quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pesquisa atesta aumento no número de médicos no país, mas no Vale eles estão em falta

Falta de especialistas é o que mais afeta o serviço público de saúde regional e prejudica a população   



Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - De acordo com pesquisa divulgada nessa segunda-feira, 18, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil tinha, até o ano passado, 388.015 médicos. Isso corresponde a dois médicos para cada mil habitantes.

A pesquisa divulgou também que o número de médicos, nos últimos 50 anos, cresceu, percentualmente, mais do que a população do país: o aumento foi 557,72%. Entre 2000 e 2010, o efetivo de médicos chegou a 364.757, ascensão de 24,95%, contra um aumento populacional de 12,48%.

Conforme o CFM, além da diferença entre o percentual populacional e profissionais, contribuíram para o aumento de médicos, a cada ano, a abertura de novos cursos de medicina; o aumento de registros; mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho; perfil jovem da categoria; e maior longevidade profissional.

Sobre a faixa etária dos médicos brasileiros, 40,59% deles têm até 39 anos. Ou seja, o país terá os profissionais por um tempo maior no exercício da profissão.

Proporcional ao aumento do número de médicos está a concentração desses profissionais nos grandes centros, enquanto o interior permanece deficitário.

É o caso do Vale, onde muitos municípios sofrem com a falta de médicos, notadamente, especialistas. Os concursos públicos abertos pelas Prefeituras e os altos salários atraem poucos profissionais. Essa insuficiência de médicos na região prejudica, principalmente, a população pobre, que é quem necessita do serviço público de saúde. No entanto, nos últimos anos, com inúmeros filhos da terra se formando em medicina, a oferta de profissionais, especialmente clínicos gerais, começa a aumentar no Vale.

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