Basílio explicou “que o delegado apura e indicia aquilo que vier apresentado pelo contingente policial. “Se alguém é apresentado com uma arma, será indiciado pelo crime referente àquela arma, se é apresentado com pequena quantidade de entorpecentes, ele responderá por ela. Não posso autuar ninguém por tráfico quando os autos não me trazem subsídio para isso”, disse.
Basílio também esclareceu que não foi preso, não teve policiais cumprindo mandado de busca e apreensão em sua casa, nem nunca respondeu pela delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente como foi erroneamente divulgado por alguns veículos de comunicação. Ele ressaltou que o fato do juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto, não ter acatado a denúncia e negado a prisão preventiva e o mandado de busca e apreensão domiciliar, é uma prova inconteste de sua inocência. “O juiz não a acatou a denúncia por que não existem elementos contra mim. A fraqueza probatória dos autos é tão grande, que levaram o juiz a negar os pedidos dos denunciantes”, sustentou.
Basílio declarou ainda que há mais de 25 anos como delegado, trabalhando nas cidades de Itaporanga, Pombal, Sousa, Cajazeiras, Tavares, Teixeira, Conceição, Araçagi, Belém do Brejo do Cruz, Pedra Lavada, João Pessoa, entre outras, não respondeu nenhum processo administrativo, disciplinar ou sindicância. “Não tenho sequer uma falta funcional”, afirmou.
O delegado também fez questão de ressaltar que seu patrimônio não condiz com os de funcionários públicos corruptos, pois mora em uma casa alugada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, e tem um carro, modelo Corsa Classic 2008, comprado de forma financiada e quitado no último dia 15 de fevereiro.
“Pelo contrário, para complementar a minha renda mensal tiro vários plantões extras em diversas delegacias da Capital”, completou.
Francisco Basílio também se dispõe a abrir, além do seu sigilo telemático, “como já foi feito”, o bancário e o fiscal para comprovar que não tem nenhum bem, nem dinheiro em seu nome, nem dos seus familiares (esposa e casal de filhos). “Autoriza quem quer que seja a quebrar meu sigilo telemático e o bancário. Também apresento minha declaração de imposto de renda, provando que não tenho patrimônio, a não ser um carro popular”, declarou.
Francisco Basílio finalizou afirmando que “no final das investigações, quando sua inocência for decretada, vai entrar com ações por danos morais por que teve sua integridade atingida. “Só assim os danos causados a minha imagem e a minha família poderão ser reparados", disse.
Cristiano Teixeira
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