segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CASO DO DINHEIRO VOADOR: Relatório da PF aponta caminhos que Cássio usou para dinheiro público financiar reeleição


A partir de amanhã publicarei em capítulos o relatório da Polícia Federal sobre a origem do "dinheiro voador" do Caso Concorde, fato noticiado com estardalhaço pela imprensa nacional em 2006 e que revelou a audácia de um esquema montado pelo ex=governador Cássio Cunha Lima para se reeleger a qualquer custo e com financiamento do erário.

Resumindo, o que aconteceu foi o seguinte: o então governador Cássio Cunha Lima viu no empresário Olavo Cruz o caminho para by passar dinheiro público, que girava e voltava como privado para fazer frente às despesas de sua campanha a reeleição.

O que vou contar aqui tem como base fatos ocorridos e amplamente noticiados e o relatório de uma perícia feita pela Polícia Federal, anexada ao processo que tramita no Superior tribunal Federal.


Quem achou grave as denúncias de distribuição de cheques da FAC, conduta vedada que cassou o mandato de Cássio, vai ficar estarrecido com o que a PF constatou após aquele dia em que mais de 300 mil reais voo numa mala de uma das janelas do edifício Concorde.

Olavo Cruz locava carros ao estado vencendo pregões e estes ao invés de colocados a disposição dos órgãos públicos eram disponibilizados para o staff de campanha, conforme a perícia constatou ou simplesmente justificavam um pagamento por um serviço não prestado. Em seu escritório fporam encontradas contas de água e energia elétrica de eleitores.

Mas, o que a PF classifica de "organização criminosa", não atuou só com locação de veículos, mas recebeu depósitos de gente suspeita, como os do senhor Olímpio Uchoa, intermediador dos precatórios da CEHAP na Bolsa de Valores, cuja quebra de sigilo revelou várias remessas abaixo de R$ 9.900,00, para fugir do monitoramento do Banco Central, todas nas contas de Olavo Cruz, esposa, funcionários e agregados.

Ao longo das reportagens todos ficarão sabendo que figuras ilustres - advogados, jornalistas, publicitários, família Cunha Lima - circulavam por aí em carrões pagos pelo erário estadual e que a cunhada de uma figurão do Tribunal de Contas fraudava as licitações e em troca tinha a prestação do seu carro paga pelo empresário Olavo Cruz.

Postarei amanhã as primeiras páginas do relatório da PF e a cada reportagem publicarei a sequencia para no final publicar o relatório na íntegra.
blog do dercio

0 comentários:

Postar um comentário