quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Suplico socorro para as vítimas da seca

Como pastor, cidadão, sertanejo, quero clamar pungentemente pelas vítimas da seca. A cada dia que passa, a situação torna-se dramática, mesmo chovendo. Os efeitos da seca continuam castigando, fazendo centenas ou milhares de vítimas.

Começa a chover, graças a Deus, mesmo assim, ainda não houve chuvas suficientes para encher os reservatórios, o que causa apreensão, expectativa na vida dos sertanejos. Mesmo que o inverno se consolide, os efeitos nefastos da seca continuarão gerando sofrimento no sertão por muito tempo. Eis as razões: em muitos lugares açudes, barragens, cacimbões, continuam  seco.

Muitos agricultores não irão plantar devido estar no final de fevereiro, e até porque não acreditam que haja chuvas suficientes para o plantio, e muitos foram para São Paulo, Minas Gerais, em busca de empregos no corte de cana ou colheita da laranja na Bahia etc.

Os pequenos criadores perderam a metade do seu rebanho, causando-lhes  desespero, revolta  e pessimismo quanto ao futuro.

Muitos jovens deixaram a zona rural na tentativa de conseguir empregos nas grandes cidades.

Clamo, insisto, no sentido de que as autoridades governamentais venham em socorro desses filhos do sertão paraibano. Aliás, quem passa fome e sede não pode esperar. O socorro tem que ser agora, e não mais tarde.

Que as ações de socorro por parte dos deputados estaduais do nosso estado  não fiquem no papel, nos outdoors, na Mídia,nos seminários ou debates. Que os referidos representantes políticos tenham força, garra, determinação ou valentia política para cobrar do governo federal e estadual as concretizações de obras estruturantes para o sertão, como a transposição de águas do rio São Francisco, poços, barragens etc.

Que nenhum político queira tirar proveito dessa seca, que devasta, mata. Nada de hipocrisia, demagogia, oportunismo político.

A seca de 2012 vai deixar marcas indeléveis na vida de milhares de sertanejos. Marcas de dor, de desespero, de angústia, de medo, de indignação, de abandono. O sertão pede socorro!

Padre Djacy / BoaVenturaOnline

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